Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
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Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
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Prólogo
Base Secreta em algum lugar do Ártico, 25 de março de 2007
Seus passos rápidos e ritmados quebravam o silêncio dos corredores que lembravam vagamente os de um hospital, exceto pelo fato não possuírem o característico movimento de médicos e pacientes. Estava vestindo um uniforme vermelho de mangas longas, a fivela de seu cinto, as faixas que desciam do seu ombro até os seus pulsos e o losango no seu peito, eram de cor amarela, indicando seu nível de patente.
As notícias que teria que dar não era nada animador, e as reações do seu superior seriam piores ainda, passou a mão em seu pescoço lembrando-se da última vez em que tivera que dar uma notícia como aquela. O projeto em que trabalhava era importante, importante demais para que erros fossem cometidos, e um havia sido cometido, um dos piores que poderiam ter feito e talvez lhe custasse à vida.
Bateu na porta e pediu autorização para entrar esforçando-se ao máximo para que sua voz não falhasse, deixando transparecer seu nevorsismo. Recebeu a autorização para entrar e ao abrir a porta uma intensa luz branca atingiu seu rosto, forçando sua visão conseguiu distinguir uma figura humana sentada atrás de uma mesa de madeira.
< - Entre, soldadinho – era difícil identificar se seu tom era de indiferença ou de sarcasmo – O que foi dessa vez? > ¹
Ele entrou, fez uma saudação militar e esperou que o seu comandante regulasse a luz através de um pequeno botão (com a luz baixa ele pôde perceber que o homem sentando usava um uniforme igual ao seu, porém com o losango, as faixas e a fivela brancas, indicando sua superioridade) organizou em sua mente o discurso que já havia ensaiado e re-ensaiado e começou:
< - Senhor, perdemos mais um dos espécimes... >
< -Já estou ciente da perda do espécime cinco. Ele já tinha apresentado alguma reação à exposição às pedras? >
< - Não, senhor! Ele não apresentou reações mesmo com todos os nossos esforços. – no fundo ele sempre teve uma frustração por não ter conseguido desenvolver esse espécime. >
< - Isso é mais tranqüilizador, pelo menos não teremos os problemas que tivemos com número três – seu tom não parecia mais tranqüilo, continuava impassível como antes. >
< - Como assim? Problemas com o três? >
O superior tirou de uma gaveta um jornal e lançou-o pela mesa fazendo-o deslizar e parar com a capa virada para o agente.
Herói Alado é avistado em São Paulo.
Meta-seres não são vistos no Brasil desde que a Elite Dourada foi proibida de atuar
- Qual o problema? Os civis já conhecem a existência dos meta-seres!
< - Não os nossos!! Se eles souberem como foram criados e seus objetivos teremos problemas muito sérios, o que fazemos vai contra tudo que a humanidade prega, todos os direitos das pessoas. >
< - Senhor, esse não é o maior dos nossos problemas... Perdemos duas das pedras... >
< -O que? Vocês perderam duas das pedras?! Como isso aconteceu? – ele gritava de tamanha raiva >
< -A explosão... as pedras... elas desapareceram junto com o cinco... não tivemos culpa – estava cada vez mais nervoso, com medo. >
< - Vocês são muito incompetentes! – nesse momento ele se levantou e lançou sua cadeira longe – Qual o porquê de vocês não terem protegido a pedra direito? >
O agente se encolheu em sua cadeira com medo da reação que viria a seguir, o superior levantou-se, abriu uma pequena geladeira, de lá tirou uma bebida alcoólica e se serviu. Quando ia dar o primeiro gole olhou com desprezo para o agente, e - por educação - ofereceu bebida, percebendo que o superior bebia com grandes goles aceitou.
< -Que irônico – o superior tinha um riso sarcástico no rosto – morto pelo composto que ajudou a criar! >
< - Mas... Mas... você tam... também ... be ...bebeu >
O superior pegou uma seringa prateada e uma ampola com um líquido dourado e brilhante, e injetou-o em seu braço.
< - EU TENHO O ANTÍDOTO!! – seus olhos estavam vermelhos e seu riso agora era insano. >
O agente correu pelos corredores que há pouco passara até encontrar sua sala, digitou um código em seu computador e um cofre na parede se abriu, esticou seu braço para buscar a pequena ampola, mas sentiu uma pontada no coração e caiu, já sem vida.
(...)
O superior, já reposto, digitou um número em seu telefone:
< - Preciso de uma “limpeza” na sala do doutor Hans. >
<- É pra já, senhor John Harry . >
Desligou o telefone e imergiu em seus próprios pensamentos: As pedras. Capazes de criar seres com poderes sobre-humanos.
Meta-seres.
Assim como eu.
A luz branca preencheu novamente toda sala, Jonh Harry deixou que ela banhasse seu corpo, mais forte, cada vez mais, mas mesmo assim com medo.
Havia algo muito maior por traz daquilo.
1- Traduzido do inglês.[/i]
Última edição por lelecoaa em Seg Abr 20, 2009 6:19 pm, editado 8 vez(es)
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
O garoto arfava e suava, tentando ordenar que suas pernas fossem mais rápidas.
Sem parar de correr, pelo canto do olho, notou que a distância entre ele e seu perseguidor, também jovem, diminuía cada vez mais.
Virou em uma rua, e continuou correndo até que se deparou com um muro que impedia que continuasse.
Seu perseguidor que o seguia em uma bicicleta chegou perto e saltou fazendo com a bicicleta acertasse o perseguido derrubando-o e machucando-o.
O garoto perseguido procurou, em vão, alguma lâmpada naquela rua de condições precárias.
- Você é uma aberração - o perseguidor começou a falar com sua voz carregada de ódio, enquanto isso outros meninos que vinham a pé chegavam portando pedaços de pau.
– Uma criatura desprezível, não chegue mais perto dela, nunca toque nem um dedo nela, nem em mim.
O perseguidor ergueu um pedaço de madeira para bater no garoto caído, mas um vulto dourado o impediu.
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Capítulo 1
24 de março de 2007
Uma loira, aparentando não mais que 25 anos, caminha em uma rua movimentada da cidade de São Paulo, ela é parada por um mendigo, com aproximadamente 15 anos, que sentado no chão ergue sua mão pedindo um trocado ou algo para comer.
Ele tem o rosto sujo e as feições tristes, mas mesmo assim parece simpático , ela segura a mão dele e o puxa, fazendo com que ele precisasse se levantar. Ele retrai sua mão e olha para baixo envergonhado, normalmente as pessoas sentem por ele nojo, repulsa.
Ainda envergonhado ele levanta um pouco seu rosto e percebe que ela o fita com um sorriso bonito, amigável, encantado. Ele sentiu-se calmo e seguro, pela primeira vez em muito tempo. Ela novamente segura sua mão, dessa vez sem reação, de mãos dadas eles seguem em direção oposta ao crepúsculo, que ainda resiste brilhante, entre as gigantes construções da cidade e parecem banhar, especialmente, aquela cena.
Base Secreta em algum lugar do Ártico, 25 de março de 2007
< Tanto... Por nada, os grandes esforços que tivemos para manter esse projeto oculto para resto do mundo, estão sendo prejudicados pela incompetência.
INÚTEIS!
É isso que eles são. O grande projeto, pelo qual trabalhei tanto, a necessidade de utilização das mais avanças tecnologias de viagem interplanetária, a reabertura das cidades-lunares e todo o resto, posto a perder por causa dessa maldita incompetência.
Os nossos interesses estão ameaçados, e talvez sem chances de serem salvos. >¹
- < Acho que posso te ajudar!> - um homem, usando uma máscara, estava encostado em uma parede, ele jogava uma pequena bolinha metálica para cima e depois de segura-la repetia todo o movimento.
- < O que você quer? Como entrou aqui?>
- < Isso é uma longa história, mas como você não está interessado... > ele virou-se e dirigiu-se à porta.
- < Não, não, venha sente-se aqui, por favor!> - disse tentando parecer gentil, mas pela a aparência do outro percebeu que não conseguiu.
- < Prefiro ficar em pé. > - sempre arremessando a bolinha para o alto e apanhando-a, com um sorriso zombeteiro no rosto.
- < Vou direto ao assusto, eu tenho como rastrear as tais pedras, pode demorar um pouco e claro que custará algo, mas vai dar certo. >
- < Como você sabe... > - sua voz vacilou por um momento, mas logo tomou novamente o controle da situação.
- < Você acha que eu vou trair a organização? Acha que eu vou acabar com todo o prestígio que eu consegui junto ao governo, você está muito enganado. >
A bolinha metálica parou de ser arremessado e o sorriso zombeteiro foi mudado para uma expressão de desprezo e raiva.
- < Você só têm duas opções, ou aceita minha proposta ou deixa que tudo acabe! > - a bolinha voltou a ser arremessada e a expressão voltou ao normal. >
- < Eu te darei mais tempo para pensar. >
Ele andou um pouco e tocou em uma pequena tela digital que ficava em uma das paredes. Seus olhos ficaram verdes, uma mancha preta apareceu em seu dedo e logo cresceu cobrindo todo o seu corpo, letras e números verdes começaram a percorrer seu corpo e corpo e ele foi “tragado” para dentro da tela.
Um smile apareceu e uma voz robótica foi ouvida.
- < Se mudar de idéia... > - um endereço de e-mail apareceu na tela, e depois de algum tempo se apagou.
- < Tsc, tsc, tsc... Se o Hacker acha que eu vou precisar dele... Está muito enganado... >
Cidade de São Paulo, 25 de março de 2007
- Onde será que tô? Cartney levantou-se e tentou lembrar-se do que aconteceu na noite anterior e como havia ido parar lá.
- Ahh! Aquela moça como era mesmo o nome... err... Elizabeth, isso mesmo Elizabeth!
Passou a mão na sua barriga, para ver se estava intacta, nos anos que passou na rua ouviu muitos casos de mendigos que foram seqüestrados e tiveram seus órgãos roubados, e sempre teve muito medo disso.
Ele arrumou a cama como pôde, já não tinha mais prática nisso. Em cima do criado mudo que ficava ao lado da cama havia uma tolha, sabonete e uma muda de roupa, ele pegou-os e viu que pareciam novos.
Sua atenção voltou-se para o papel, em uma caligrafia impecável, estava escrito.
Cartney,
Quando terminar de se arrumar pode continuar lá embaixo, se precisar de mais alguma coisa me avise.
Elizabeth
- Como ela pode ter tanta certeza que eu sei ler?- ele não lembrava de ter dito isso.
Repassou na mente tudo o que havia ocorrido no dia anterior.
Ela o segurou pela mão e levou-o como uma mãe leva um filho, feliz, animada e muito gentil. Mesmo sob os protestos dele ela o levou para a sua casa. Deu comida para ele, ela queria conversar, mas vendo que ele estava cansado respeitou seu sono e deixou que ele ficasse em um quarto que estranhamente já estava pronto.
Tomou um banho quente, longo o bastante para se limpar totalmente, e relaxar bastante. Vestiu-se. As roupas eram realmente novas, ainda tinham as etiquetas.
Desceu as escadas e viu que na sala principal uma mesa estava posta, com várias coisas: bolos, pães, sucos.
- Enfim terminou, sente aqui e tome café comigo!
Ainda envergonhado ele sentou quando ele se preparava para comer, viu vários tipos de pratos e talheres que não estavam na refeição da noite anterior, o que o deixou muito confuso e o fez desistir.
- Eu não me importo com isso, pode comer!
Meio acanhado ele começou e acabou percebendo que ainda estava com muita fome, ficou envergonhado em comer daquela forma, mas sua fome era muito grande e acabou esquecendo.
- Por que você faz isso por mim? Nem me conhece!
- Quem sabe?
Ele abriu a boca para fazer uma pergunta, mas ela balançou a cabeça negativamente.
- Cartney... De onde vem esse nome?
- Para ser sincero eu não sei, a única coisa que sei é que meu pai também se chamava assim.
- O que aconteceu com seu pai? E com sua mãe?
- É uma história muito longa.
- Tudo bem, se você prefere não contar eu não ligo...
- Eu acho que lhe devo isso...
- Meu pai sempre foi uma boa pessoa, mas não se podia dizer o mesmo de suas companhias...
E como as pessoas conseguiam fazer com agisse como elas queriam, eles acabavam levando ele para os lugares errados, querendo que ele fizesse coisas erradas, e conhecesse pessoas cada vez mais barra-pesada.
Ele conheceu minha mãe, ela tinha olhos e cabelos castanhos, um papo bacana e tava sempre de boa, começaram a se encontrar e logo os amigos tavam dando uma forçinha.
Quando eles começaram a namorar, meu pai descobriu várias coisas sobre ela, ela corria em rachas, bebia muito e se drogava. Ele fez ela parar um pouco, um tempo depois descobriu que ela estava grávida, meu pai pensou que ela tinha parado definitivamente, mas quando eu nasci ela começou tudo de novo.
As brigas cresceram muito e ela foi embora, meu pai me criou até os 12 anos, mas ele morreu, e eu corri para a rua, triste, sem querer ir para um orfanato e para lugar nenhum.
Ele desatou a chorar, muito triste. Elizabeth passou seu braço ao redor de Cartney em um abraço terno, ela passou a mão no cabelo dele como uma mãe faria para acalmar um filho.
- Espere! A foto que tava no bolso da minha calça – ainda chorando ele correu em direção a escada.
-Não tinha nada no seu bolso!
- Mas, mas... Deve ta na rua... Eu vou buscar!
-Tudo bem, mas volte!
Ele correu desesperado em direção ao lugar em que Elizabeth o encontrou, mexendo em uns papelões um brilho chamou sua atenção, uma pedra brilhante e transparente, ao lado da foto de seu pai. Ele guardou os dois no bolso
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Elizabeth entrou no quarto que Cartney estava, em volta dela uma aura dourada. A aura aos poucos transformou sua camisa em uma armadura vermelha, sua calça se transformou em duas tiras de pano, com símbolos mágicos, que cobriam suas partes íntimas.
No centro do quarto havia um orbe brilhante que mostrava Cartney. Um ser de aura roxa emergiu das sombras.
- Tinha razão as profecias de Zuma² estavam corretas.
1- Traduzido do Inglês
2- Quem será Zuma? O que ela tem de especial?
Contos da Fênix
Em breve, aqui no Cultura Pop.
Sem parar de correr, pelo canto do olho, notou que a distância entre ele e seu perseguidor, também jovem, diminuía cada vez mais.
Virou em uma rua, e continuou correndo até que se deparou com um muro que impedia que continuasse.
Seu perseguidor que o seguia em uma bicicleta chegou perto e saltou fazendo com a bicicleta acertasse o perseguido derrubando-o e machucando-o.
O garoto perseguido procurou, em vão, alguma lâmpada naquela rua de condições precárias.
- Você é uma aberração - o perseguidor começou a falar com sua voz carregada de ódio, enquanto isso outros meninos que vinham a pé chegavam portando pedaços de pau.
– Uma criatura desprezível, não chegue mais perto dela, nunca toque nem um dedo nela, nem em mim.
O perseguidor ergueu um pedaço de madeira para bater no garoto caído, mas um vulto dourado o impediu.
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Capítulo 1
24 de março de 2007
Uma loira, aparentando não mais que 25 anos, caminha em uma rua movimentada da cidade de São Paulo, ela é parada por um mendigo, com aproximadamente 15 anos, que sentado no chão ergue sua mão pedindo um trocado ou algo para comer.
Ele tem o rosto sujo e as feições tristes, mas mesmo assim parece simpático , ela segura a mão dele e o puxa, fazendo com que ele precisasse se levantar. Ele retrai sua mão e olha para baixo envergonhado, normalmente as pessoas sentem por ele nojo, repulsa.
Ainda envergonhado ele levanta um pouco seu rosto e percebe que ela o fita com um sorriso bonito, amigável, encantado. Ele sentiu-se calmo e seguro, pela primeira vez em muito tempo. Ela novamente segura sua mão, dessa vez sem reação, de mãos dadas eles seguem em direção oposta ao crepúsculo, que ainda resiste brilhante, entre as gigantes construções da cidade e parecem banhar, especialmente, aquela cena.
Base Secreta em algum lugar do Ártico, 25 de março de 2007
< Tanto... Por nada, os grandes esforços que tivemos para manter esse projeto oculto para resto do mundo, estão sendo prejudicados pela incompetência.
INÚTEIS!
É isso que eles são. O grande projeto, pelo qual trabalhei tanto, a necessidade de utilização das mais avanças tecnologias de viagem interplanetária, a reabertura das cidades-lunares e todo o resto, posto a perder por causa dessa maldita incompetência.
Os nossos interesses estão ameaçados, e talvez sem chances de serem salvos. >¹
- < Acho que posso te ajudar!> - um homem, usando uma máscara, estava encostado em uma parede, ele jogava uma pequena bolinha metálica para cima e depois de segura-la repetia todo o movimento.
- < O que você quer? Como entrou aqui?>
- < Isso é uma longa história, mas como você não está interessado... > ele virou-se e dirigiu-se à porta.
- < Não, não, venha sente-se aqui, por favor!> - disse tentando parecer gentil, mas pela a aparência do outro percebeu que não conseguiu.
- < Prefiro ficar em pé. > - sempre arremessando a bolinha para o alto e apanhando-a, com um sorriso zombeteiro no rosto.
- < Vou direto ao assusto, eu tenho como rastrear as tais pedras, pode demorar um pouco e claro que custará algo, mas vai dar certo. >
- < Como você sabe... > - sua voz vacilou por um momento, mas logo tomou novamente o controle da situação.
- < Você acha que eu vou trair a organização? Acha que eu vou acabar com todo o prestígio que eu consegui junto ao governo, você está muito enganado. >
A bolinha metálica parou de ser arremessado e o sorriso zombeteiro foi mudado para uma expressão de desprezo e raiva.
- < Você só têm duas opções, ou aceita minha proposta ou deixa que tudo acabe! > - a bolinha voltou a ser arremessada e a expressão voltou ao normal. >
- < Eu te darei mais tempo para pensar. >
Ele andou um pouco e tocou em uma pequena tela digital que ficava em uma das paredes. Seus olhos ficaram verdes, uma mancha preta apareceu em seu dedo e logo cresceu cobrindo todo o seu corpo, letras e números verdes começaram a percorrer seu corpo e corpo e ele foi “tragado” para dentro da tela.
Um smile apareceu e uma voz robótica foi ouvida.
- < Se mudar de idéia... > - um endereço de e-mail apareceu na tela, e depois de algum tempo se apagou.
- < Tsc, tsc, tsc... Se o Hacker acha que eu vou precisar dele... Está muito enganado... >
Cidade de São Paulo, 25 de março de 2007
- Onde será que tô? Cartney levantou-se e tentou lembrar-se do que aconteceu na noite anterior e como havia ido parar lá.
- Ahh! Aquela moça como era mesmo o nome... err... Elizabeth, isso mesmo Elizabeth!
Passou a mão na sua barriga, para ver se estava intacta, nos anos que passou na rua ouviu muitos casos de mendigos que foram seqüestrados e tiveram seus órgãos roubados, e sempre teve muito medo disso.
Ele arrumou a cama como pôde, já não tinha mais prática nisso. Em cima do criado mudo que ficava ao lado da cama havia uma tolha, sabonete e uma muda de roupa, ele pegou-os e viu que pareciam novos.
Sua atenção voltou-se para o papel, em uma caligrafia impecável, estava escrito.
Cartney,
Quando terminar de se arrumar pode continuar lá embaixo, se precisar de mais alguma coisa me avise.
Elizabeth
- Como ela pode ter tanta certeza que eu sei ler?- ele não lembrava de ter dito isso.
Repassou na mente tudo o que havia ocorrido no dia anterior.
Ela o segurou pela mão e levou-o como uma mãe leva um filho, feliz, animada e muito gentil. Mesmo sob os protestos dele ela o levou para a sua casa. Deu comida para ele, ela queria conversar, mas vendo que ele estava cansado respeitou seu sono e deixou que ele ficasse em um quarto que estranhamente já estava pronto.
Tomou um banho quente, longo o bastante para se limpar totalmente, e relaxar bastante. Vestiu-se. As roupas eram realmente novas, ainda tinham as etiquetas.
Desceu as escadas e viu que na sala principal uma mesa estava posta, com várias coisas: bolos, pães, sucos.
- Enfim terminou, sente aqui e tome café comigo!
Ainda envergonhado ele sentou quando ele se preparava para comer, viu vários tipos de pratos e talheres que não estavam na refeição da noite anterior, o que o deixou muito confuso e o fez desistir.
- Eu não me importo com isso, pode comer!
Meio acanhado ele começou e acabou percebendo que ainda estava com muita fome, ficou envergonhado em comer daquela forma, mas sua fome era muito grande e acabou esquecendo.
- Por que você faz isso por mim? Nem me conhece!
- Quem sabe?
Ele abriu a boca para fazer uma pergunta, mas ela balançou a cabeça negativamente.
- Cartney... De onde vem esse nome?
- Para ser sincero eu não sei, a única coisa que sei é que meu pai também se chamava assim.
- O que aconteceu com seu pai? E com sua mãe?
- É uma história muito longa.
- Tudo bem, se você prefere não contar eu não ligo...
- Eu acho que lhe devo isso...
- Meu pai sempre foi uma boa pessoa, mas não se podia dizer o mesmo de suas companhias...
E como as pessoas conseguiam fazer com agisse como elas queriam, eles acabavam levando ele para os lugares errados, querendo que ele fizesse coisas erradas, e conhecesse pessoas cada vez mais barra-pesada.
Ele conheceu minha mãe, ela tinha olhos e cabelos castanhos, um papo bacana e tava sempre de boa, começaram a se encontrar e logo os amigos tavam dando uma forçinha.
Quando eles começaram a namorar, meu pai descobriu várias coisas sobre ela, ela corria em rachas, bebia muito e se drogava. Ele fez ela parar um pouco, um tempo depois descobriu que ela estava grávida, meu pai pensou que ela tinha parado definitivamente, mas quando eu nasci ela começou tudo de novo.
As brigas cresceram muito e ela foi embora, meu pai me criou até os 12 anos, mas ele morreu, e eu corri para a rua, triste, sem querer ir para um orfanato e para lugar nenhum.
Ele desatou a chorar, muito triste. Elizabeth passou seu braço ao redor de Cartney em um abraço terno, ela passou a mão no cabelo dele como uma mãe faria para acalmar um filho.
- Espere! A foto que tava no bolso da minha calça – ainda chorando ele correu em direção a escada.
-Não tinha nada no seu bolso!
- Mas, mas... Deve ta na rua... Eu vou buscar!
-Tudo bem, mas volte!
Ele correu desesperado em direção ao lugar em que Elizabeth o encontrou, mexendo em uns papelões um brilho chamou sua atenção, uma pedra brilhante e transparente, ao lado da foto de seu pai. Ele guardou os dois no bolso
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Elizabeth entrou no quarto que Cartney estava, em volta dela uma aura dourada. A aura aos poucos transformou sua camisa em uma armadura vermelha, sua calça se transformou em duas tiras de pano, com símbolos mágicos, que cobriam suas partes íntimas.
No centro do quarto havia um orbe brilhante que mostrava Cartney. Um ser de aura roxa emergiu das sombras.
- Tinha razão as profecias de Zuma² estavam corretas.
1- Traduzido do Inglês
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Última edição por lelecoaa em Seg Abr 20, 2009 6:11 pm, editado 1 vez(es)
lelecoaa- Aspira CP
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Espero por tudo em dia para voltar a acompanhar a fic!
Alias... tem outro projetinho vindo, não?
Alias... tem outro projetinho vindo, não?
Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Mas eu acho que você já leu esses...Vampira escreveu:Espero por tudo em dia para voltar a acompanhar a fic!
Alias... tem outro projetinho vindo, não?
Tem sim! Espere pra ver
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Pensei q tivesse reescrito novamente
Então vou reivindicar cap novo
Então vou reivindicar cap novo
Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Bem que achei estranho, tinha impressão que você já tinha lido.Vampira escreveu:Pensei q tivesse reescrito novamente
Então vou reivindicar cap novo
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Não se preocupe dessa vez eu terminoVampira escreveu:E eu li nas duas vezes q fez
lelecoaa- Aspira CP
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
***Aviso***
Ao ser repostado o capítulo 1 ficou incompleto e só hoje eu percebi. O erro já foi corrigido, se você leu esse capítulo aqui, no forúm novo passe lá e leia o resto.
E também quero dar ao Resgate os créditos pelo novo logo!
Ao ser repostado o capítulo 1 ficou incompleto e só hoje eu percebi. O erro já foi corrigido, se você leu esse capítulo aqui, no forúm novo passe lá e leia o resto.
E também quero dar ao Resgate os créditos pelo novo logo!
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
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Capítulo 2
John Harry entrou acanhado na sala, ao redor de uma mesa oval, líderes de grandes potências o aguardavam.
- Perdoe-me pelo atraso, eu tive alguns problemas.
- É justamente sobre isso que viemos falar.
John Harry se espantou ao notar que um homem alto e imponente levantou-se de uma cadeira em um canto afastado da mesa e falou, mas não deixou transparecer isso
- PROBLEMAS, PROBLEMAS, PROBLEMAS! SOMENTE ISSO! TODOS OS RELATÓRIOS NOS INFORMAM SOBRE O QUE?
PROBLEMAS!!
Sua voz ecoou pela sala, assustadoramente.
- Ma... mas senhor – pela primeira vez em muito tempo John abaixou sua cabeça – a culpa...
- Cale-se! A culpa é sua sim! Você não está cercado por incompetentes, são os melhores profissionais do mundo.
John sentiu a raiva crescendo o sangue subiu a cabeça, controlou a vontade de derrubá-lo com uma rajada de energia fumegante, seria inútil. Um senhor de baixa estatura e de óculos se levantou.
- Você tem idéia de tudo que foi preciso pra esse projeto. – ao contrário do primeiro sua voz era calma, serena – e você sabe as implicações de uma falha no projeto. John!!! Você é o melhor, escolhido entre os melhores, mas se essas falhas continuarem você sabe que final te espera. – ele virou-se para os demais líderes. – Se não tiverem mais nada a acrescentar, acho que podemos ir.
- Todos termos vindo foi um desperdício de tempo. – um dos presentes se pronunciou.
- Por isso que suas presenças eram opcionais – o homem de voz serena respondeu, sendo mais
agressivo do que pretendia.
Todos se levantaram e de repente sumiram, a tecnologia de holo- conferência estava cada vez mais convincente.
Ele a saiu da sala estava numa situação semelhante a que o Dr.Hans estivera há poucos dias, um ruído desagradável fez com que ele tirasse seus fones, quando os colocou novamente ouviu uma voz conhecida.
“Já pretende aceitar a minha proposta?”
- Por que eu aceitaria? – ele espantou com o olhar um agente que o observava como se ele estivesse enlouquecendo.
“Porque eu posso achar elas, eu posso achar as pedras!
-Se “nós” não podemos localizá-las, imagine você!
“Eu tenho todas as tecnologias as minhas mãos, vocês não! Nesse quesito eu tenho vantagem.”
-Talvez... talvez. Mas mesmo assim você não é realmente capaz de nos superar, se existe um meio de trazê-las de volta ele vai ser descoberto por nós
“ Para os outros você pode fazer essa máscara, mas pra mim é inútil, eu sei que você está com muito medo.”
Ele deixou que o fone caísse e pisou em cima dele, quebrando-o totalmente.
“ Você não vai fugir de mim tão facilmente” - a voz saia de um dos altos falantes na parede, que eram usados para avisos, porém não estava muito alto.
John fechou os olhos e se concentrou, por uns segundos o complexo ficou totalmente sem energia, quando ela voltou todas as luzes do caminho até a sala de John estavam emitindo uma luz branca.
A voz de Hacker não foi mais ouvida.
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Elizabeth, usando vestimentas estranhas que transmitiam uma sensação mágica. Ela segurava um orbe que refletia a imagem de Cartney.
Um ser armadura dourada e de aura roxa emergiu das sombras:
- Tinha razão, as profecias de Zuma estavam corretas.
- Então devemos contar a verdade, pode ser importante treinar ele o mais rápido possível.
- Não. Deixe que aos poucos o poder se manifeste, como guardiões não podemos interferir.
- Em outros tempos a sua resposta seria diferente.
O rosto de sua máscara metálica muda fazendo um gesto de irrelevância.
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Ilha da família Falcão
O helicóptero pousou, uma mão ajudou-a a descer, mesmo sob os seus protestos.
-Senhorita, ele mandou avisar que está chegando.
Quando ela se virou para agradecer, viu que era ele.
- Rafael!!! Você quase me pegou!
- Há há há! – ele abraçou-a e a beijou, ela retribuiu e assim ficaram por algum tempo, até que um dos empregados os interrompeu.
- Senhor, se o senhor quiser ir a cozinheira mandou avisar que já está tudo pronto. Há, já ia me esquecendo... sua mãe ligou hoje cedo.
-Certo, brigado – e virando-se para ela – Minha mãe não consegue entender que eu não sou mais uma criança, mas mesmo assim ela é legal, você vai gostar dela.
- Eu acho que todas elas são assim, não precisa se preocupar.
– Por que você veio de helicóptero? Eu disse para você vir de barco. – um de seus maiores medos era de voar, aviões e helicópteros, ele preferia passar longe. Viajar? Nem pensar!
- É que ia demorar muito mais, aí eu liguei pro seu pai pra vir assim, é que eu não tava agüentando de saudades.
- Tudo bem, é um motivo justo!
Uma pequena explosão ocorreu aos seus pés, eles saltaram com o susto, havia aparecido uma pedra brilhante e transparente no chão
- Olhe que bonita – ela pegou, passando-a de uma mão para a outra e analisando-a ainda meio desconfiada.
- É sua então – ele disse segurando-a, colocando na mão de Joana e fechando-a.
- Não! Eu não posso aceitar!
- Joana!! Se você não aceitar eu vou ficar muito bravo com você.
- Mas deve ser muito valioso! Eu já disse e repito: não posso aceitar.
- E daí? Tá na minha ilha é meu, e agora, é seu.
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Cartney estava voltando para a casa de Elizabeth, quando houve uma correria e alguns gritos.
- Pra onde cê vai, pirralho? – era a voz de Ronaldo, crescera com ele na rua, mas acabara seguindo o caminho errado e por algum motivo que nenhum dos dois se lembrava muito bem, eles tinha se tornado inimigos.
Cartney tentou fingir que não tinha visto, mas era tarde. Os “capangas” de Ronaldo vieram pelo outro lado encurralando-o. Ele tentou se debater e fugir, mas não conseguiu.
- Eu fiquei sabendo que cê, ta lá na casa daquela ricaça, E nem pra ajudar os brother, né? Depois de tudo que eu fiz por cê. Minha paciência acabô, agora cê vai vê.
Um de seus capangas entregou um pedaço de madeira, quando ele estava prestes a bater em Cartney o bastão se incinerou.
- Não me diga... que você... você... é... um daqueles monstros.
- Sim, eu sou e se você não quiser ser o próximo a pegar fogo... corra! – ele estava morrendo de rir por dentro.
Eles correram e aí Cartney permitiu-se rir, mal sabendo que ele foi realmente o responsável por aquilo.
lelecoaa- Aspira CP
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Esse segundo capítulo é muito legal!
Adorei o modo como o Cartney pôs o pessoal prá correr...
E estou torcendo pro John se ferrar...
Meus parabéns cara! Ótimo capítulo!
Um abração e até mais!
Adorei o modo como o Cartney pôs o pessoal prá correr...
E estou torcendo pro John se ferrar...
Meus parabéns cara! Ótimo capítulo!
Um abração e até mais!
Resgate- Aspira CP
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Tem ideia do quanto to gostando dessa reformulação?
To curiosa sobre esse Haker, quero saber o que vai ocorrer com a pedra e adorei o Cartney.
Quando sai o próximo?
Parabéns!
To curiosa sobre esse Haker, quero saber o que vai ocorrer com a pedra e adorei o Cartney.
Quando sai o próximo?
Parabéns!
Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Resgate escreveu:Esse segundo capítulo é muito legal!
Adorei o modo como o Cartney pôs o pessoal prá correr...
E estou torcendo pro John se ferrar...
Meus parabéns cara! Ótimo capítulo!
Um abração e até mais!
Resgate, nem tinha visto seu comentário!
Eu acho que você não é o único que deve ter essa torcida.
Brigado, cara!
Abraços!
lelecoaa- Aspira CP
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Re: Os numerados - Capítulo 2 - 20/04
Vampira escreveu:Tem ideia do quanto to gostando dessa reformulação?
To curiosa sobre esse Haker, quero saber o que vai ocorrer com a pedra e adorei o Cartney.
Quando sai o próximo?
Parabéns!
Eu também tô achando bem melhor!
Nos próximos capitulos você vai saber mais.
Bem... o próximo? Herrrrr... é, né? Brincadeiras à parte provavelmente daqui a uma semana.
Valeu!
lelecoaa- Aspira CP
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