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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 7:55 pm

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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] LogoORDC


Prólogo

Espaço cósmico aos redores do planeta Trevisia, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Uma gigantesca espaçonave se aproxima de Trevisia, um planeta um pouco maior que Marte,
e de cor vermelho-acinzentada. A espaçonave é de cor azulada, com detalhes em ciano, e tem
o comprimento equivalente a dois Boeings. Seus tripulantes são homens de pele avermelhada,
assim como seus olhos, e não têm cabelo algum. Cada um deles tem pontos vermelho-escuro
na testa, de quantidade variada dependendo dos seus cargos na hierarquia.
Na cabine há dois pilotos cuja testa têm três pontos, em linha vertical; logo atrás está em pé
um homem de uniforme azul, com seis pontos na testa, formando um losango; e atrás deste,
há dois guardas juntos à porta eletrônica de saída da cabine, armados cada um com uma
avançada arma de fogo, e eles têm na testa dois pontos em linha horizontal.
— Adentramos a atmosfera de Trevisia, senhor. — Diz um dos pilotos.
— Espero que seja importante a minha vinda até aqui. Além de me ter tirado de Zacoa,
enquanto planejava um novo armamento, o trevisiano inútil nem se quer disse o nome.— Rosna
o homem em pé, atrás dos pilotos.
Em alguns minutos a espaçonave pousa suavemente diante de um enorme castelo de pedra,
onde há dois guardas diante do portão, corpulentos e seminus, usando elmos metálicos e com
grandes machados em mãos.
O homem com os pontos em forma de losango desce da espaçonave pela escotilha,
acompanhado pelos mesmos guardas que guardavam a porta da cabine. Ele olha em volta
com desprezo e vê que não há praticamente nada em volta do castelo, apenas um chão
rochoso, com alguns grupos de trevisianos sentados em volta de fogueiras.
— Um planeta que não é atingido pela luz de Apollian* só pode ser tão ultrapassado como esse.
— Murmura ele, dirigindo-se para o portão do castelo, e os guardas do mesmo abrem caminho
para que o homem e seus guardas entrem, e logo ele é recebido por um trevisiano de estatura
baixa, vestindo apenas uma calça vermelha, de cabelos longos e cinzentos e olhos vermelhos.
— Por aqui, Lorde Akazee*. — Diz o trevisiano, numa voz arrastada e rouca. O homem, que
fora chamado pelo nome de “Akazee”, o segue, reparando que trevisianos têm três dedos,
vendo as mãos do seu guia, e também nota que eles não reconhecem banho, inalando o
cheiro forte da pele dele.
Após subir várias escadas, Akazee — desprezando o planeta ainda mais por não ter elevador
— e seus guardas chegam finalmente ao topo do castelo, onde, diante de uma grande porta
de madeira, o Trevisiano deixa Akazee para que siga o caminho sozinho.
Junto à porta há um guarda, como os dois que guardam o portão do castelo, que abre a porta
para que Akazee entre, e este o faz, com seus guardas seguindo-o.
O recinto é circular e amplo. No centro o chão está quebrado, formando um buraco redondo,
onde há uma enorme labareda que clareia o lugar.
Do outro lado da labareda está um trevisiano alto, mais bizarro que o baixo que guiou Akazee.
Seus olhos são totalmente vermelhos, o cabelo é cinzento e corre em vertical até a nuca. Ele
usa uma calça vermelha e uma capa preta, e em seu peito há um “M” tatuado em vermelho.
— Esse símbolo no seu peito... — Diz Akazee, com cautela. — Você é--?
— Sim, Akazee... Eu sou Markhano*, Imperador de Trevisia. — Responde o trevisiano,
sorrindo malevolamente, fitando friamente a labareda. — Aquele que toda Mornic pensa estar
morto.
— Como... Como sobreviveu? — Pergunta Akazee.
— Eu sou um trevisiano, Akazee. Não sou fraco como qualquer raça. Aliás, o verde ali nas
sombras... É Dracanos, o último vantrulho. E a mulher logo ali é Zantrasta, minha “bruxa
pessoal”.
Agora que Akazee nota que há mais presenças no recinto. O chamado “Dracanos” tem a pele
verde e é esquelético, de olhos vermelhos; apenas parte do seu corpo é visto, devido à capa
de o capuz marrom que veste. E Zantrasta* está do outro lado do recinto, não parece ser uma
trevisiana devido à falta de “bizarrice”, e seus olhos não são totalmente vermelhos, apenas as
íris; mas seu rosto é extremamente enrugado, mesmo tendo um corpo que parece jovem; Usa
roupas vermelhas e uma capa vermelho-escura rasgada.
— Muito bem, Markhano. Poderia me dizer por que me chamou até aqui? — Continua
Akazee, indisposto a perder seu tempo. — Espero que seja importante.
— Ah, é importante sim, Akazee, pode ter certeza. — Responde Markhano, finalmente
olhando nos olhos de Akazee, ainda com seu sorriso malévolo. — Me diz uma coisa,
Akazee... O que acha de Mornic? Dos seus planetas de variados governos, variadas raças,
variadas formas de ser e de viver?
— Tudo não passa de planetas ultrapassados. Prefiro a minha Zacoa, acima de tudo.
— Entendo aonde quer chegar... E é bem esse o ponto. Já imaginou, Akazee, você fazer
desses planetas todos evoluídos como o seu?
— Está propondo... Governar Mornic?
— Exatamente! Imagine, Akazee, você receber uma boa parte da renda de cada planeta...
— Você quer dizer impostos.
— Isso mesmo! Desculpe se o vocabulário de Trevisia não é tão grande quanto o seu...
— Tudo bem, prossiga.
— Bem... Eis o que proponho, Akazee... Dominar Mornic, controlar cada planeta. Eu poderia
fazê-lo, mas precisaria da sua ajuda, já que seu planeta cria poderosos soldados e tem
grande tecnologia em armamento.
— Deixa-me ver se entendi... Você quer que eu TE AJUDE a dominar Mornic?
— Não exatamente. Proponho que você me ajude a dominar Mornic, e assim será o general
superior de todo o exército. Pense, Akazee... Um exército que se estende por toda Mornic,
todo seu. — Essas últimas palavras fazem Akazee ver todo o plano de outro ângulo. Assim,
ele sorri tão malevolamente quando Markhano, e diz:
— Muito bem, Markhano... Aceito sua proposta!
— Ótimo, Akazee! Eu sabia que você tinha inteligência tão acima quanto qualquer uma!
— Sendo assim, devo voltar para Zacoa, por onde ajudarei a planejar com meus
equipamentos.
— Claro, claro... Mas temos um pequeno problema do qual você já deve ter tomado
conhecimento...
— Ah, sim. Assim que eu chegar lá, pedirei que venham instalar um equipamento de
comunicação, sim?
— Ótimo. Sabia que devia confiar em você!

Continua...

*Apollian: O “Sol” do sistema Mornic V.
*Akazee é o segundo vilão que apareceu em Capitão Universo Reload. Aqui ele ainda é o
ditador de Zacoa, que agora fica no sistema Mornic V, galáxia Mornic. Esse aqui, ó:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Akazee
*Markhano e Zantrasta são os mesmo de GingaRyuu. Ele é imperador de Trevisia, que fica
também em Mornic V. Quanto à bruxa, ainda não se sabe sua raça ou planeta natal.
Aí tem os micro deles:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Markhano Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Zantrasta

E como prometido, o mapa de Mornic V:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Mornicvve1

O Vermelho no centro, é Apollian, o marrom lá longe, no alto, é Trevisia (para ter uma idéia,
esse planeta é um pouco maior que Marte), com seu satélite, Zergros; o rosinha ali é Zacoa,
planeta onde Akazee é ditador; e do lado, o verde, é Ax, que apareceu em Capitão Universo
Reload
, e é um dos poucos planetas de Mornic V que "prestam"; e por ultimo, tem o Treny,
ali, bem pertinho de Apollian, consequentemente um planeta sem vida devido ao calor.
Certamente há mais planetas nesse sistema, mas para O Regresso dos Caídos, apenas
esses interessam.
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Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 7:56 pm

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Capítulo I
O Primeiro Passo



Planeta Zacoa, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Akazee está dentro de uma sala de comunicação, repleta de computadores, com cinco
zacoanos — todos carecas e com pontos na testa simbolizando seu cargo, como todos os
zacoanos vistos até agora — trabalhando em computadores diferentes. Akazee está em pé,
logo atrás de um zacoano que está sentado diante de um computador, que tem o monitor um
pouco mais alto que a cabeça de Akazee.
— Estabelecendo comunicação, senhor! — Diz o zacoano diante do computador, que tem
quatro pontos na testa, formando um quadrado. Logo, naquele monitor ao alto surge o rosto de
Markhano, em um recinto semi-escuro, provavelmente o mesmo lugar onde ele conversara
com Akazee anteriormente.
— Saudações, Markhano! Vejo que meu equipamento está funcionando bem!
— Sim, Akazee, está funcionando muito bem. Agradeço pela gentileza!
— Não precisa agradecer. Bem, Markhano, estive analisando os fatos, e creio que antes de
agir teremos que nos prevenir.
— Do que exatamente, Akazee?
— Uxan e o seu C.E.U.
— Seja mais específico...
— C.E.U. é o Comando Estelar Uxan. É uma formação de uxanos evoluídos geneticamente,
adquirindo grandes poderes para a proteção de Uxan. Eles podem muito bem interferir nos
nossos planos, então sugiro um ataque surpresa, destruindo a Base Anelar C.E.U., que por
acaso, é uma base que se estende em volta do planeta Uxan, e fica no sistema Mornic II.
— Bem pensado, Akazee... Eu acreditava que apenas o Esquadrão Cosmo poderia me
atrapalhar... Aliás, temos que nos preocupar com um Cosmo.
— Como assim? Existe um?
— Sim, sobrou um, assim como eu sobrevivi. Mas não se preocupe. Cuide de Uxan, e eu
cuido do último Cosmo.
— Que assim seja, Markhano. Akazee desligando. — O monitor se apaga, finalizando a
comunicação. — Heh... Esse Markhano é mesmo um imbecil se pensa que me unirei a um
imperador de um planeta tão ultrapassado quanto Trevisia. Quando tudo estiver acabado o
matarei, e terei Mornic apenas para mim.


Espaço cósmico aos redores do planeta Uxan, sistema Mornic II, galáxia Mornic.

De longe, Uxan pode parecer Saturno, devido ao anel que se estende ao seu redor. Mas Uxan
é maior que Saturno, do tamanho de Júpiter, e tem a cor azulada. E o anel não é composto de
poeira cósmica, e sim é metálico, tratando-se da Base Anelar C.E.U. Toda extremidade
oposta do planeta é repleta por portões, todos trancados, e em cima há milhares de
antenas espalhadas por toda a base.
Dentro da Base Anelar, há uma sala com vários computadores às paredes, mostrando
imagens do espaço cósmico do sistema Mornic II, e também há vários uxanos trabalhando.
Eles são muito parecidos com terráqueos, mas têm olhos amarelos, além de todos eles
terem cabelos loiros e a pele clara.
— Hei... Tem naves de batalha zacoanas entrando no sistema Mornic II! — Diz um homem.
— E... Estão vindo pra cá! — Diz um outro.
— Vou tentar comunicar... — Diz uma mulher, nisso outro responde:
— São zacoanos! Comunicar pra quê?! Temos que comunicar todas as unidades!
— Atenção, aqui é a Base Anelar C.E.U. O que fazem em Mornic II? Câmbio.
— Eles não vão responder! Vou comunicar os Soldados C.E.U.!
No instante seguinte um alerta soa por toda Base Anelar, com uma voz mecânica alertando
uma invasão zacoana e certificando de que não se trata de nenhum treinamento. Os portões
nas extremidades da Base Anelar se abrem, permitindo a saída de vários homens e mulheres,
aproximadamente mil soldados. Todos de pele clara, loiros, usando armaduras colantes, de
cor azul, com botas e luvas vermelhas, assim como a estrela de oito pontas que há no peito
de cada um, além dos visores vermelhos e do emblema “C.E.U.” nos ombros.
Eles voam velozmente, sem precisar de espaçonaves, e param diante de Uxan, avistando os
invasores. Trata-se de aproximadamente cinco mil espaçonaves de combate, compactadas
para o embarque de apenas um piloto e têm o comprimento de um simples caminhão.
— ATENÇÃO, HOMENS! — É o que diz um Sargento C.E.U., que tem quatro metros de
altura, mas sua armadura é extremamente semelhante à dos soldados. — É AGORA OU
NUNCA! DESSA VEZ SÃO OS ZACOANOS, E NUNCA ENFRENTAMOS NADA IGUAL! NÃO
SABEMOS O MOTIVO DA INVASÃO, MAS ISSO NÃO IMPORTA QUANDO SE TRATA
DELES! ENTÃO EXIJO QUE ACABEM COM A RAÇA DE CADA UM E ISSO É UMA
ORDEM!!!
— SIM, SENHOR!!! — É o que todos os soldados respondem.
— POR UXAN!!! — Com a ordem do Sargento, todos os soldados avançam e nos punhos de
cada um surge uma energia de cor alaranjada e densa, e é dessa energia que eles lançam
poderosas rajadas que fazem cada espaçonave atingida explodir. Isso fez as outras
espaçonaves avançaram mais velozmente e começarem a atirar impiedosamente, ferindo os
soldados.
— Janira! Janira! — Um dos Soldados C.E.U. chama por uma parceira, outra Soldada C.E.U.
Ele tem os cabelos lisos e partidos ao meio, e ela tem o cabelos longos e cacheados.
— Niston? Que foi? — Diz ela, parando bruscamente no ar.
— Preciso falar com você... Sobre o que ia te falar antes do alerta.
— Mas... Agora?
— Pode não haver outra chance não está vendo? Isso é uma invasão zacoana.
— Certo... O que é?
— Bem... — Niston agarra Janira nos ombros e a beija profundamente. Ela afasta-se dos
lábios dele e o olha nos olhos.
— Niston, o que--?
— Se sobrevivermos... Quero que se case comigo. Isso é uma ordem. — E assim, ela o beija,
mas a cena não dura muito com a chegada de outro soldado, mais alto e com um corte de
cabelo militar. — Desculpa se estou interferindo num momento errado, mas isso é uma
guerra!
— Certo, Azter, desculpa! — Responde Niston, que logo se volta para Janira. — Vamos lá!
Os três avançam juntos, energizando os punhos e logo se separam, cada um para um lado,
juntando-se aos milhares de soldados que lutam contra os zacoanos.
— É inútil! — Esbraveja um zacoano, que, assim como os outros, tem cinco pontos na testa,
em forma de cruz. — Os tiros não fazem muita coisa contra a armadura deles!
— Vamos testar o novo armamento! Deve funcionar! — Responde um outro, pelo comunicador.
— Espero que funcione!
E assim, um tiro de uma das espaçonaves zacoanas acerta o soldado que fora chamado por
“Azter”, pelas costas, fazendo sua pele queimar até explodir, transformando-o em um tipo de
poeira cósmica avermelhada.
— NÃÃÃÃO!!! AZTEEEEER!!! — Grita Niston, vendo seu amigo morrer e enche-se de raiva.
— Malditos! — A energia em seus punhos intensifica e ele avança pra cima da espaçonave
que acertara o tiro em Azter, lançando-lhe uma rajada de energia que fez não só explodir a
espaçonave, e sim danificou várias outras ao redor da mesma.
— Calma, Niston! Poupe energia! Se controla! — Diz Janira, juntando-se a Niston. — Olha, os
canhões da Base Anelar estão se ejetando, as espaçonaves estão se aproximando demais...
Precisamos lutar com mais calma e cuidado.
— Certo... Vamos lá, se cuida! — Eles voltam ao combate, e a cada instante mais Soldados
C.E.U. são mortos. A cada um que morre, duas espaçonaves zacoanas são destruídas.
Os canhões da Base Anelar agora estão atirando projéteis metálicos e pontiagudos, que
explode qualquer espaçonave atingida, mas isso não parece resolver o problema: o número
de espaçonaves zacoanas parece aumentar a cada minuto, mesmo com tantas sendo
destruídas, e o número de Soldados C.E.U. parece diminuir.
Niston dá tudo de si, desviando-se dos ataques inimigos, sem errar um ataque sequer, mas
seu destino parece ter outros planos para ele: um projétil de um dos canhões da Base Anelar
quase o atinge acidentalmente, distraindo-o totalmente, e uma espaçonave zacoana o atinge
no peito. Assim como centenas de outros Soldados C.E.U., Niston morre, virando poeira
cósmica.
Janira vê o que sobrou de seu amante, aterrorizada, sem saber o que fazer e sem conseguir
expressar emoção alguma. Não ouve nada à sua volta e nem repara que apenas cem, ou
menos, soldados estão vivos, insuficiente para as duas mil espaçonaves zacoanas que ainda
avançam.
A soldada volta à realidade ao sentir uma enorme mão empurrando-a levemente na direção de
Uxan, tirando-a do seu caminho. Trata-se de um outro Soldado C.E.U., mas tem cinco metros
de altura, no mínimo, e é totalmente musculoso. Seu olhar é frio e não expressa emoção
alguma. Tem o cabelo que corre em linha vertical pela cabeça e seu uniforme é semelhante
aos outros soldados. Janira então nota os outros iguais a ele que o seguem, avançando contra
as espaçonaves zacoanas.
Ela sabe que esses quinhentos soldados gigantescos são os Destruidores C.E.U.,
super-soldados passados por um processo onde vinte e cinco por cento dos soldados não
sobrevivem e noventa e nove por cento não permanece com a racionalidade.
— RECUEM!!! — É o que um Sargento C.E.U., o mesmo que dera a ordem de ataque
anteriormente, diz para os Soldados C.E.U. — ABRAM CAMINHO PARA DOS
DESTRUIDORES!!!
Janira o faz, voltando para a Base Anelar, enquanto os zacoanos ficam aterrorizados dentro
das espaçonaves. Eles atiram com o mesmo armamento que dizimou um exército C.E.U.,
mas o ataque nada faz contra a armadura dos Destruidores C.E.U. Estes, por outro lado,
lançam poderosas rajadas alaranjadas que explodem todas as espaçonaves que estiverem
enfileiradas.
— Maldição! Ninguém alertou sobre esses grandalhões! Que diabos eles--? — Essas foram
as últimas palavras de um zacoano, cuja espaçonave explode.
Dez segundos se passam desde que os Destruidores C.E.U. iniciaram o ataque, e as quase
quinhentas espaçonaves zacoanas que restam estão recuando, voltando para Zacoa, mas não
conseguem se livrar facilmente do castigo: os Destruidores C.E.U. persistem até destruir
todas elas.
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Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 7:56 pm

Zacoa, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

— Ora, Akazee! Lutar por tanto tempo contra os floricultores de Ax¹ fez de você um fracote?!
— É Markhano quem diz, furioso, pelo comunicador de Akazee.
— A vitória estava na mão! Foram aqueles malditos soldados inesperados que
comprometeram o ataque! — Esbraveja Akazee.
— Então, nesse caso, acredito que você tenha outro plano?
— Bem, tenho um sim, que deve funcionar: estou há dias num projeto para uma arma, que
sem dúvida dará um jeito neles!
— Assim espero. Como se diz? Markhano desligando? — E então Markhano desaparece do
monitor de Akazee, deixando uma tela escura.
— Maldito... Pode ficar no comando, por enquanto... Mas no fim, EU irei ser o imperador de
Mornic! — Akazee sai da sala de comunicação, passando pela porta eletrônica que se abre
assim que ele chega perto.
Após um longo corredor e três portas eletrônicas, Akazee chega onde o corredor se cruza
com outro. Sem hesitar, Akazee segue para a direita, e logo encontra uma outra porta
eletrônica, que o leva para uma ampla sala de reunião, onde há nove zacoanos sentados em
volta de uma mesa redonda. Akazee senta-se à única cadeira vazia, e começa a falar:
— Muito bem, como já disse na última reunião, o armamento em projeto precisa ser reforçado,
provavelmente não bastará contra aqueles soldados gigantes.
— Permissão para falar, senhor? — Diz uma zacoana, que tem quatro pontos na cabeça,
formando um “T” de ponta-cabeça.
— Pois não, Nira. — Responde Akazee, calmamente.
— Eu consultei sobre aqueles soldados, e eles são Destruidores C.E.U., super-soldados,
evoluídos extremamente acima dos Soldados C.E.U., usados apenas em casos extremos,
como o de hoje, que foi a primeira vez. Eles são irracionais e tudo que fazem é destruir seja
lá quem estiver na frente, desde que não seja uxano.
— Continue...
— Como o senhor disse, o armamento em projeto não bastará contra eles, mas se usarmos
energia nuclear nos projéteis, as chances de vencê-los são de noventa e oito por cento.
— Interessante... Mas me diga uma coisa, Nira... Onde vamos conseguir esse núcleo? Já foi
constado que aqui em Zacoa não há como conseguir.
— Certamente senhor, mas há um lugar fácil de conseguir: O Depósito Nuclear Espacial, em
órbita em Mornic III.
— Hmmmm... Quais são as chances de conseguir sucesso?
— Cem por cento, senhor, se for usado um bom número de invasores. Há apenas dois
guardas naquele depósito.
— Ótimo... Mas pena que o nosso “bom número de homens” foi esgotado!
— Ora... Markhano deve ter soldados úteis para isso! Nós podemos emprestar uma
espaçonave se for necessário! — Propõe um outro homem à mesa, com os pontos na testa
iguais aos de Nira.
— Certo... Vou falar com Markhano.

— Então, você quer que eu consiga soldados para infiltrar num depósito nuclear... — Diz
Markhano, pensativo, pelo comunicador de Akazee. — Acho que sei onde conseguir. Não em
Trevisia, aqui os soldados não têm muitas habilidades para infiltração... Mas os zergrinos
podem ser úteis...!
— Zergrinos? — Indaga Akazee.
— Sim. Habitantes de Zergros, o satélite de Trevisia. Eles se reproduzem de uma forma
bizarra, além de serem quase imortais, de tanto tempo que podem viver. Ou seja: Zergros tem
muitos... muitos guerreiros. Ah, claro... Eles têm uma boa habilidade de camuflagem.
— Ótimo! Mandarei uma espaçonave até você, para que consiga algumas centenas de
zergrinos.
— Claro, claro. Markhano desligando.


Qüiran, sistema Mornic III, galáxia Mornic.

De primeira vista, os qüiranos podem parecer com terráqueos, mas há diferenças, por mais
que sejam pouquíssimas: eles têm quatro dedos nas mãos e nos pés, e seus olhos parecem
estar sempre “fechados”, mas isso não significa que sejam cegos. Além da pele tão resistente
quando uma rocha.
Um qüirano de cabeça raspada entra em seu apartamento, no alto de um edifício, fazendo as
luzes se acenderem automaticamente, e se senta em um sofá na sua sala. Diante dele há
uma mesa de vidro, com uma pequena esfera prateada sobre a mesma. O qüirano olha para
ela e diz:
— Canal oitenta e sete. — E em menos de um segundo, uma tela surge sobre aquela esfera,
como uma televisão.
— Notícia de última hora! — Diz o apresentador qüirano de um telejornal. — Na manhã de
ontem, Uxan, onde já era noite, foi atacada por espaçonaves zacoanas! O ataque resultou na
morte de quase todos os Soldados C.E.U.! Mas isso não é tudo: quando Uxan parecia
derrotada, surgiram soldados gigantescos, que acabaram com qualquer alma zacoana
presente! Confiram algumas imagens filmadas por Uxan.
— Caraca... O que tá acontecendo nessa galáxia, meu! Esses zacoanos enlouqueceram?!
Tão querendo dominar Mornic! Só pode! Quando digo que a superioridade pode subir à cabeça
desses imperadores, ninguém acredita! Mas o que--? — O qüirano ouve batucadas na janela,
logo atrás da televisão. Ele se levanta para ver, e descobre que é uma espécie de pássaro
preto, um pouco maior que sua mão, batendo com o bico no vidro. Ele vai até a janela e a abre.
— O que você quer, cara? — O pássaro entra e o homem nota que ele segura uma pequena
bolsa de couro em uma das patas, que em seguida é largada pelo animal.
O qüirano pega a bolsa nas mãos antes da mesma cair no chão, e vê o pássaro sair pela
janela, transformando-se em pó e desaparecendo na noite.
— Cara, que bizarro. — O qüirano volta-se para a bolsa e a abre, encontrando nela um papel e
uma pedra de ouro. Ele lê o papel impacientemente. Ao finalizar ele diz para si: — Um
terráqueo em Surioh? Cara, eu odeio aquele planeta, aquilo tem todo tipo de raça de Mornic e
de fora de Mornic! Bem, isso eu acabo de descobrir, já que tem até terráqueo lá... Bom, pelo
menos Surioh fica em Mornic III, minha espaçonave não tem combustível suficiente para sair
do sistema.


Continua...

¹Quando Markhano fala sobre Akazee ter enfrentado os “floricultores de Ax”, ele se refere ao
planeta vizinho de Zacoa, Ax, que tem como especialidade o cultivo de flores, e Zacoa sempre
ataca espaçonaves axanas quando surge oportunidade, por esporte. E claro, Ax é um dos
poucos planetas de Mornic V que valem alguma coisa.

Agora uns micrinhos pra curtir. Cool
Vô apresentá os principais soldados do C.E.U.: Janira, Niston, Aster, Sargento Johstan e um
Destruidor C.E.U. (bem maior do que aparenta pelo micro):
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-SoldadoJanira Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-SoldadoNiston Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-SoldadoAster Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-SargentoJohstan Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-Destruidor

E aqui vai o Tiro, o mercenário Qüirano contratado para matar algum terráqueo em Surioh:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Tiro

E no Prólogo, esqueci de postar o micro do cara que tava nas sombrar, o Dracanos,
supostamente ultimo vantrulho (Vantro foi um planeta de Mornic V, que virou pó depois de
uma explosão):
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Dracanos


E, por fim, os mapas dos sistemas citados:

Mornic II:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] MornicII

Nessa saga apenas aparecerá Uxan nesse sistema, então eli está ele, o azul. É um pouco
maior que Jupter e o anel que se extende em volta é a Base Anelar C.E.U. E o amarelão ali,
bem maior que o Sol, é Hanssy, o "Sol" de Mornic II.


E aqui tá Mornic III:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] MornicIII

O cinza ali, perto do laranja, é Qüiran, o planeta do Tiro. E o verde é Surioh, onde ele vai
pegar o tal terráqueo. O microfone lá em cima é o Depósito Nuclear Espacial, citado na
reunião de Akazee, nesse capítulo. E o laranja é Mander, planeta natal de um dos guardas do
Depósito, que vai aparecer (e esse planeta é tão "ultrapassado" quanto a Terra"), e o branco
pequeninho no alto é Brato, planeta de o outro guarda do Depósito. E o azulão é Sulony, o
"Sol" de Mornic III, bem menor que o Sol, aliás,
E pra se ter uma idéia, Mander tem o tamanho de Marte e Brato tem o tamanho de Plutão.
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O Último Cosmo



Anteriormente...
Akazee, o ditador do planeta Zacoa, une-se ao Markhano, o imperador do planeta Trevisia, para que juntos dominem a galáxia Mornic. O primeiro passo foi um ataque contra Uxan, onde há o C.E.U. (Comando Estelar Uxan), que poderia interferir nos seus planos malignos. Akazee adquiriu sucesso no início, matando quase todos os Soldados C.E.U., mas seu exército é derrotado em menos de um minuto com a chegada dos até então desconhecidos Destruidores C.E.U., super-soldados invencíveis, sem qualquer racionalidade, que tudo que sabem fazer é destruir o inimigo.
Mas tal derrota não silencia Akazee: ele planeja roubar núcleo do Depósito Nuclear Espacial, em órbita em Mornic III, e para isso terá a ajuda dos zergrinos, habitantes de Zergros, satélite de Trevisia.
E em Qüiran, Mornic III, um mercenário é contratado para matar um terráqueo que está em Surioh, também em Mornic III.


Surioh, sistema Mornic III, galáxia Mornic.

Surioh é um dos maiores planetas de Mornic III, e o mais belo, visto do espaço cósmico, com sua cor índigo. E ninguém jamais saberia dizer como é um suriano, já que o planeta abriga vários seres de diversos planetas.
Em um grande bar, onde se encontram várias pessoas de várias espécies, há um terráqueo sentado ao balcão do bar, junto com um homem baixo, gorducho, de pele amarela, uma antena no topo da cabeça, olhos grandes e amarelos, e quatro tentáculos no lugar das pernas.*
— Sabe, Rodrigo*, acho que a invasão tem nada a ver. — Diz o amarelo. — Todo mundo sabe que os zacoanos são briguentos, estão sempre querendo atacar Ax sem motivo.
— Mas e porque eles iriam sair de Mornic V, atravessar Mornic IV, pra acatar Uxan, em Mornic II??? Justo onde tem o C.E.U.! — Retruca o terráqueo.
— Olha, Rodrigo... No seu lugar, eu esquecia toda essa história. É melhor você ficar na sua, certo? Aliás, os zacoanos perderam, levaram o que mereciam.
— É cê tem razão, Boh. — Nisso surge uma mulher de atrás do balcão, certamente a garçonete, que provavelmente esteve abaixada atá o momento. Trata-se de uma linda ruiva, de olhos vermelhos, e pode parecer uma terráquea até a cintura. Dali em diante é uma cobra, de pele vermelha.
— Aliás, Rodrigo, acho melhor você parar de se expor como o está fazendo. Alguém pode descobrir e tudo poderá estar arruinado. — Diz ela, para Rodrigo.
— Bom, talvez, Hanoia*... Mas acredito que é difícil. De qualquer forma, preciso ir descansar. Tenho que estar em pé quando o Sol nascer. — E ele se levanta, dirigindo-se até a saída, quando Boh diz, impaciente:
— Não é Sol, é Sulony*!
— Que seja! — Responde Rodrigo, saindo do bar, e ele murmura para si, rindo: — Adoro dizer isso aqui.

Após caminhar por alguns quarteirões entre os edifícios “futuristas”, Rodrigo chega até o condomínio onde reside, chegando ao último andar pelo elevador.
Ele entra no seu apartamento, onde as luzes se acendem assim que ouvem a porta eletrônica se abrir com a presença dele. Ele vai até a sala e fica diante da enorme janela, que mais parece uma parede de vidro, e passa a admirar a cidade.
— Fiula-Nik... Bela cidade... — Diz ele, admirando-a. — Adoro Surioh, principalmente pela falta de imperador, rei, ou seja lá o que for.
— É, Mornic III tem essa fama de seus planetas não terem imperadores.
— Mas hein? — Rodrigo ouve a voz estranha, vindo de trás, e vira-se rapidamente, para encontrar um qüirano vestindo roupas escuras com um sobretudo. — Mas o que--?
O qüirano nada responde, apenas acerta um forte soco no estômago de Rodrigo, e outro soco no queixo. Aproveitando que o terráqueo está atordoado, o agressor acerta um chute no seu peito, fazendo-o ser jogando contra a janela, que tem toda a vidraça destruída, e Rodrigo cai para a morte.
— É, foi fácil. Nem precisei da arma. — Diz o qüirano, virando-se para a porta.
— P##a que pariu! P##a que pariu! P##a que pariu! Como me descobriram?! — Reclama Rodrigo, enquanto cai, após retomar os sentidos. — Eu não posso me transformar, será o fim da picada! Não posso! Mas... Se eu não me transformar...? Ah saco, porque essas coisas só acontecem justo comigo?! Cadê, onde está? — Rodrigo procura por algo nos bolsos da sua calça, com dificuldade graças à queda. — Anda logo, droga! Anda! O chão tá chegando perto! Bom... Eu é que tô chegando perto do chão... Cadê aquela droga??? Achei! — Ele pega uma pulseira verde do bolso da calça e a põe no pulso direito. — Vamos lá... Cosmo III, ativar!
O tempo pára para Rodrigo. A pulseira brilha e dela sai um líquido negro, que corre por todo corpo dele, formando um uniforme colante, e logo surgem linhas verdes no mesmo. Em seguida, luzes brancas brilham em vários pontos do corpo do terráqueo: antebraços, canelas, peito, ombros e cabeça. Quando os brilhos somem, eles deixam em seu lugar dois braceletes, botas, colete e capacete metálicos, de cor prateada, com um visor verde permitindo a visão de Rodrigo e um “III” em verde, no peito.
Logo o tempo volta a rodar e Rodrigo alça vôo para o alto, um segundo antes de se chocar ao chão. Seu vôo deixa um longo rastro de luz verde que leva alguns segundos para se dissipar. E em segundos, Rodrigo volta para o seu apartamento, entrando pelo mesmo lugar por onde saiu, no momento em que o qüirano está prestes a sair.
— Muito bem, meus parabéns. Agora tenta fazer de novo enquanto eu uso isso! — É o que Rodrigo diz, em pé, encarando seu inimigo.
— Que--? Oh, não... Não pode ser!
— Ah, podiscrer, maluco! — Rodrigo avança velozmente, agarra o qüirano pelo pescoço com a mão direita e o segura contra a parede. — Comece a falar! Como você sabia?
— Ô, calma aí, eu não sabia que--
— Por que me atacou?!
— Sou mercenário, meu!
— Quem te contratou?!
— Não sei, recebi um bilhete anônimo!
— Quem mandou???
— N-não sei, cara! — Rodrigo nada diz, apenas segura o qüirano contra a parede pelo pescoço. Esse, então, diz novamente: — Olha, sou um qüirano, então, se está querendo me enforcar vai ter que usar mais força...!
— Muito bem, qüirano... — Rodrigo o larga.
— Me chame de Tiro. — Diz o qüirano, ofegante. — Olha, eu não sabia que você era um Cosmo, tá legal? Nunca ia suspeitar, afinal, achei que não existia mais nenhum, todo mundo acha isso!
— O bilhete.
— Hein?
— Me mostre a droga do bilhete.
— Ah, sim, calma... — Tiro procura o bilhete pelos bolsos internos em seu sobretudo, e assim que o encontra, entrega-o para Rodrigo.
— Essa não... — O Terráqueo vê o símbolo no final do bilhete. Um símbolo em forma de “M”. — Markhano... Droga! Além do pulha tá vivo, sabe que eu também tô! Que droga!
— Hei, vamos com calma... Pode me dizer o que está acontecendo?
— Esse Markhano é o maldito imperador de Trevisia, e responsável pela morte de todo o Esquadrão Cosmo, no mesmo momento em que ele deveria estar morto! E de alguma forma ele descobriu que eu sobrevivi!
— E me contratou para te matar, ao invés...
— De vir ele mesmo, pra manter sob sigilo a sua sobrevivência. Está armando algo... Dominar Mornic, como da outra vez!
— Seria ele responsável pela guerra entre Zacoa e Uxan?
— Bem-- Claro... Ele deve ter feito acordo com os zacoanos, só pode! M###a! Vai começar tudo de novo, e o Esquadrão Cosmo não existe mais! Nem os GingaRyuu!
— Ginga-o-quê?! Bom, olha, cara... Cosmo III, certo? — Tiro repara finalmente no “III” no peito de Rodrigo. — Estou disposto a ajudar no que for preciso, para pagar por tentar matar a última esperança de Mornic...
— Bem, agradeço muito. E agradeceria ainda mais se conseguir mais ajuda.
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 7:57 pm

Enquanto isso...
Espaço cósmico entre os sistemas Mornic III, Mornic VI e Mornic VII.

Um gigantesco meteoro, com tamanho suficiente para causar um terrível estrago ao se chocar em algum planeta, está parado no vácuo. Sobre ele está um gigantesco humanóide, diferente de tudo que qualquer ser-vivo já tenha visto. Seu corpo é composto de estrelas que brilham incandescentemente, e pode-se notar seu par de olhos, brancos e vivos.
Ele olha para as estrelas, apontando uma a uma com os indicadores, movendo-os. E quando os movem, as estrelas que são apontadas movem-se juntas. Esse é o “trabalho” do Mestre Constelar: criar variadas constelações.*
Sua tranqüilidade não é nem um pouco interrompida com a chegada de um outro ser que voa sem precisar de qualquer espaçonave, do tamanho de um homem comum, vestindo um uniforme branco e uma armadura metálica ciano.
— Mestre Constelar, precisamos conversar. — É o que diz o recém chegado, diante do ser que deve ser quinhentas vezes maior que ele.
— Estou a ouvir-te, Cavaleiro Universal.* — Responde Mestre Constelar, sem tirar seus olhos de suas preciosas estrelas.
— Você sabe o que está havendo não? O imperador trevisiano está armando planos para dominar Mornic novamente, e conseguiu uma forte ajuda. E desta vez, será mais difícil de impedi-lo.
— É, Cavaleiro Universal, estou a saber de tal fato. — Mestre Constelar ainda não tira os olhos das estrelas, movendo-as com seus indicadores.
— Bem, e tudo que você faz é brincar com as estrelas?
— Tu sabes muito bem, Cavaleiro Universal, que existem as Leis Universais. E elas--
— “Elas proíbem nós de interferir nos problemas dos mortais”. Sim, já cansei de ouvir essa sua frase.
— Bem, na verdade, não são tais palavras que eu uso. Tu sabes quão diferente é meu vocabulário do seu.
— Está bem...
— Você poder-te-á interferir em casos extremos.
— Bem, acho que precisarei mesmo. Estou com suspeitas de que o Cavaleiro Negativo está se juntando ao imperador trevisiano. E provavelmente um exército está sendo criado no Universo Negativo.
— Pelas estrelas...! Qual motivo faria o vil Cavaleiro Negativo se unir ao imperador trevisiano nos planos ambiciosos do mesmo? — Finalmente Mestre Constelar tira sua atenção das estrelas, fitando nos olhos do Cavaleiro Universal.
— Eu, sem dúvida. Ele existe para me destruir, nunca negará uma chance de prejudicar o Universo, pois sabe que assim me prejudicaria também.
— Pois bem, Cavaleiro Universal. — Mestre Constelar volta-se para as estrelas, criando mais constelações. — Sabes muito bem o que é certo. Se sua ajuda for necessária, que assim seja, mas em casos extremos! Se bem que eu não sou seu mestre. Tu sabes seguir seu caminho e suas escolhas.
— É, você tem razão. — E dando as costas para o Mestre Constelar, o Cavaleiro Universal deixa o mesmo com suas estrelas.


Uxan, sistema Mornic II, galáxia Mornic.

O Conselho Uxano abriu uma nova reunião, que está em discussão no o Palácio Uxano. O Salão do Conselho é uma gigantesca torre em forma cilíndrica. Os participantes da reunião são os Conselheiros Supremos, as três pessoas mais velhas de Uxan: Jokasta, Senero e Zano. Seus lugares ficam na base da torre, à uma mesa redonda, no centro.
Além deles, há os Anciãos, que são as quinhentas pessoas mais velhas de Uxan, e têm seus lugares nas arquibancadas mais abaixo, em volta dos Conselheiros Supremos. E também faz parte o C.E.U., ocupando o restante das arquibancadas, até o topo da torre, mas infelizmente, devido ao ataque zacoano, apenas três fileiras das arquibancadas foram preenchidas pelos soldados, com os Sargentos e o General na terceira fileira.
— Na manhã de hoje, nós, os Conselheiros Supremos, conversamos sobre o ataque dos zacoanos. — Inicia Jokasta, uma velha Uxana, repleta de verrugas, porém forte como uma jovem e de cabelo loiro e longo.
— Conhecendo bem a natureza agressiva dos zacoanos, com Akazee como ditador, não precisamos dizer que eles voltarão com algum armamento próprio para os Destruidores C.E.U. — Diz Zano, tão velho e forte quanto Jokasta, e de cabelos loiros curtos e crespos.
— Assim, sendo, antes que consigam esse armamento, decidimos que seja enviado para Zacoa o exército de Destruidores C.E.U. que nos livrou da desgraça que os Zacoanos quase causaram. — Finaliza Senero, ainda mais velho e menos forte que seus companheiros, de longo cabelo e barba loiros.
— Podemos contar com essa reação, General Traneder? — Pergunta Jokasta.
— Certamente, Conselheira Suprema. — Responde o General, que tem cabelos curtos e barba loiros. — Eu ia mesmo sugerir tal reação, e decidi que o Sargento Johstan, o mesmo que liderou os Soldados C.E.U. no ataque zacoano, guie os Destruidores C.E.U. até Zacoa.
— Muito bem, esperamos que com isso, Akazee e seus zacoanos decidam pensar muito bem antes de qualquer outro ataque em Mornic II. — Finaliza Senero novamente.
Janira, antes de se levantar e sair da torre junto com os outros Soldados C.E.U., pensa “Não importa o que digam: eu vou para Zacoa. E me vingarei!”.

Continua...

*Se você pensa que o Boh e a Hanoia são os mesmos vistos em Cosmo III, acertou! Heis os micros deles (claro que o da Hanoia tive que mudar algo...):
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Boh Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Hanoia


*Rodrigo ainda é o Cosmo III, sendo “o último Cosmo”. E cada Cosmo tinha sua numeração (Cosmo I, Cosmo II, Cosmo III, etc.).
E nessa fic ele está com um visu, digamos, 1.5:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoIII

*O Mestre Constelar não saiu em fic, só em micro, pra fic Os Constelares, que só ficou na idéia. Ele é tipo um “deus”, e tudo o que faz é criar constelações. Seu micro:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] MestreConstelar

*O Cavaleiro Universal é o mesmo Capitão Universo, da fic Capitão Universo Reload. Sua origem ainda é um mistério pra mim, mas digo que é bem diferente do Capitão Universo, e será contada alguma hora. Olha ele aí:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CavaleiroUniversal

*Como você pôde ter percebido, Sulony é p “Sol” de Mornic III, explicado no capítulo anterior.
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 7:58 pm

Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] LogoORDC

Capítulo III
Os GingaRyuu



Anteriormente...
Markhano envia um bilhete anônimo para Tiro, um mercenário qüirano, pedindo para que o mesmo vá para Surioh assassinar um terráqueo. Quando o mercenário joga o terráqueo pela janela do apartamento do mesmo, este revela ser Cosmo III, o último sobrevivente do Esquadrão Cosmo.
Arrependido, Tiro oferece ajuda para Cosmo III para livrar Mornic do desejo maligno de Markhano.
Enquanto isso, o Cavaleiro Universal conversa com o Mestre Constelar sobre os planos de Markhano. O gigantesco criador de constelações apenas diz que eles são proibidos de interferir nos problemas dos mortais, a não ser em casos extremos, e é essa brecha que Cavaleiro Universal usa, sabendo que seu eterno e mortal inimigo, o Cavaleiro Negativo, pode estar se aliando com Markhano.
E Uxan decide enviar um exército de Destruidores C.E.U. para Zacoa, para finalizar a guerra iniciada pela mesma, e Janira decide ir junto para se vingar da morte de seu amigo e seu amante.


Treny, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Treny é o menor planeta de Mornic V, e também o mais quente, por ficar extremamente próximo a Apollian*. O calor faz com que não haja qualquer natureza, sem uma gota de água se quer. Em Treny apenas se vê rochas e nenhum ser-vivo.
Um meteoro flamejante, três vezes maior que um homem, penetra na atmosfera do planeta com total velocidade e impacto, criando uma grandiosa cratera nas montanhas rochosas, mas permanecendo intacto. Assim que a poeira se dissipa, a chama do meteoro se apaga e ele mostra não ser qualquer meteoro comum: ele parece assumir uma metamorfose, transformando-se em uma espécie de argila de cor rosada. Em seguida, essa argila assume uma forma humanóide, com cabeça, braços, pernas e um tronco. E, finalmente, ela cria feições pelo corpo, transformando-se em uma mulher, vestida de vermelho com uma sinistra capa rasgada: Zantrasta, a “bruxa pessoal” de Markhano, como assim ele a chamou.
Levitando como um fantasma, Zantrasta fica acima das montanhas à sua volta, com os olhos cintilantes, olhando em toda volta, até avistar uma caverna de uma montanha, tão longe que seria impossível ver a olho nu.
Sorrindo satisfatoriamente, ela voa rapidamente na direção daquela caverna, voltando a pôr os pés no chão assim que adentra na mesma. Estalando os dedos ela faz surgir tochas acesas nas paredes, mostrando que o fundo da caverna está a menos de quinze passos dela.
Ela caminha tranquilamente até o fundo da caverna e toca a parede com sua mão esquerda. Assim como o meteoro se transformou em Zantrasta, a parede se transforma em um portal, revelando uma passagem secreta para uma câmara no interior da montanha, além da caverna.
Ali se encontra uma rocha de superfície plana, de, em média, um metro de altura, um metro e meio de largura e dois metros e meio de comprimento. Ela serve de “cama” para o monstro deitado sobre ela, que é humanóide, de pele clara, medindo aproximadamente dois metros de altura, com músculos imensos e três dedos nas mãos e nos pés. Qualquer um que o visse poderia notar a grande semelhança com Markhano.
Os olhos do monstro estão fechados, aparentemente está adormecido ou algo parecido, mas um estranho e medonho sorriso permanece em seu rosto, mostrando seus temíveis dentes pontiagudos. E o mais terrível são as lâminas que ele carrega: uma em cada mão, entre os dedos que provavelmente são o indicador e o mindinho. E por fim, no peito ele tem uma espécie de tampa de ferro.
— Espero que tenha dormido bem, Destrúlio*. Seu irmão, Markhano, precisa de você. — Diz Zantrasta, mesmo que o monstro não a ouça.


Ricênia, sistema Mornic VII, galáxia Mornic.

Ricênia é um pequeno planeta azul, dotado de uma tecnologia invejada por quase toda Mornic VII. Isso deve-se ao fato dos ricenianos, baixos seres asquerosos de cor azul e horripilantes, serem dotados de uma inteligência tão grandiosa quanto sua tecnologia.
Em um monumental edifício de consertos de espaçonaves, há apenas uma ocupando todo o andar superior. É prateada e gigantesca, com um símbolo nas asas que parece ser a cabeça de um dragão.
Dentro dela, na cabine, há três pessoas vestindo armaduras que lhe ocultam totalmente a identidade, sendo dois homens e uma mulher. Um deles tem a armadura com as cores laranja e preto, com listras pretas nas partes em laranja, como a pele de um tigre, e tem na testa o mesmo símbolo que há nas asas da espaçonave e um outro no peito, que parece ser a cabeça de um tigre. E ele tem grandes e peludas mãos, como se quem vestisse a armadura fosse um tigre humanóide.
O outro homem tem a armadura com as cores vermelho e preto, com detalhes amarelos nas partes em vermelho, tendo na testa também o símbolo das asas da nave, e no peito há um símbolo que lembra fogo.
Por fim, a mulher tem a armadura com as cores preto, roxo e prata, com uma cruz preta na face, sendo o visor, e o símbolo da nave na testa, e no peito há a cruz Ankh.
O homem com a armadura de tigre está sentado no acento do piloto da espaçonave, enquanto a mulher está sentada no acento de co-piloto e o outro homem, de armadura vermelha, está logo atrás, contra a extremidade esquerda da cabine, junto a alguns controles.
— Muito bem, acho que com a ajuda dos ricenianos conseguimos finalmente consertar a espaçonave. — Diz o piloto. — Kasai, acione os motores para vermos logo se deu certo. — Ao comando do piloto, o homem de armadura vermelha lança-lhe um sinal de positivo e levanta uma alavanca no seu painel. A espaçonave vibra suavemente, emitindo um abafado ronco.
— Funcionou! — Exclamou a mulher.
— Eu sabia que conseguíamos! — Voltou a dizer o piloto, enquanto o homem chamado por “Kasai” comemora erguendo os punhos para o alto, mas logo a comemoração do trio é interrompida com um alerta emitido pelos computadores da mulher.
— Ai, essa não...! — Reclama ela.
— O que houve, Jinsei? — Pergunta o piloto.
— Tora, a atmosfera de Treny foi rompida agora a pouco!
— O que?! — Reclama o homem chamado por “Tora”. — Não acredito que Markhano está querendo despertar Destrúlio!
— É o que parece. — Diz a mulher, chamada por “Jinsei”, enquanto Kasai dá um tapa na própria testa, decepcionado.
— Seja lá o que for, vamos para Trevisia, e dar um fim em seja lá qual é o plano de Markhano. — Finaliza Tora. — Vou conversar com o Cinio.
Tora sai da cabine e logo desembarca da espaçonave com a escotilha aberta abaixo da mesma, estando em um enorme hangar. Ali se encontram três ricenianos conversando. Eles têm, aproximadamente, um metro e vinte de altura, e se parecem com lamas azuis vivas, com um par de braços e sem pernas, o que os fazem rastejar-se. Também têm dois buracos no rosto, que são seus olhos, e um outro maior, sendo sua boca.
— Tora diz no idioma riceniano.*
— Diz um dos ricenianos, incrédulo.



Tora volta para a espaçonave, que permanece ligada, e logo a escotilha se fecha e o portão do hangar é aberto verticalmente, para que a espaçonave dos chamados “GingaRyuu” possa decolar, com destino à Trevisia.


Trevisia, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Zantrasta entra por uma porta de madeira, sem nem se quer abri-la, e sim atravessando-a como se fosse um fantasma. Ela se encontra no recinto onde Markhano permanece em pé, fitando o fogo no poço do centro do recinto. Dracanos também permanece ali, às sombras.
— Trouxe-o? — Pergunta Markhano, sem tirar os olhos do fogo, num tom severo e irritado.
— Sim, Lorde Markhano. — Responde Zantrasta.
— Menos mal...
— ... Perdi algo, Milorde?
— O nosso informante de Ricênia fez contato, finalmente. Ele disse que os GingaRyuu... — Markhano cerra os punhos com raiva, fazendo-os estalar e acaba perdendo a fala.
— Milorde?
— Os GingaRyuu estão a caminho de Trevisia.
— Mas--
— Você não os matou!
— Milorde--
— Cale-se! — Markhano direciona seus olhos nos olhos de Zantrasta, e o corpo da mesma arde por dentro, fazendo-a gritar de agonia, contorcendo-se, mas sem conseguir tirar seus olhos dos olhos de Markhano. Logo Markhano volta a fitar o fogo, e a tortura que tomava o corpo da bruxa se esvai, aliviando-a. — Destrúlio deve estar acordado agora. Deixe-o pronto para a chegada dos GingaRyuu. Se ele falhar, você se encarregará deles. Ou já sabe o que acontecerá.
— S-sim, Milorde. — Zantrasta retira-se do recinto, da mesma forma que entrou, como um fantasma, e Dracanos diz para Markhano:
— Destrúlio falhou uma vez. Falhará novamente. Kasai, o GingaRyuu que criou a fraqueza de Destrúlio, poderá derrotá-lo facilmente.
— Eles apenas farão Destrúlio adormecer como da outra vez. Quando Zantrasta atacá-los, dará tempo para que Destrúlio seja mandado atacar Cosmo III, caso o qüirano falhe.
— E quanto ao Cavaleiro Negativo?
— Ele já sabe o que precisa fazer, e o tempo que tem para fazê-lo. E quanto aos zergrinos, logo Akazee mandará uma espaçonave para levá-los para o Depósito Nuclear Espacial.
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 7:58 pm

Próximo ao castelo de Markhano, diante de um fogueira no alto de uma rochosa montanha, sem a companhia de qualquer trevisiano, está um ser um tanto semelhante a Dracanos, com uma capa com capuz marrom, flutuando sobre o chão. Parte de seu rosto é clareada pela fogueira: ele tem a pele rosada e seus olhos são amarelos e cintilantes.
“Dracanos está com Markhano, eu sinto seu odor insuportável, que ninguém mais pode sentir. Meu irmão pensa que se livraste de mim, mas se engana. Acha que é o último vantrulho, mas se engana mais ainda. Eu me vingarei, irmão. Guarde as palavras de Draican.”
Draican, como o estranho ser acaba de se autodenominar, expõe sua mão esquerda. Uma mão negra como carvão, com uma fina aura amarelada. Ele aponta a palma da mão para a fogueira, e o fogo da mesma começa a ser sugado por Draican, fazendo a aura de sua mão cintilar cada vez mais, até que não sobre mais nada do fogo, fazendo a aura da mão negra voltar a ser fina, e o homem a oculta novamente.*
Em seguida, Draican fita o castelo de Markhano, e seus olhos brilham ainda mais.


Surioh, sistema Mornic III, galáxia Mornic.

Rodrigo agora está sem a armadura de Cosmo III, sentado no sofá de sua sala, em seu apartamento. Tiro também continua ali, ao fundo da sala, escorado na parede.
— Olha, cara, não têm como você convocar novamente o Esquadrão Cosmo? — Sugere Tiro, após um longo silêncio.
— Não sei se eu conseguiria trinta e cinco em tempo suficiente. Na verdade, precisaria de um objeto que eu só conseguiria na Base do Esquadrão Cosmo, em Cosmorian. Mas não sobrou nada lá. Não têm jeito. A única forma é pedir ajuda para raças que tenham poder para nos ajudar.
— E se falássemos com Uxan?
— O C.E.U. foi detonado! Eles não vão ter coragem de lutar novamente depois do que aconteceu! Se bem que eles podem, agora, usar os Destruidores C.E.U., que acabou com o exército Zacoano.
— Bom, seja lá o que podemos fazer, que seja de uma vez! Sei lá, chamar ajuda, mas tem que ser logo!
— E o pior é que temos mais um problema.
— Qual? — Tiro fica curioso e fita Rodrigo. Este o olha nos olhos e diz:
— Acho que tem um informante... Um servo de Markhano por aqui, junto comigo. Só assim para ele descobrir que eu sou o Cosmo III.
— Mas--
— Essas pulseiras... — Rodrigo mostra a pulseira verde em seu pulso direito. — Emitem uma aura em volta do usuário, incapacitando qualquer um de descobrir a identidade enquanto a armadura estiver sendo usada. E como eu nunca mais usei a pulseira depois da queda do Esquadrão Cosmo, só há uma maneira de Markhano ter descoberto meu segredo: um informante, que freqüenta o bar da Hanoia.
— Bar de quem?
— Minha amiga, uma serpentina. Ela sabe meu segredo, e também o Boh, que é outro amigo meu. Mas... Sempre tive cuidado quando conversei com eles. A não ser que...
— A não ser que...?
— Um deles é o informante. — Nisso um feixe de luz verde invade a sala, entrando pela janela pela qual Rodrigo fora jogado e retornara como Cosmo III.
— Mas o que--? — Tiro, cegado com a luz, saca uma pistola de dentro de seu sobretudo, apontando para o centro da luz. Esta se dissipa, revelando que nada mais é do que um ser humanóide de quase dois metros de altura, pele verde como esmeralda, olhos verdes claros, nu, sem órgãos sexuais ou cabelos, nem se quer ouvidos, mas tem nariz e boca. — Quem é você?! — Pergunta Tiro, agressivamente, apontando a arma para o invasor, que o encara confuso. Tiro olha para Rodrigo, esperando por ajuda, mas vê que o mesmo permanece no sofá, com a cabeça apoiada nas mãos, parecendo decepcionado.
— O que quer aqui, Esmeraldo*? — Pergunta Rodrigo, sem levantar a cabeça.
— “Esmeraldo”...? — Tiro guarda a arma novamente.
— É um homúnculo cósmico. O último homúnculo cósmico. Sua ignorância e burrice o salvaram da morte. — Diz Rodrigo, com rispidez.
— Me explica direito isso. Como assim “homúnculo cósmico”??? — Tiro fica ainda mais confuso, olhando de Esmeraldo para Rodrigo.
— Permita-me explicar. — Esmeraldo toma a palavra. — Os homúnculos cósmicos são seres artificiais criados com energia cósmica, e servem como guardiões de Cosmorian. Ao todo éramos dez, mas, como Cosmo III disse, minha “ignorância” e “burrice” me salvaram. — Esmeraldo olha para Rodrigo, que parece espantado. — Vai ver foi por isso que ele também sobreviveu.
— Hei, hei, heeeeeei! — Rodrigo se levanta. — Desde quando você sabe o que é?! E desde quando você sabe fazer insultos irônicos?!
— Isso não importa agora, Cosmo III. Tranguerian me mandou vir chamá-lo, já que a Base do Esquadrão Cosmo está destruída, o que o impede de fazer qualquer comunicação interplanetária. Então peço que venha comigo para Cosmorian.
— Tranguerian tá vivo?!
— Sessenta por cento vivo e diminuindo. Precisa falar urgentemente com você. Assuntos que tratam de Markhano e o destino de Mornic e talvez do Universo todo.
— Putz! Ok, vamos lá. Tiro, pode ficar no meu apartamento, sim? Tem bebidas na geladeira que quem sabe você goste, tá legal? Precisarei conversar com você quando voltar.
— Todo bem. — Responde Tiro, dando de ombros. — Vai lá.
— Cosmo III, ativar!
Assim que a armadura de Cosmo III veste Rodrigo, ele voa pela janela, com Esmeraldo em seu encalço.


Continua...


* Lembrando que Apollian é o “Sol” de Mornic V.

* O Destrúlio visto aí é o mesmo visto em GyngaRyuu, que não é destro e sim destruidor. Razz Olha ele:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Destrlio

*Esses GingaRyuu são o que você tá pensando, mas são personagens diferentes com armaduras ainda mais diferentes, e nessa saga não entrarei em muito detalhes sobre eles, talvez numa continuação. Eles tão aí: Tora ("tigre" em japonês), Jinsey ("vida" em japonês) e Kasai ("fogo" em japonês):
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Tora Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Jinsei Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Kasai Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] KasaiAnimado

* Como pôde ver, Tora teve que conversar com os ricenianos no idioma deles. Os ricenianos se autodenominam como “independentes das outras raças”, decidindo criar para si mesmo o seu próprio idioma. Mas isso não significa que não sejam amigáveis.

* Draican, originalmente, era um personagem que não foi apresentado. Ele era a minha versão do Mão Negra, inimigo de Hal Jordan em “Lanterna Verde EVO”. Como esse Mão Negra é extremamente diferente do original, da DC, resolvi trazê-lo pra cá, transformando-o em um vantrulho. Aí tá ele:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Draican

* Esmeraldo, o homúculo cósmico, foi criado para a fic de Cosmo III, e pra não desperdiçá-lo trouxe-o pra cá. Seu micro:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Esmeraldo


E agora vou apresentar o mapa de Mornic VII:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] MornicVII
O "Sol" ali é Zonn.
O azul é Riscênia, de onde os GingaRyuu acabam de sair.
O vermelho é Gohn, vai aparecer num capítulo próximo, mas não muito.
O verde é Cosmorian, o planeta pra onde Cosmo III tá indo com Esmeraldo, pra falar com Tranguerian, o diretor do Esquadrão Cosmo.
E o branco em volta de Tranguerian é Juna, o satélite de Cosmorian.
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Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 7:59 pm

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Capítulo IV
O Roubo das Ogivas



Anteriormente...
Markhano decide despertar um servo que parecia ter adormecido há muito tempo, e descobre que os GingaRyuu, antigos inimigos seus e heróis de Mornic, estão vivos e prestes a chegar em Trevisia, culpando Zantrasta, que deveria tê-los matado. Enquanto isso, Draican, irmão de Dracanos, está em Trevisia, planejando matar o próprio irmão.
E em Surioh, Tiro resolve ajudar Cosmo III a combater as forças do mal, a qualquer custo. E enquanto os dois pensavam em como reagir contra Markhano, aparece Esmeraldo, o último homúnculo cósmico, que, segundo Cosmo III, “sobreviveu devido à sua ignorância e burrice”.
Esmeraldo diz a Cosmo III que Tranguerian, Diretor do Esquadrão Cosmo, está vivo, porém, à beira da morte, e precisa falar urgentemente com Cosmo III.


Cosmorian, sistema Mornic VII, galáxia Mornic.

Cosmorian, um pequeno planeta verde, pode parecer belo visto do espaço, mas quando se entra em sua atmosfera, verá um planeta arrasado, como se uma guerra tivesse tomado conta dele, o que, no caso, foi o que aconteceu.
Por todo planeta há edifícios metálicos destruídos, com rios semi-secos, e sem qualquer ser-vivo, nem planta. Mas nos subterrâneos de um dos edifícios há uma enorme esfera de vidro, emitindo uma enfraquecida luz verde do centro, que forma um rosto verde, do tamanho da esfera. E essa esfera está sobre uma plataforma redonda, repleta de botões e cabos de energia.
A luz de Zonn* clareia insuficientemente o vasto recinto repleto de computadores, por um buraco no teto, que está a quinze metros do chão. E é por esse buraco que Cosmo III entra voando, pousando diante da esfera de vidro, seguido por Esmeraldo.
Sem hesitar, os dois se ajoelham diante da esfera e Cosmo III diz:
— Mandou me chamar, Tranguerian?
— Sim, Cosmo III. — Responde o rosto dentro da esfera, com uma voz esganiçada. — Levantem-se, por favor. — Assim que Cosmo III e Esmeraldo o obedecem, ele volta a falar: — Desculpe por chamá-lo à beira da morte, mas, além de não conseguir contatá-lo, Esmeraldo não conseguia encontrá-lo. Tive que passar para ele um fragmento da minha inteligência para que conseguisse.
— Ah sim, agora tá explicado. — Murmura Cosmo III, olhando de atravessado para Esmeraldo por entre o visor da armadura.
— Mas isso não importa agora. Meu fim está extremamente próximo, e Markhano está vivo, pronto para tentar dominar Mornic mais uma vez, e desta vez não temos o Esquadrão Cosmo.
— Certo. — Confirma Cosmo III. — Eu consegui ajuda... Bom, apareceu apenas um voluntário, mas acredito que o Esmeraldo agora possa--
— Sim, compreendo. Mas acho que você, Esmeraldo e seja lá quem seja esse voluntário, não serão suficientes. Eram trinta e cinco Cosmos e dez homúnculos cósmicos contra o exército de Markhano. E olha como estamos.
— Tem razão...
— Mas eu deixarei uma missão a você. Pode atrasar, mas Esmeraldo poderá ajudá-lo da forma que você decidir, Cosmo III. Abaixo de mim tem um botão verde em forma triangular, está vendo?
— Sim... — Cosmo III se aproxima da plataforma abaixo de Tranguerian, apertando o botão indicado. Automaticamente uma gaveta abre-se do mesmo lugar do botão, e dentro dela encontra-se uma esfera esverdeada, do tamanho do punho de Cosmo III. Este a pega e Tranguerian volta a dizer:
— Acredito que você lembre dessa esfera, não é mesmo, Cosmo III?
— Sim... Essa esfera é a que “cria” as pulseiras dos Cosmos.
— Sim, mas ela faz algo além disso. Essa esfera é a Esfera Cosmo. Ela escolhe um novo Cosmo. Ao aproximar-se de um planeta com ela em mãos, ela fará uma sondagem pelo planeta em um milésimo de segundo, e será atraída magneticamente até a criatura escolhida pela mesma, alguém digno de se tornar um Cosmo, com coragem, lealdade e força de vontade.
— Interessante...
— Sendo assim--
— E-está bem, Tranguerian?
— Meu fim-- --está próximo...! Ouça, Cosmo III: trinta e quatro Cosmos precisam ser recrutados... Faça-o o quanto antes! O destino-- O destin-- O destino de Mornic está em suas... suas m-mãos! D-dou a v-você... --o meu lugar... S-seja o espírito do Esq-Esquadrão Cosmo-- B-boa sorte!
— S-sim, senhor!
— Ad-deus--! — Mais nenhuma palavra é emitida por Tranguerian. A luz que forma seu rosto na esfera enfraquece cada vez mais, até que finalmente se apaga, restando dentro da esfera nada mais que uma pequena criatura humanóide de pele esverdeada, parecida com um duende.
Cosmo III e Esmeraldo permanecem em silêncio, ajoelhados diante do corpo de Tranguerian, durante um minuto.


Depósito Nuclear Espacial, sistema Mornic III, galáxia Mornic.

O Depósito Nuclear Espacial fica distante de qualquer planeta de Mornic III, e é minúsculo em comparação com os planetas. É de metal e tem a forma de uma esfera, com uma passarela em volta, como um anel, e acoplado abaixo dessa esfera há uma parte cilíndrica. Vendo de perto qualquer um poderia dizer que se parece com um “microfone gigante”.
Na passarela estão dois homens, escorados no pára-peito, olhando para as estrelas. Um deles tem um pouco mais de um metro e meio de altura, pele branca como papel, careca, olhos cinza, assim como o cavanhaque, cheio de músculos e veste-se de preto; o outro deve ter, em média, três metros e meio de altura, pele clara, cabelos castanhos, rosto jovem, vestindo uma camiseta branca, calça jeans, e um par de tênis, e com tanto músculos quanto o baixo, mas maiores.
— Legal ver as estrelas, né, Max*? — Diz o grandalhão.
— Legal o caramba! Uma verdadeira chatice! Só você pra gostar disso, Noah! — Reclama o baixo.
— É Moe!*
— Que seja...! Quando o pessoal de Uxan trazer o próximo rango vou pedir pra que tragam uma televisão!
— E quem sabe eu peça pra eles passarem em Mander e pegar minhas revistinhas.
— Hah! “Revistinhas”! Só Mander mesmo pra ser um planeta tão ultrapassado a ponto de continuar fazendo essas coisas de papel!
— Mander pode ser “ultrapassado” pra você, mas pelo menos não tem tampinhas esbranquiçados como tem em Brato!
— Quem você chamou de tampinha esbranquiçado?!
— Aquela estrela ali, ó.
— Não se faça de bobalhão, Noah--!
— MOE!!!
— Foi o que eu disse: Noah!
— Cara, você é chato! Por que te colocaram como guarda aqui, hein?
— Porque sou útil caso queiram invadir essa coisa com camuflagem, oras! Eu posso cheirar, ver e ouvir de longe--
— Que foi? — Pergunta Moe, preocupado.
— Ouço... passos leves... E sinto um cheiro... Horrível!
— Mas--
— Noah! Alguém tá invadindo essa droga!
— Essa não!
Os dois correm pela passarela, e o depósito todo treme com os passos de Moe. Os dois chegam até uma entrada para o depósito, grande o suficiente para que Moe possa entrar sem ter que se espremer.
Eles estão agora em uma extensa sala redonda, onde no topo há uma entrada também redonda, por onde qualquer um poderia invadir, saltando de uma espaçonave. E no centro da sala há um grande elevador redondo, onde poderiam caber Moe e Max juntos, confortavelmente.
Os dois param, olhando à volta, e Max diz:
— Maldição, estão camuflados! Posso ver o ar se movendo!
— Hei! — Reclama Moe, após ser atingido por algo nas costas, mas sem feri-lo. — Seus estúpidos, acham que contrataram qualquer um pra ser guarda desse depósito?! — Moe é atingido novamente, no ombro direito, novamente sem ser ferido. — Peguei! — Moe agarra o agressor com a mão direita e começa a esmagá-lo com o próprio punho.
Max percebe que duas criaturas se aproximam dele, e então acerta um soco nas duas de uma vez, com os dois punhos, derrubando-as. Assim que elas caem desacordadas ficam visíveis: são criaturas horrendas e humanóides, de corpo esquelético, uma conga calda afiada, quatro olhos vermelhos e dentes longos e pontiagudos.
— Nossa, como são horríveis. — Diz Moe, vendo as criaturas no chão. Então ele volta-se para aquela que ele está espremendo com a mão, e vê que também ficou visível. Com o susto, ele a joga contra a parede, matando-a. — Que coisas são essas?!
— Criaturas mortas, pode ter certeza! — Diz Max, agressivamente, olhando para os lados. — Estão no elevador!
Assim que Max o fala, o elevador desce, e Moe avança, dizendo:
— Eu sempre quis fazer isso! — Ele salta pra cima do elevador, caindo sobre ele e fazendo-o descer cada vez mais depressa, e um imenso tremor ocorre ao chegar no chão, que provavelmente é próximo ao fundo da parte cilíndrica do Depósito Nuclear Espacial.
Moe abre a saída de emergência que tem no teto do elevador e entra nele, vendo que as criaturas não estão mais ali, devido à porta aberta. A seguir aparece Max, entrando no elevador, dizendo:
— Mandou bem, Noah! — E ele avança para fora do elevador.
— É Moe! — Moe também sai do elevador, e os dois correm por um curto corredor, em direção à porta eletrônica destruída no final. Mas antes que chegarem lá, Max diz:
— Tem alguns aqui! — E ele é atacado no rosto, causando-lhe um corte que se estende do lado esquerdo da testa até abaixo da bochecha direita, mas nenhum sangue escorre. — Seu desgraçado!!! — Max agarra no que julga ser o pescoço do agressor com a mão esquerda e soca-lhe sem parar com a mão direita.
Moe é atingido no peito, ainda sem ser ferido, e acerta um soco na criatura, jogando-a contra a parede, e ela fica visível ao morrer com a pancada.
Mais duas atacam o grandalhão, insistindo em tentar ferir um homem aparentemente invulnerável, e morrem com os poderosos murros de Moe.
Quanto ao Max, ele acaba com a criatura que socava sem parar, e outra lhe ataca pelas costas, mas é pega também, com um golpe dos dois punhos do baixinho.
— Hei, Max. Você tá com um corte horrível na cara.
— Já passa, fica frio! Agora vamos lá, temos que proteger as ogivas!
Ele entram pela porta destruída e logo são jogados de lá, caindo de costas no chão do corredor onde estavam um segundo atrás. Eles se levantam, vendo dez ogivas nucleares, com dois metros de comprimento e meio metro de diâmetro, “andando sozinhas”. Eles tentam segurá-las, mas são atingidos novamente por elas, no rosto. Moe suporta bravamente a dor, devido à sua invulnerabilidade, mas mesmo assim, é jogado contra a parede. E quanto ao Max, ele sente uma forte dor e fica zonzo.
Quando os dois se recuperam, vêem que as criaturas não estão mais ali e fugiram com as ogivas.
Em instantes eles voltam para o andar de cima e vão para a passarela, onde estiveram antes da invasão, e Max diz:
— Estão numa espaçonave camuflada... E é uma nave de Zacoa!!! As criaturas não pareciam nada com Zacoanos, mas isso não importa! Temos que ir atrás deles, Noah!
— É Moe!


Surioh, sistema Mornic III, galáxia Mornic.

Para Rodrigo, ainda falta uma hora para meia-noite, e ele agora está no bar onde estivera horas antes, que a essa hora, fica deserto.
Ele está sem sua armadura de Cosmo III, sentado à uma mesa, junto com Tiro, Esmeraldo, Boh e Hanoia, explicando tudo que acontecera com ele, desde Markhano ter contratado Tiro para matá-lo, até a missão recebida de Tranguerian.
— E então, o que você vai fazer, Rodrigo? — Pergunta Boh. — Vai mesmo convocar todos os trinta e quatro Cosmos?
— Bom, eu, Esmeraldo e Tiro decidimos uma coisa: que se dane o Markhano!
— O que?! — Hanoia e Boh se espantam, falando em coro.
— É o que podemos fazer. — Diz Tiro. — Afinal, até convocar o primeiro pode ser tarde demais, e não teremos a menor chance.
— E os Destruidores C.E.U. conseguiram dar conta uma vez dos zacoanos, que têm poderosos armamentos, então poderão destruir Markhano numa boa. — Finaliza Rodrigo, com tranqüilidade.
— Rodrigo! — Exalta-se Hanoia. — Eu não--
— Fim de papo, Hanoia. Posso estar decepcionando vocês, meus amigos, mas não tenho escolha. E outra: eu decidi a muito tempo atrás que iria parar de usar a armadura de Cosmo III, e parei mesmo!
— Mas--
— Já disse, Hanoia. Agora, preciso ir pra descansar, pois preciso estar em pé antes do Sol nascer--
— É Sulony... — Resmunga Boh, com impaciência e revirando os olhos.
— Que seja. Tiro, Esmeraldo... Simbora. — Rodrigo se levanta, retirando-se do bar, diante dos olhos perplexos de Hanoia e Boh.
— Ele falou duas coisas que não compreendi... — Tiro murmura para Esmeraldo, enquanto ambos também se retiram do bar.
— Coisas de terráqueos, melhor nem saber. — Responde o homúnculo, no mesmo tom.
— Eu não acredito. — Diz Hanoia, decepcionada, levantando-se, mostrando que não estada sentada em uma cadeira, e sim sobre a própria cauda de cobra que têm no lugar das pernas.
— Eu também não, Hanoia, mas você sabe como o Rodrigo é decidido. E esse Esmeraldo já é um cabeça-oca...
Após caminharem por três enormes quarteirões, como todos costumam ser em Surioh, Rodrigo e seus acompanhantes entram em um beco, onde o terráqueo diz:
— Cês entenderam o plano, certo? Esmeraldo convoca os Cosmos, e eu e Tiro vamos pra Zacoa.
— Quem são “Cês”? — Pergunta o confuso Tiro.
— Tsc... “Cês” significa “vocês”.
— Ah, bom.
— Certo. Esmeraldo, aqui está a Esfera Cosmo. — Rodrigo tira a Esfera Cosmo de um de seus bolsos e entrega para Esmeraldo. — Já sabe o que dizer para cada Cosmo e onde me encontrar. Ah, não chegue perto de Trevisia e nem de Zacoa quando chegar em Mornic V! Senão eu te mato!
— Certo, Cosmo III.

Continua...
* Zonn: O “Sol” de Mornic VII.

*O Moe e Max são os mesmo de Os Irrevogáveis, como se precisasse dizer isso. Aí vão seus micros:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Moe Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Max


Quanto a mapas, a esse ponto, já foram postados todos os sistemas que aparecem nessa saga.
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Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:00 pm

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Capítulo V
Ataque à Zacoa



Anteriormente...
Cosmo III acompanha Esmeraldo até Cosmorian, onde Tranguerian, o Diretor do Esquadrão Cosmo, momentos antes da morte, dá a Cosmo III a missão de convocar os trinta e quatro Cosmos que faltam para preencher novamente o Esquadrão Cosmo, e assim combater Markhano.
E devido à uma certa desconfiança de seus amigos, Rodrigo diz para Hanoia e Boh que não vai fazer nada quanto ao destino de Mornic, preferindo deixar a galáxia nas mãos de Markhano, o que, é lógico, é mentira, e decide ir para Zacoa com Tiro enquanto Esmeraldo recruta os Cosmos.
Enquanto isso, Max e Moe, guardas do Depósito Nuclear Espacial, recebem a indesejada visita de criaturas horripilantes, que acabam roubando as ogivas nucleares e fugindo com numa espaçonave zacoana. Para honrar o próprio emprego, Max e Moe decidem seguir os invasores.


Trevisia, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Markhano está no mesmo recinto onde esteve todo o tempo, fitando a chama que queima no centro do seu aposento, mas desta vez ele parece ter cansado de ficar tanto tempo em pé e agora está sentado em um trono de pedra, um tanto mal-feito. E além dessa pequena diferença, há algo estranho nas chamas: dois olhos negros e obscuros no centro das mesmas, dos quais sai uma estranha voz um tanto arrastada e rouca:
— ...E ele decidiu que não valeria a pena convocar todos os trinta e quatro Cosmos. Ele resolveu te deixar em paz e que o C.E.U. cuide de Zacoa e de você.
— Ora, ora, ora... Que surpresa deveras agradável. — Markhano sorri maleficamente, coçando o queixo. — Assim Cosmo III não me incomoda e eu não me incomodo com ele.
— Espero que essa informação seja-lhe útil, Markhano. — Volta a dizer a voz arrastada e rouca.
— Sim, muito útil. Estou tão comovido que estarei em débito com você.
— Certo. — E assim, os olhos negros da fogueira desaparecem como se nunca estivessem ali.
— Ouviste, Dracanos? — Markhano se levanta do trono, e no mesmo instante o móvel se esfarela rapidamente, e seus farelos se fundem às pedras do chão do recinto.
— Cada, palavra, Markhano. — Responde Dracanos, surgindo das sombras, mas sem se unir à claridade, e desta vez ele está com os dentes sujos de sangue. — E também tenho novidades para você.
— E quais seriam? — Markhano o olha com curiosidade.
— Após deliciar-me com o coração que me deu, minhas forças cresceram suficientemente... O que me fez sentir uma presença nas redondezas de vosso castelo.
— Bem, há vários soldados em meu castelo e outros trevisianos em volta...
— Não, Markhano. Não trata-se de uma presença trevisiana. Trata-se de uma presença vantrulha.
— Vantrulha? Mas a sua raça--
— Sim, minha raça está extinta, mas parece que alguém sobreviveu. Alguém que deveria estar morto.
— E...?
— Pode deixar que deste cuido eu mesmo, Markhano.
— Assim espero. Agora, devo entrar em contato com Akazee.

Não muito longe dali, Draican permanece na mesma montanha onde esteve tempos atrás, porém, mais próximo do chão, diante de pedaços de carvão, onde provavelmente teve uma fogueira.
“Algo me diz que Dracanos sentiu minha presença... Eu sabia que isso aconteceria, e não me preocupo. Ele sabe que não tem como me vencer. Sua maldição não pode me ferir, e a minha pode feri-lo o quanto eu quiser. Mas o que--?”
Draican vê um objeto descendo do céu, e trata-se de uma imensa espaçonave, com um símbolo semelhante à cabeça de um dragão nas asas. Draican identifica no mesmo momento a espaçonave dos GingaRyuu.
“Ótimo... Será uma boa distração para Markhano e seus servos, ou seja, uma ótima oportunidade para me vingar do meu maldito irmão!”


Enquanto isso...
Zacoa, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Akazee está na base subterrânea do Primeiro Quartel General Zacoano, em uma imensa sala quadrada, repleta de computadores, com vários zacoanos trabalhando nos mesmos. Akazee está em pé, diante de um computador pelo qual se comunica com Markhano.
— Ora, se Cosmo III ficará fora do nosso caminho, creio que tudo será extremamente mais fácil. — Diz o satisfeito Akazee.
— Mas temos um porém, Akazee... — Diz Markhano, decepcionado.
— E... Que porém seria esse, Markhano?
— Já ouviu falar nos GingaRyuu?
— Os cinco seres de armaduras coloridas que você matou?
— Bem, foi Zantrasta que os... “matou”.
— Quer me dizer algo, Markhano?
— Os GingaRyuu estão vivos. Bom, três deles. E estão vindo em Trevisia.
— Mas--
— Espere... Ouvi algo... — Markhano sai da frente do comunicador e Akazee o espera impaciente, até que Markhano volte com pressa. — Estão aqui... Entrarei em contato quando me livrar deles. — E assim Markhano finaliza a comunicação e Akazee murmura para si:
— Que o matem... Já tenho o suficiente para ter Mornic em MINHAS mãos...
— S-Senhor! — Um zacoano com nove pontos formando três linhas paralelas na testa e uniforme verde escuro se aproxima de Akazee. — Detectamos leituras uxanas adentrando em Mornic V.
— Bem, como era de se esperar! — Akazee caminha apressadamente para o fundo da sala, onde há uma porta eletrônica que se abre automaticamente assim que o ditador se aproxima, com o zacoano de verde em seu encalço. — O problema é que as ogivas nucleares acabaram de chegar!
Após passar por um longo corredor Akazee entra em uma sala um pouco menor que a anterior, com menos computadores e soldados zacoanos. E no centro da sala há uma máquina cilíndrica, que vai do chão até o teto, e parece ter três metros de largura. Nessa máquina há um computador, onde trabalha um zacoano de uniforme verde escuro e cinco pontos na testa que parecem formar uma mira.
— Soldado, já carregou o nosso canhão? — Pergunta Akazee, ao aproximar-se do soldado.
— Sim, Senhor! Mas ao invés de usar as ogivas como projéteis, extrairemos seu núcleo e o converteremos em lasers nucleares, para que as ogivas sejam mais aproveitadas.
— Muito bem, Soldado. Se nos livrar desse ataque uxano, será promovido e receberá três medalhas!
— Obrigado, Senhor!
— Atenção! Destruidores C.E.U. penetrando na atmosfera zacoana! — Diz um outro soldado, ao fundo da sala.

Quinhentos Destruidores C.E.U., os mesmos que destruíram todo o exército zacoano quando o mesmo atacou Uxan, voam pelos céus de Zacoa, procurando pelo Quartel General Zacoano, com o Sargento Johstan à frente, guiando-os. E logo atrás dos Destruidores C.E.U., a cem metros deles, está uma Soldada C.E.U., sem que os homens percebam.
Essa soldada é Janira, e está em Zacoa para vingar a morte de seus amigos.
Não demora muito para Johstan encontre o Quartel General Zacoano, formado por vários edifícios de metal, de dois a três pisos, em um terreno que seria grande o suficiente para abrigar milhões das maiores espaçonaves de Mornic, e em volta do quartel há uma densa floresta, que mantém todo o quartel totalmente distante da civilização.
— Muito bem, homens! Sigam minha voz! Quero dez fileiras de cinqüenta Destruidores! Vamos descer, e ao meu sinal, quero que destruam tudo que se mexer! — O Sargento Johstan dá sua ordem, e os Destruidores C.E.U., por serem o que são, não respondem, apenas obedecem, formando as fileiras. — Muito bem, vamos descer!
Os Destruidores, sem desfazerem as fileiras, descem em direção ao quartel, com Johstan bem à frente, mas ao invés de ir junto, Janira fica no alto, pronta para qualquer oportunidade de atacar, ainda sem saber como e o que atacar.

— Esse à frente deve ser um sargento... Ele está na mira e vai ir junto com seja quem estiver atrás! — É o que diz o soldado zacoano que trabalha na máquina cilíndrica dentro do Primeiro Quartel General Zacoano, com Akazee às suas costas.
— Não me deixe ansioso, soldado! — É o que diz Akazee.
— Sim, Senhor! — Responde o soldado, apertando um botão vermelho no painel da máquina.

Johstan repara tarde demais na torre ao centro do quartel. A torre está longe demais para ser visto a olho nu, mas qualquer Soldado C.E.U. tem sua visão extremamente ampliada. E nessa torre, no topo, há um imenso canhão, apontando para ele.
— Atenção, Destruidores! Vão nos-- — Johstan não pôde terminar a frase e jamais irá dizer qualquer outra palavra: o canhão lança uma rajada de energia verde, que atinge em cheio o Sargento C.E.U., desintegrando-o totalmente.
Os Destruidores C.E.U. que formavam a fileira logo atrás dele não tiveram um destino melhor: foram atingidos pela rajada, e grande parte de seus corpos são desintegrados, matando-os dolorosamente, mas eles parecem não conseguir gritar.
Os Destruidores sobreviventes olham para o pouco que restou de seus companheiros, sem entender como aquilo pôde ter acontecido, inclusive Janira, que permanece a quinhentos metros acima deles.
Logo mais uma rajada verde é lançada pelo canhão, atingindo duas fileiras de Destruidores C.E.U. de uma vez, matando aqueles que nelas estavam. Sem hesitar, os Destruidores avançam na direção daquele canhão, e não demora muito para que mais duas fileiras de Destruidores C.E.U. sejam desintegradas, matando mais cem deles, restando duzentos e cinqüenta Destruidores, formando cinco fileiras, ainda avançando. No instante seguinte, são três fileiras, restando cento e cinqüenta Destruidores, que ainda avançam com coragem, até que reste apenas uma fileira, formada por cinqüenta Destruidores.
Eles estão quase perto quando outra rajada é lançada, destruindo a fileira toda, exceto o Destruidor que está no final dela: ele sobe no ar, deixando a rajada passar por baixo dele e aumenta sua velocidade, voando em espiral na direção do canhão.

— Mas o que--? Esse parece ser esperto! — Diz o soldado zacoano que comanda o canhão.
— Ora, é melhor dar um jeito nele, soldado! — Ordena Akazee.
— S-sim, Senhor!
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Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:00 pm

Outra rajada é lançada, mas o Destruidor desvia-se facilmente dela. E quando ele chega numa distância de cem metros do canhão ele aponta seus punhos para ele e lança uma rajada de cor laranja e densa dentro do cano do canhão. Este explode imensamente, impulsionando uma energia esverdeada para os lados. O Destruidor sobrevivente tenta fugir da explosão com total velocidade, mas é pego da cintura pra baixo, onde acaba sendo desintegrado, e ele urra de dor e cai em meio à selva que cerca o Quartel General Zacoano.
Janira, que vira tudo aquilo, estranha o grito do Destruidor C.E.U. e desce o mais rápido possível na direção dele.
— V-você está bem? — Diz ela, ao chegar no chão, ao lado do Destruidor.
— V-você... n-não... deveria estar... aqui... — Responde o Destruidor, com a voz enfraquecida e rouca.
— Bem... E você não deveria estar falando.
— Heh... S-sou um D-Destr-truidor que... d-deu... “errado”... M-mas isso n-não importa... O-os zac-coanos... não t-têm muit-tos soldados... dep-pois do at-taque à Uxan... E eu d-destruí aq-quele c-canhão... Ag-gora é a s-sua chance... de ac-cabar de vez... c-com e-eles...
— Sim.
— Agora... p-preciso d-descansar...
— Hei... Posso... saber seu nome?
— S-sim, c-claro... E-eu m-me chamo... Zunno...
— Certo, Zunno... Uxan vai saber de você, e se orgulhar!
— O-obrigado... Agora v-vá... E s-se alie... à e-eles...
— Quem?
— E-eles... — Com as poucas forças que lhe restam, Zunno levanta sua mão e aponta o indicador para o céu azul de Zacoa*. Janira olha na direção indicada, mas não consegue ver nada, e é claro: os Destruidores C.E.U. têm os sentidos ampliados cinco vezes mais do que os Soldados C.E.U.
— Eu não-- — Janira volta-se para o Zunno e o vê de olhos fechados e já não está mais respirando.

— Maldição! Como isso pôde acontecer?! — Esbraveja Akazee, mais vermelho do que sua pele já é.
— Devia ter algo diferente naquele Destruidor, só pode ser isso! Ele agiu com... com... Racionalidade!
— Mas não há com que se preocupar, Senhor! — Responde outro soldado, às costas de Akazee, sentado diante de um computador. — Não restou nenhum Destruidor C.E.U., apenas uma Soldada C.E.U. Ela está próxima do Quartel General, no meio da floresta. Alguns soldados serão suficiente.
— Não posso arriscar os poucos soldados que me restaram, seu imbecil! — Esbraveja Akazee mais uma vez. — Mande os zergrinos atacá-la!
— Ótima idéia, Senhor-- O que? Mas... O que é isso?
— O que foi? — Akazee se aproxima do soldado.
— Há mais três unidades se aproximando de Zacoa... Uma delas é Uxana*, mas é uma espaçonave de médio porte... E mais longe tem mais duas unidades... Uma delas é uma pequena espaçonave qüirana, para uma pessoa...
— Qüirana...? — Murmura Akazee.
— E a outra unidade é... Cosmoriana...?
— Cosmoriana? COSMORIANA?! Aquele imbecil do Markhano!


Enquanto isso...
Espaço cósmico próximo de Gohn, sistema Mornic VII, galáxia Mornic.

Esmeraldo aproxima-se do planeta vermelho chamado Gohn, que não é tão pequeno, mas maior que Cosmorian, que também fica em Mornic VII.
A Esfera Cosmo vibra na mão de Esmeraldo cada vez mais enquanto o homúnculo cósmico se aproxima do planeta, indicando que o Cosmo I está prestes a ser recrutado, mas de repente uma rajada de energia azulada atinge em cheio no peito de Esmeraldo, fazendo-o ser afastado de Gohn.
Ele geme baixo, segurando firme a Esfera Cosmo, e procura pelo agressor, quando o mesmo chega perto dele, voando. Trata-se de um ser humanóide, vestindo um colante preto e uma armadura dourada.
— Entregue-me essa esfera e talvez você fique vivo. — Diz o homem.
— Você é...? — Esmeraldo tenta dizer algo, mas uma outra rajada o interrompe, e desta vez ela é de uma cor alaranjada e atinge brutalmente no peito vilão. Esmeraldo olha para o dono daquela rajada e vê um ser trajado igual ao que o atacou, mas este usa um colante branco e uma armadura de cor ciano. — Agora sim... Você é o Cavaleiro Universal!

— Finalmente o rastreador nas ogivas está sendo útil! — Diz Max, ao acento de co-piloto em uma espaçonave de médio porte, já sem o ferimento que lhe fora causado no rosto.
— Eu também achava inútil... Não sabia que tinha imbecis em Mornic capazes de roubar as ogivas! — Diz Moe, no enorme acento de piloto. — Hei... Tem dois objetos se aproximando...!
— O que são? — Pergunta Max.
— Um qüirano, e um... Cosmoriano?
— Cosmoriano?!

— A espaçonave é uxana, mas o que tem dentro não são uxanos... — Diz Cosmo III, voando com sua armadura, próximo de Tiro, que está em sua pequena espaçonave para apenas uma pessoa.
— Será que vieram... Hm... Pra ajudar? — Diz Tiro, pelo comunicador da espaçonave.
— Talvez... Vou fazer contado. Aqui quem fala é Cosmo III. Alguém na escuta? Cambio.
— Ainda existe um Cosmo?! Caramba! — Responde Moe, pelo comunicador.
— Sim, ainda existe um... Quem são vocês? — Pergunta Cosmo III.
— Moe e Max, guardas do Depósito Nuclear Espacial. — Responde Moe. — Viemos resgatar as ogivas que os zacoanos roubaram.
— Putz! Eles roubaram ogivas nucleares?! Que bando de ##!!!
— Preciso de um dicionário terráqueo... — Murmura Tiro.
— Muito bem, homens! — Diz Cosmo III mais uma vez. — Não vamos nos arriscar... Tem uma floresta em volta do Quartel General Zacoano, vamos ficar em algum lugar nela, certo? Sigam-me!
Cosmo III avança para baixo, entrando na atmosfera zacoana, logo avistando o Quartel General Zacoano, como se já estivesse ali antes, e mergulha em direção à floresta.
Ele pára em uma grande clareira, e logo pousa a pequena espaçonave de Tiro e em seguida pousa a espaçonave uxana pilotada por Moe e Max.
— Espera só o pessoal de Mander saber que eu lutei ao lado do último Cosmo! — Diz Moe, saindo de sua espaçonave.
— Mander é tão ultrapassado que nem sei como um manderiano pode saber sobre o Esquadrão Cosmo! — Ironiza Max, assim que desembarca depois de Moe.
— Cala essa boca!
— Muito bem, pessoal, precisamos agir com cautela. — Diz Cosmo III, assim que Tiro, Moe e Max se aproximam dele. — Se os zacoano estão com ogivas nucleares podemos ate morrer!
— Sem problema... — Diz Max. — Como o Noah--
— MOE! — Diz Moe.
— Que seja. Como o meu parceiro aqui disse, somos guardas do Depósito Nuclear Espacial. Tenho aqui comigo um rastreador das ogivas, e nós dois sabemos exatamente o que fazer com elas quando encontramos.
— Maravilha! Ótimo! — Exclama Cosmo III. — Mas de qualquer forma precisamos estar preparados pra qualquer ataque. Sei que vocês são de raças poderosas, mas não se esqueçam que os zacoanos acabaram com quase todo o C.E.U.!
— Inclusive os Destruidores! — Diz Janira, saindo dentre as árvores, entrando na clareira.
— O que?!
— Isso mesmo, Cosmo III. — Janira junta-se ao grupo. — Se eles roubaram as ogivas, bem, deve ter sido com elas que conseguiram acabar com todo o exército de Destruidores C.E.U.
— Essa não! Já usaram as ogivas?! — Reclama Max, dando um tapa na própria testa.
— Mas o rastreador ainda está localizando as ogivas, não? — Diz Moe.
— Hei, é mesmo! — Diz Max novamente, olhando para o rastreador.
— Bem, pelo que vi, eles não estavam usando as ogivas... — Diz Janira. — Eles estavam lançando rajadas de energia por um canhão que o último Destruidor destruiu.
— É isso... Esse tal canhão deve ter extraído o núcleo das ogivas. — Fala Max.
— Certo... — Cosmo III volta a tomar a palavra. — Vamos localizar as ogivas e--
— Desculpa, mas... Alguém está ouvindo alguns... Passos? — Diz Tiro.
— Essa não... Eu conheço esse cheiro... — Diz Max, olhando para os lados.
— Bem, agora estou vendo... — Cosmo III olha para os lados e vê o que os outros não vêem: criaturas camufladas.
— Eu também... — Diz Janira. — Há quase cem deles aqui!
— E aposto que são as mesmas coisas grotescas que invadiram o Depósito! — Diz Moe.
— Você está certo, Noah--
— É Moe...
— Que seja.
O pequeno grupo recua até o centro da clareira, um de costas pro outro, prontos para começar a lutar, quando Cosmo III diz:
— Muito bem, pessoal. Como uma equipe. Alguém tem algo a dizer?
— Bem, sou Max, de Brato, caso algo aconteça.
— E eu sou Moe, de Mander.
— Tiro, de Qüiran.
— Janira, de Uxan.
— Rodrigo... Da Terra.

Conclui no próximo capítulo!

*Céu azul em Zacoa: Sim, a pouco tempo era noite, mas isso foi em Surioh e Zacoa já é outro planeta, né?
*Moe e Max usam uma espaçonave que é identificada como uma unidade uxana tanto pelos zacoanos quanto pelo Cosmo III. Acontece que o Depósito Nuclear Espacial foi criado por uxanos. Lembra do momento em que Max comenta sobre uxanos levar comida para o depósito? Pois é.
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:01 pm

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Capítulo VI
A Queda de Akazee



Anteriormente...
Markhano recebe a noticia de que Cosmo III está fora de ativa, através de um desconhecido informante, porém não sabe que é mentira. E após contar a novidade para Akazee, os GingaRyuu chegam em Trevisia, e Draican vê aquilo como uma oportunidade para atacar seu irmão, Dracanos.
Não muito depois, o exército de Destruidores C.E.U. chega a Zacoa, mas foram atacados com uma arma poderosa suficiente para eles: um canhão que drena o núcleo das ogivas que foram roubadas do Depósito Nuclear Espacial pelos zergrinos.
Janira, a Soldada C.E.U. que fora junto para Zacoa em busca de vingança, assistiu à morte de todos os Destruidores, inclusive do último, que, inacreditavelmente, era dotado de racionalidade e que destruiu o canhão nuclear.
Logo após o massacre, Cosmo III e Tiro chegam a Zacoa, se encontrando com Moe e Max, guardas do Depósito Nuclear Espacial, que foram à Zacoa para recuperar as ogivas roubadas, e sem demora, Janira se junta ao grupo, e os cinco armam os planos para derrubar Akazee, e é nesse momento que eles se vêem cercados por zergrinos camuflados.
Enquanto isso, Esmeraldo de aproxima do planeta Gohn, no sistema Mornic VII, para recrutar o Cosmo I, quando é atacado por um ser que ele pensou ser o Cavaleiro Universal. Mas, para a sua surpresa, surge o verdadeiro Cavaleiro Universal, disposto a combater com o vilão.


Trevisia, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Após longos minutos em silêncio após pousar em Trevisia, diante do castelo de Markhano, os GingaRyuu descem de sua espaçonave, e caminham em direção ao castelo.
Antes de chegarem perto do portão, o mesmo se abre e de lá saem vários soldados trevisianos, vestindo armaduras de metal e com machados imensos em mãos.
— Já sabem o que devem fazer. — Diz Tora, e os três heróis partem pro ataque, dotados de uma poderosa técnica ninja.
Machados atingem suas armaduras, mas isso nem se quer deixa marca nelas. Já as armas dos GingaRyuu parecem ser ainda mais poderosas: Tora tem suas armas sempre em mãos, que são poderosas garras de tigre; Jinsei faz surgir dentre os dedos shurikens em forma de ankh; e Kasai tem ainda mais armas: ele fecha os punhos, pensa em uma arma de fogo e um par dessa arma surge em suas mãos, desde pistolas até grandes bazucas.
Um a um os guerreiros trevisianos vão caindo, alguns mortos, outros apenas desacordados, e Markhano assiste aquilo com toda raiva possível, do alto de uma das torres em volta de seu aposento.

No aposento de Markhano, ainda clareado apenas com as chamas no buraco do centro, está Dracanos, ao fundo, olhando para a grande porta de madeira de entrada ao recinto, com seus olhos vermelhos cintilantes como nunca.
O que Dracanos espera parece ter chegado quando a porta se abre e alguém entra: Draican, irmão de Dracanos. Assim que a porta se fecha, Draican aproxima-se das labaredas dizendo com zombaria:
— Sentistes minha falta, caro irmão?
— Senti nem se quer sua “morte”, Draican. — Responde Dracanos, com frieza. — Como sobrevivestes?
— Sabes muito bem, Dracanos, que não sou um vantrulho qualquer... Assim como você.
— Deveras. E agora, o que queres aqui em Trevisia?
— Não é óbvio, caro irmão? — Draican chega diante do fogo, com seus olhos amarelos cintilando ainda mais do que os de seu irmão. — Vingança.
Quase sem deixar Draican terminar a palavra, Dracanos ataca com seus grandes caninos, gritando como um vampiro, com a intenção de cravar seus dentes em seu irmão, mas este é muito mais rápido: Draican tira sua mão negra como carvão de dentro da capa e durante um segundo ele absorve o calor do fogo, como fizera com uma fogueira anteriormente, e assim que Dracanos está a alguns centímetros dele, Draican lança-lhe uma bola de fogo no rosto com a mesma mão, fazendo Dracanos gritar de dor e ser jogado contra a parede.
Draican passa pelo fogo, levitando por entre ele, ficando diante do seu irmão, que está caído. Este não hesita em atacar e novamente avança com suas presas de vampiro, mas desta vez ele consegue cravar seus dentes no ombro direito de Draican. Este por sua vez, toca com a palma da mão na testa de Dracanos, que não suporta a dor e larga do ombro de Draican, gemendo alto, tentando livrar-se da mão de seu irmão, mas ela parece estar lhe sugando.
— Esqueceste que sua maldição vampírica não funciona contra mim, Dracanos? Mas, infelizmente pra você, minha maldição funciona perfeitamente com você. — Draican move sua mão rapidamente pra direita, jogando Dracanos contra a parede do outro lado do aposento. — Sugar-te-ei suas forças... e depois sua alma!
— Irmão... Piedade... — Dracanos, caído no chão, quase sem forças, suplica por clemência, mas Draican não parece estar disposto a perdoá-lo.
— Piedade foi o que lhe pedi antes de me mandar pra morte, caro irmão. — Draican se aproxima do fogo novamente e volta a absorvê-lo, mas desta vez o absorve totalmente, fazendo a aura amarela de sua mão brilhar cada vez mais, e o recinto fica totalmente escuro.
O vampiro, sem forças, não consegue enxergar direito no escuro, mas percebe que seu irmão está bem próximo e pronto para sugar-lhe as forças novamente, devido à aura da mão dele.
As forças do vampiro são drenadas e ele grita de dor, alto o suficiente para todo o castelo ouvir, até que não resta nada de Dracanos, apenas sua vazia capa, caída no chão.

— O que está acontecendo ali em cima? — Markhano tira a atenção dos GingaRyuu, olhando para o seu aposento, que não está muito longe, no alto do castelo. Ele resolve voltar-se para os GingaRyuu quando algo cai do seu lado, no chão. Ele reconhece a capa de Dracanos e logo uma voz surge à suas costas:
— Aí está Dracanos, Markhano. Seu “poderoso servo”. — Markhano vira de sobressalto e se depara com Draican do outro lado da torre.
— Quem é você? — Pergunta o trevisiano.
— Bem, posso dizer-te que eu sou o legítimo “último vantrulho”. — Draican aproxima-se de Markhano. — É tudo que você precisa saber.
— Ora... Se você foi capaz de matar Dracanos, acredito que mereça o cargo dele. Aliás, um cargo melhor que o dele-- ARGH!!! — Draican chega ainda mais perto de Markhano e aponta-lhe a palma de sua mão para o peito de Markhano, drenando suas forças.
— Nunca me unirei a um ser podre como você, Markhano. E nunca desejei reinar Mornic e nem se quer Vantro. E entenda, Markhano... Você é tão podre e fétido que nem quero absorver sua alma. — Draican fecha sua mão e a oculta novamente dentro da capa, e Markhano cai no chão, sem força alguma. — Você merece morrer. — Sem mais alguma palavra, Draican salta da torre, pulando por cima de Markhano.

Não há mais nenhum guerreiro trevisiano para combater os GingaRyuu, que afinal, estão inteiros e ainda mais dispostos a lutar.
— Bem, não vejo Markhano, nem Zantrasta... E nem Destrúlio. — Diz Tora.
— Vamos entrar no castelo, então? — Sugere Jinsei, em seguida Kasai faz um gesto negativo com o indicador e aponta para o portão do castelo com o mesmo dedo. De lá surge uma criatura humanóide, repleta de músculos, de olhos azuis e brilhantes, com três dedos nas mãos e nos pés, um “sorriso” grande e medonho, lâminas entre os dedos que seriam o indicador de o mindinho, e uma espécie de tampa metálica no peito.
— Bem, aí está o Destrúlio. — Diz Tora. — Kasai, já sabe o que fazer.
Kasai lhe mostra o polegar direito e dá três passos à frente, em direção ao Destrúlio. Este, vendo seu oponente, começa a correr em sua direção, preparando um ataque com suas lâminas, gritando:
— Destrúlio mata inimigos!!!
Kasai fica imóvel, serra os punhos e em cada mão surge um cano metálico amarelo, entre os dedos médio e anelar. Sem hesitar ele aponta os canos para destrúlio e enormes jatos de fogo são lançados contra o monstro, que continua a correr sem sentir dor alguma.
Kasai parece não entender o que acontece, e quando Destrúlio chega à sua frente, avançando um ataque com as lâminas, ele salta, apoiando-se com a mão direita na cabeça do monstro, e acerta-lhe um chute na nuca.
Destrúlio olha para trás, furioso, procurando pelo seu inimigo, quando este lhe acerta um chute no peito que o derruba.
— Que estranho... O fogo não funcionou? — Diz Tora, e em seguida Kasai dá de ombros, sem entender.

Zantrasta está no castelo, em uma pequena torre logo atrás do portão, assistindo à luta, orgulhosa.
— O feitiço contra o fogo de Kasai está funcionando. Agora é o fim dos GingaRyuu, e Markhano ficará orgulhoso!

Em quanto isso...
Planeta Zacoa, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Cosmo III, Tiro, Janira, Moe e Max, todos cercados pelos zergrinos, e prontos para lutar, e assim cada um deles avança, distribuindo ataques em tudo que vêem pela frente. Moe é um que não pode enxergar seus inimigos, mas seus punhos são grandes o suficiente pra que não precise fazê-lo. Ele não tem muita agilidade, mas uma extrema força e invulnerabilidade.
Tiro usa o par de pistolas que tirara do interior de seu sobretudo, usando a grama que se amassa com os pés dos inimigos, e assim acerta tiros ou chutes com sua considerável agilidade, e o que o ajuda também é a resistente pele qüirana.
Max mal consegue vê-los, apenas pode ver pequenos movimentos no ar, mas consegue atingir golpes perfeitamente enquanto xinga ironicamente seus oponentes, com sua grande força e sua pele que não é tão resistente quanto à de Tiro, mas ele parece ter uma auto-regeneração.
O visor de Janira permite que ela enxergue qualquer um que está camuflado, e sendo uma soldada bem treinada, seus golpes e movimentos são extremamente ágeis, e assim que lhe vem a oportunidade ela lança poderosas rajadas de seus punhos.
Cosmo III parece ser o mais imbatível de todos, que graças à sua armadura, ele tem golpes fortíssimos, mas sua agilidade não é tão tamanha quanto à de Janira, porém, sua armadura é totalmente invulnerável. E além dos golpes ele lança rajadas de energia verde dos punhos ou de seu visor, que também o permite enxergar seus inimigos.
A cada segundo morre uma criatura, tornando-a visível, e manchando a grama com sangue vermelho. Logo Cosmo III diz:
— Era de se esperar que isso tinha dedo de Markhano...!
— Markhano?! — Espanta-se Janira, enquanto destrói uma criatura com suas rajadas.
— Sim, aquele que “morreu”. — Responde Cosmo III, após jogar uma criatura pros ares com um soco. — E essas criaturas são de Zergros, a lua de Trevisia, planeta em que Markhano é imperador.
— Bem que achei essas coisas não pareciam zacoanos... — Diz Max, enquanto segura o pescoço de um zergrino com a mão esquerda e o soca com a direita.
Não demora muito para não sobrar nenhum zergrino em pé, permitindo o grupo de se aliviar.
— Certo pessoal, o plano é o seguinte... — Diz Cosmo III. — Aposto minha armadura que todo o exército zacoano não pode contra nós se vierem com suas armas de mão, então vamos entrar no Quartel General, procurar as ogivas, e Max e Moe levam elas daqui, enquanto o resto procura pelo Akazee.
— O que faremos com ele? — Pergunta Tiro.
— Disso cuido eu. — Diz Janira, decidida.
— Muito bem, a cabeça dele é sua, ninguém em toda Mornic vai se importar se ele morrer. — Ironiza Cosmo III. Em seguida ele olha para Max. — Essas ogivas estão longe?
— Não muito... É praquele lado. — Max aponta com o indicador na direção oposta de Cosmo III.
— A torre onde estava o canhão é praquele lado... Provavelmente as ogivas estão abaixo daquela torre, não? — Sugere Janira.
— É possível. — Responde Max.
— Ok, pessoal, vamos pra lá. — Cosmo III volta a falar novamente. — Mas antes, quero que saibam que será uma grande honra lutar ao lado de vocês. Vocês não são qualquer um-- tudo bem que cada um não é “único” de seu planeta, mas não são qualquer um. Hoje é o dia em que lutaremos juntos para proteger Mornic, coisa que pensei ter que fazer sozinho. Obrigado a todos por estarem aqui.
— Pois é uma honra ainda maior para mim, e acredito que para os outros também, lutar ao seu lado, Cosmo III. — Diz Janira. — Agora vamos lá. — Janira estende a mão para o centro do grupo. Sem demora, Cosmo III põe a mão sobre a dela, e em seguida Tiro, Max e Moe.
— Vamos acabar com esses vermelhinhos! — Diz Cosmo III.
— Não vamos deixar sobrar nada!!! — Diz Max.
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:01 pm

Planeta Trevisia, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Kasai usa artes marciais para lutar contra Destrúlio, o que parece não ser muito útil contra o poderoso monstro. Este está distraído com Kasai, querendo destruí-lo a todo custo, e não percebe que Tora está se aproximando dele pelas costas e lhe desfere um profundo arranhão que percorre por toda espinha dorsal, fazendo a criatura urrar de dor.
— Você machucou Destrúlio! — O monstro vira-se, encarando Tora, e esse diz:
— Agora, Kasai! — Kasai não responde, apenas faz os canos amarelos surgirem em seus punhos novamente e lança jatos de jogo nas costas de Destrúlio. Graças ao ferimento causado por Tora, o fogo de Kasai faz efeito, e o monstro sente mais dor ainda, e vira-se para que o fogo não continue lhe ferindo.
Nisso, Jinsei se aproxima e acerta um golpe com os dois punhos nas costas dele, fazendo os mesmos irradiar uma densa energia roxa, que, além de fazer Destrúlio sentir mais dor, o lança na direção de Kasai, que rapidamente “caminha” pelo monstro, golpeando-lhe com os pés no abdômen, no peito, no rosto e finalmente na nuca, jogando o monstro no chão.
Destrúlio geme com tamanha dor na espinha dorsal, e se levanta com muito esforço. Ao ficar em pé ele se dá conta de que está de costas para os GingaRyuu e pensa em se virar rapidamente, mas não dá tempo: Kasai está com duas metralhadoras giratórias nas mãos e logo fuzila a criatura pelas costas sem lhe dar a menor chance, e mais uma vez Destrúlio cai no chão.
Antes dele se levantar novamente, Kasai olha para Tora e lhe fez gestos com a mão direita, assim que faz suas armas desaparecem. Com o gesto Kasai pede para que Tora arranque aquela tampa metálica do peito de Destrúlio, e então Tora diz:
— Você sabe que é perigoso, Kasai! Ele pode liberar uma substância venenosa que poderá se espalhar por todo Universo! — Kasai faz mais gestos, dizendo “não” com o indicador, e então libera novamente seus canos dos punhos.
— Acho que entendi o que ele quis dizer, Tora. — Diz Jinsei. — Você quer queimar Destrúlio por dentro, certo? — Kasai faz um gesto com o polegar. — Certo. Acho que isso fará Destrúlio explodir e queimar totalmente seja lá o que tiver dentro dele. — Jinsei finaliza, olhando para Tora.
— Acredito que vocês tenham razão, podemos tentar. — Diz Tora. Kasai faz-lhe um gesto animado com os dois polegares, e a esse ponto da conversa, Destrúlio já está em pé, e avançando contra Kasai, que está de costas pra ele.
Quando o monstro estava prestes a desferir um golpe no GingaRyuu de fogo, este o surpreende, dando um mortal por cima da criatura e lhe acerta mais um chute na nuca, derrubando-o no chão novamente, próximo de Tora e Jinsei.
O monstro se levanta novamente, encarando Kasai com raiva, de costas para os outros dois GingaRyuu, e assim a mulher aproveita para desferir outro golpe em Destrúlio usando os dois punhos, energizando os mesmo, e lhe acerta um golpe nas laterais da cabeça, com toda a força, deixando-o totalmente zonzo e sem equilíbrio.
Tora aproveita a oportunidade e usa suas garras para arrancar a tampa do peito de Destrúlio, o que não parece fácil, e faz o monstro urrar de dor e tenta golpear Tora, mas Jinsei não o permite, repetindo o golpe que acabara de lhe dar na cabeça.
Então, finalmente, Tora consegue remover a tampa, gritando:
— Vai logo, Kasai!!! — Mas sem necessidade, pois Kasai já estava logo atrás de Tora, apontando os canos na direção da tampa, e lança dois jatos de fogo para dentro do buraco do peito de Destrúlio enquanto Tora e Jinsei se afastam do monstro o mais rápido possível.
No instante em que o fogo de Kasai entra em Destrúlio o mesmo explode por completo, cobrindo toda a área de um raio de quinhentos metros com fogo, jogando Kasai na direção do castelo e ele se choca em uma das torres, destruindo-a, enquanto Tora e Jinsei são jogados na direção das montanhas rochosas que têm em volta do castelo. E quanto à espaçonave dos GingaRyuu, a explosão a faz tombar.
O fogo todo se dissipa, e Zantrasta, furiosa, vê que não restou nem se quer pó de Destrúlio, mas um sorriso lhe vêm ao ver os GingaRyuu caídos, inteiros, vivos, porém, atordoados demais para lutar. Então, ela estala os dedos e cada herói é preso por uma espécie de rede feita de energia vermelha, impossibilitando-os totalmente de se mover.
— Vocês são meus, GingaRyuu!


Planeta Zacoa, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

— De acordo com o rastreador, as ogivas estão atrás dessa parede aqui. — Diz Max.
— E acredito que não tenha como derrubar a parede... — Diz Cosmo III. — Deve ser feita de algum metal--
— Nem vem! — Moe avança e acerta um soco na parede com o punho direito, o que a parede não pôde resistir, e assim lhe é causada uma rachadura, que Moe usa para rasgar a parede de cima a baixo.
Assim, os cinco entram, com Moe na frente. Dos lados têm corredores curvados, já que essa parte do Quartel é redonda. E por esses corredores avançam vários soldados zacoanos, com armas de fogo em mãos, mas não podem avançar muito graças a Cosmo III e Janira, que lançam poderosas rajadas contra eles.
— Essa porta aqui, Noah! — Diz Max, apontando para a porta eletrônica diante de Moe.
— É MOE!!! — Moe destrói a porta com outro soco, entrando em um longo corredor, por onde vêm ainda mais zacoanos. — Vocês não são NADA!!! — Moe corre pra cima dos soldados, fazendo o chão tremer. Os soldados, apavorados, atiram contra o manderiano, mas seus tiros não o ferem, e acabam sendo arrastados por ele, à toda velocidade.
Ao fim do corredor, onde á outra porta eletrônica, todos os soldados acabam sendo desacordados, e Moe os usa para “abrir” a porta, e lá encontram a mesma sala onde Akazee se encontra, onde um soldados zacoano esteve lançando as rajadas que destruíram todo o exército de Destruidores C.E.U.
— Mas o que--? — Akazee tenta protestar, sacando uma pistola, mas janira avança pra cima dele, golpeando-o no peito e o jogando contra o computador logo atrás dele.
O soldado diante do monitor do canhão nuclear saca uma pistola para ajudar Akazee, mas é golpeado por Tiro, que logo saca suas duas pistolas e o mata com vários tiros no rosto.
Logo começam a entrar soldados pela mesma porta por onde os heróis entraram, e também pela outra, do outro lado da sala, iniciando um combate dos zacoanos contra Cosmo III e Tiro, enquanto Janira espanca Akazee com toda fúria e Moe e Max vão até as ogivas, no enorme cilindro no centro da sala.
— Sua maluca-- Não sabe quem sou?! — Esbraveja Akazee, enquanto é socado no rosto por Janira.
— Claro que sei, seu canalha! — Responde Janira, socando-o ainda mais. — É por isso que vou acabar com a tua raça!
— Andem logo, vocês dois! — Reclama Cosmo III, enquanto descarrega rajadas nos soltados que tentam entrar pela mesma porta por onde acabara de entrar.
— Não sei se vou conseguir agüentar, hein! Minha munição tem limite! — Diz Tiro, atirando sem parar na outra porta da sala, matando todos os soldados que por ela tentam entrar.
— Terminamos! Corram!!! — Diz Moe, saindo pela porta que Cosmo III protege, derrubando todos os soldados zacoanos.
— O que??? — Diz Cosmo III, confuso.
— Mudança de planos! — Diz Max, apressadamente. — Botamos essas ogivas pra explodir em quinze segundos, esse Quartel vai pros ares, vai sobrar nada! Vamos!!! — E assim ele corre, seguindo Moe.
— Ca####o!!! Tiro, Janira! Vamos logo!
— Não precisa convidar duas vezes! — Diz Tiro, seguindo Cosmo III, logo atrás de Max.
— Estou logo atrás! — Diz Janira, agarrando o ensangüentado, porém vivo, Akazee pelo pescoço, e o joga dentro do compartimento onde estão as ogivas e o tranca lá dentro.
— He-ei! M-me t-tira d-d-daqui!!!
— Cala a boca e morre! — Janira, então, segue seus amigos.
Do lado de Fora, Cosmo III voa velozmente agarrando Moe pelo braço, e este segura Max. Quanto a Tiro, é levado por Janira, que também voa à toda velocidade. Ela deixa Tiro unto da pequena espaçonave do mesmo, enquanto Cosmo III deixa Moe e Max junto à espaçonave deles.
Em segundos todos estão alçando vôo em direção ao espaço cósmico, e no comento em que eles saem da atmosfera zacoana as ogivas explodem, impulsionando radioatividade nuclear por todo Quartel General Zacoano, sendo queimado com as explosões que causa, e em instantes, não sobra nada de todo o Quartel General.
— WOOOOOOHOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! — Berra Cosmo III, voando de costas e vendo a explosão que ainda pode ser vista de fora de Zacoa.
— Acabamos com a raça deles!!! — Diz Max, batendo com a palma da mão na de Moe.


Enquanto isso...
Espaço cósmico próximo de Gohn, sistema Mornic VII, galáxia Mornic.

Esmeraldo está parado, flutuando pelo espaço, assistindo o combate do Cavaleiro Universal contra o estranho que veste-se como ele, que logo é descoberto seu nome, quando o Cavaleiro Universal diz ao golpeá-lo brutalmente no peito com os dois punhos energizados:
— Seu lugar não é aqui, Cavaleiro Negativo! Essa guerra não é sua!
— Eu decido aonde vou e em que guerra eu luto, Cavaleiro Universal! — Responde o Cavaleiro Negativo, avançando velozmente num vôo pra cima do Cavaleiro Universal. — Já te derrotei uma vez e posso derrotá-lo quantas vezes quiser!
— Tem razão, por um lado, Cavaleiro Negativo... — Cavaleiro Universal atinge novamente seu oponente, mas agora emitindo uma poderosa rajada alaranjada de seus punhos, lançando-o novamente para trás, mas ainda mais longe. — Mas daquela vez a luta foi no Universo Negativo, o seu território... E dessa vez, Cavaleiro Negativo, estamos no Universo, o MEU TERRITÓRIO!!! — Com essas palavras, Cavaleiro Universal avança pra cima de Cavaleiro Negativo, fazendo seus antebraços e punhos crescer cinco vezes mais, e ao chegar perto ele os energiza, e golpeia com toda a força no peito do seu inimigo, que ficara atordoado com a rajada que levara há pouco.
Terminando definitivamente com a luta, Cavaleiro Universal cria uma espécie de buraco negro diante de si, que traga com toda a força o atordoado Cavaleiro Negativo, que não teve a menor chance de escapar.
Assim que já não sobra mais nada do vilão, o Cavaleiro Universal se aproxima de Esmeraldo.
— Pra onde você o mandou? — Pergunta Esmeraldo.
— Pro lugar dele: o Universo Negativo. E agora, Esmeraldo, você deve seguir sua missão. Não posso ajudá-lo sempre, sou proibido, apenas em casos extremos, como o envolvimento do Cavaleiro Negativo.
— Certo. Muito obrigado, Cavaleiro Universal!
— Não precisa agradecer, Esmeraldo. Agora vá, Mornic depende de você!


Epílogo

Uxan, sistema Mornic II, galáxia Mornic.

Uma nova reunião é aberta pelo Conselho Uxano, no Palácio Uxano. Os Conselheiros Supremos, as três pessoas mais velhas de Uxan, estão em seu lugar, no centro, sentados à mesa redonda. E também então os Anciãos, as quinhentas pessoas mais velhas de Uxan, e o que restou do C.E.U. Mas há mais alguém na reunião, em pé, próximos à mesa dos Conselheiros Supremos: Cosmo III, Tiro, Moe, Max e Janira.
— Membros do Conselho Uxano, abrimos essa reunião para congratular esses cinco heróis, que lutaram contra os exército zacoano e derrubaram todo o Quartel General Zacoano. — Diz Jokasta, a mulher à mesa dos Conselheiros Supremos, e em seguida todos os presentes batem palmas para os heróis.
— Eu agradeço a todos... — Cosmo III toma a palavra. — Mas devo avisá-los que essa guerra não acabou. Akazee e seu exército zacoano foi só o começo de tudo. Devemos nos preocupar com Markhano, que deveria estar morto, assim como eu. E tudo o que Akazee fez foi em parceria com o Imperador de Trevisia. Tenho um amigo que está recrutando os trinta e quatro Cosmos que restam para reviver o Esquadrão Cosmo, mas não sei se será suficiente. Tudo bem que Markhano não tem mais o exército que usou para atacar Cosmorian, mas ele com certeza tem algum plano e pode desferir um golpe fatal a qualquer momento. Então eu peço ajuda a vocês, ao que restou do exército C.E.U., para combater contra as forças de Markhano.
— Sem dúvida, Cosmo III, lhe daremos total apoio. — Diz o General C.E.U. — Será uma grande honra ajudá-lo.
— Muito obrigado. A todos.
— Permissão para falar, Conselheiros Supremos? — Diz Janira.
— Permissão concedida, Janira. — Responde Jokasta.
— Houve um Destruidor que lutou bravamente... O ultimo que morreu, a quem prometi dar seu nome aqui em Uxan, para que todos saibam sobre ele, para honrar seu nome. Ele se chamava Zunno.
— Não compreendo... — Zano, outro Conselheiro Supremo, toma a palavra. — Você fez uma promessa a um Destruidor C.E.U.? E sabe o nome dele?
— Sim, Conselheiro Supremo. Zunno, como o próprio me disse, foi um Destruidor C.E.U. que deu “errado”. A racionalidade dele permaneceu na transformação.
— Muito bem, Janira... — Agora é Senero, o terceiro Conselheiro Supremo, quem diz. — O nome de Zunno será honrado como você prometeu a ele. E agora só nos resta esperar pelo pior.


Fim... Por ora.
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:02 pm

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Prólogo

Trevisia, sistema Mornic V, galáxia Mornic. Dois dias depois da queda de Akazee.

— Maldição, maldição, MALDIÇÃO!!! — Markhano golpeia furiosamente, destruindo totalmente o equipamento de telecomunicação fornecido por Akazee, que está instalado em um de seus aposentos. — Por que esse maldito Akazee não responde?! Por que?! AAAAAARGH!!! — A raiva de Markhano faz surgir chamas em volta do recinto, às paredes, revelando uma grande sala quadrangular vazia. — Deve ter sido o C.E.U. Só pode ser... Bom, deixarei isso de lado, por ora... Tenho assuntos a resolver com urgência e então mandarei Zantrasta ir para Zacoa e descobrir que maldição se apossou daquele maldito ditador de pele vermelha!
Após descer por duas longas escadas em espiral no interior de seu castelo, Markhano chega ao subsolo do mesmo, onde se encontram as frias e sombrias masmorras. Ele caminha por um longo corredor repleto de celas clareadas por tochas enfraquecidas e onde há vários trevisianos aprisionados. Alguns muito machucados e outros à beira da morte, ignorando o odor emitido pelos mesmos.
Ao fim do longo corredor há um portão de ferro que Markhano abre usando apenas o seu pensamento, adentrando em um recinto um pouco menos frio e sombrio que as outras jaulas e muito mais amplo. Próxima à entrada está Zantrasta, em pé diante de um volumoso livro velho, apoiado sobre uma coluna de um pouco mais de um metro de altura.
— E então? — Markhano indaga para Zantrasta.
— Está pronto, Milorde. Posso iniciar ao seu sinal. — Responde Zantrasta, sorrindo para Markhano, esperando por um ar de satisfação em seu amo, mas em vão.
— Ótimo...
— Você ainda vai tombar, Markhano... Não pense que ganhou. — Uma nova voz surge no lugar e então Markhano fita a jaula que se encontra mais adiante. Uma jaula que não é composta por barras de ferro e sim barras de energia azulada. E dentro dessa jaula há três terráqueos japoneses, seminus, sendo dois homens e uma mulher. — Você pode ter nos vencido, mas haverá outros para impedir você de seus planos ridículos! — Volta a falar o homem mais adiante de seus amigos que está em pé, assim como eles.
— Ora, meu caro Tora, fique sabendo que o Esquadrão Cosmo está definitivamente fora do meu caminho, principalmente quando Cosmo III, o Cosmo que sobreviveu, resolveu não lutar. — Diz Markhano, com um ar vitorioso.
— Do que você está falando? — Pergunta a mulher japonesa.
— Estou dizendo que de todo o Esquadrão Cosmo um sobreviveu. E esse Cosmo simplesmente desistiu de lutar. Meu próprio informante o ouviu dizer. — No que Markhano termina a frase, o prisioneiro que não diz uma só palavra finge coçar o queixo, disfarçando um riso, enquanto a mulher ao seu lado não consegue o mesmo, obrigando-se a tapar a própria boca. Então, o outro prisioneiro, chamado de “Tora”, diz:
— Você acha mesmo que ele simplesmente desistiu? Markhano, ele é um Cosmo... Não foi escolhido a dedo. Ele disse aquilo certamente sabendo de seu informante ignorante, para enganar você. E conseguiu.
— Cale-se!
— Aaargh! — As palavras de Markhano fazem um zumbido surgir na mente de Tora, causando-lhe uma terrível dor de cabeça, fazendo o herói ajoelhar-se com as mãos na cabeça.
— Tora! — Os companheiros de Tora ajoelham-se junto a ele, tentando ajudá-lo, mesmo sabendo que é em vão, mas em questão de um segundo a dor some.
— Vamos logo com isso, Zantrasta. Ainda quero que você vá pra Zacoa. — Ordena Markhano, olhando para a bruxa.
— Como desejar, Milorde. — Responde ela, voltando-se para o livro diante de si e lendo-o em voz alta logo em seguida.
As palavras ditas por Zantrasta são totalmente sinistras e de um idioma totalmente desconhecido pelos heróis aprisionados, que ficam cada vez mais confusos. E não demora muito para que os mesmos começam a sentir fortes dores no peito. Uma dor insuportável que os fazem se ajoelharem e vomitarem sangue. Logo a dor os faz curvarem-se para trás, apontando seus peitos para Markhano.
A dor se alivia quando um feixe de luz surge do peito de cada um dos três, direcionados ao peito de Markhano que agora é quem sente uma insuportável dor, sem poder se mover do lugar. O feixe que surge do peito de Tora é de cor laranja; o da mulher, que supostamente é Jinsei, é da cor roxa; e o feixe do outro japonês, que supostamente é Kasai, é da cor vermelha.
Em questão de segundos os feixes de luz somem e os três heróis caem desfalecidos no chão, enquanto Markhano cai de joelhos, vomitando sangue, porém totalmente acordado.
— Está bem, Milorde? — Zantrasta ajuda seu amo a se levantar.
— Sim, estou, Zantrasta. Aliás... bem melhor. — Os olhos de Markhano brilham e ele sorri maleficamente.

Continua...
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:03 pm

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Capítulo I
A Nova Peça de Markhano


Uxan, sistema Mornic II, galáxia Mornic.

Na sala de reunião da Base Anelar C.E.U. está em discussão os planos de ataque à Trevisia. Presentes à mesa, além do General C.E.U., Traneder, e do Sargento C.E.U., Gallassen, estão também: Janira, agora eleita Cabo C.E.U.; Cosmo III, com o capacete sobre a mesa para ter uma conversa melhor; Tiro, um tanto entediado com a reunião; e Moe e Max, atentos à reunião, mas Moe permanece em silêncio enquanto Max dá várias sugestões.
— --Claro que poderíamos atacar Markhano agora mesmo, ele poderia estar desprevenido, mas não tenho muita certeza disso. — Dizia Cosmo III. — Aliás, tem uma coisa sobre ele que não havia pensado: os GingaRyuu.
— Os GingaRyuu? — Indaga General Traneder. — Estão mortos, não?
— Sim, estão. Parabéns para Markhano. O problema, além de que eles poderiam derrotá-lo sozinhos, é que Markhano queria a todo custo os poderes deles. De todos os cinco. Talvez ele tenha conseguido ao matá-los e só não o usou ainda para ter a sua “cartada final”. Ele costuma fazer isso.
— Mas se ele tiver os poderes de todos os GingaRyuu...
— É possível que não teríamos a menor chance.
— Mas nós não estaremos sozinhos! — Diz Max. — Ainda restam vários Soldados C.E.U., e sem falar do Esquadrão Cosmo que está quase completo, não?
— Bom, isso é. — Afirma Cosmo III. — Antes de eu tirar o capacete recebi a informação de que o Cosmo XXXIV foi recrutado pelo Esmeraldo.
— E lembrando que Markhano não tem o seu exército. — Diz Tiro, quase dormindo na sua cadeira.
— Isso mesmo, mas não podemos esquecer também que ele pode ter os poderes dos GingaRyuu. — Afirma Cosmo III. — Algum de vocês já os viu? Conhece seus poderes? — Assim que todos negam Cosmo III prossegue: — Bem, eles são em cinco: Tora, o líder, representa os animais, tendo as habilidades do tigre (um animal da Terra, que é feroz, ruge, tem garras, é habilidoso e carnívoro); Kasai, que representa os quatro elementos, tem poderes de fogo; Gun, que representa a força, é o mais forte do grupo, capaz de ser comparado com a força de Moe; Sukai, representando o céu, tem um poder celeste; E por fim, a Jinsei, que representa a vida e a morte, tendo os poderes da vida. Ela poderia ressuscitar os mortos, mas o cara que deu os poderes ao grupo, que esqueci o nome, a proibiu de fazer isso, mas ela tem permissão de curar.
— Mas então... — General Traneder, assim como os presentes, começa a raciocinar o real problema que Cosmo III teme.
— Isso mesmo. Se Markhano obtiver mesmo os poderes dos GingaRyuu, ele poderá ressuscitar o seu exército. Mas claro, ele teria que aprender a usar os poderes perfeitamente.
— É complicado... — Afirma General Traneder.
— E nós poderíamos ter a ajuda de mais qüiranos, bratoanos ou de manderianos, mas são todos de Mornic III, um sistema que prefere não lidar com batalhas. Lá nem se quer há planetas com imperadores ou coisa do tipo.
— Entendo... Bom, assim que o Esquadrão Cosmo estiver completo e pronto para o ataque, vocês irão para Ax, em Mornic V. conversei com Xen, o Imperador de Ax, e ele me prometeu um abrigo para vocês se prepararem para a investida.
— Muito bem, logo o Cosmo XXXV será recrutado, e assim que conversar com todos os Cosmos eu entrarei em contato. Agora preciso voltar pra Surioh para tratar de certos assuntos pendentes.


Trevisia, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Markhano está uma vez mais fitando a labareda ao centro de seu principal aposento, sentado em um trono de pedra. Já não carrega o seu olhar furioso que esteve carregando momentos atrás. Agora ele está com um ar vitorioso, com um sorriso malévolo. Tudo para ele mudou desde que drenou os poderes dos GingaRyuu.
— Milorde? — Zantrasta adentra o recinto, passando pela porta como um fantasma, surpreendendo Markhano que estivera tão distraído a ponto de esquecer que tinha uma “bruxa pessoal”.
— Sim, Zantrasta?
— Acabo de vir de Zacoa, e as notícias são péssimas.
— Hm. Quais são as notícias?
— Não restou praticamente nada do Quartel General Zacoano. Senti um forte cheiro radioativo que chegou a matar quase toda a floresta à volta.
— Essa é, de fato, uma má notícia. — Markhano coça o queixo, sem conseguir tirar seu sorriso malévolo do rosto.
— Mas há boas notícias entre essa má notícia, Milorde... Senti um cheiro de outra raça presente, além dos zergrinos emprestado ao Akazee. Senti cheiro de uxanos. Vários deles, e enormes.
— Hm... Devem ter sido aqueles que destruíram o exército de Akazee quando ele atacou Uxan... — A notícia agrada Markhano, mas seu sorriso permanece o mesmo. — Akazee tombou, mas já fez um bom serviço.
— E tem mais uma coisa, Milorde. Omegan acaba de chegar.
— Ótimo, ótimo... Deixe-o entrar.
— Sim, Milorde. — Zantrasta olha para a porta por onde entrara e a mesma se abre lentamente, revelando que havia alguém do lado de fora, aguardando ser chamado. — Lorde Markhano o aguarda, Omegan.
Omegan, então, entra no aposento de Markhano, revelando-se ao chegar próximo ao fogo quando Zantrasta dá a volta pelo mesmo, ficando ao lado de Markhano.
Omegan é humanóide e tem a pele clara e toda ressecada, ausente de qualquer pêlo. Seus olhos são roxos e sem vida, e veste-se com um sobretudo roxo fechado, sem mangas.
— Saudações, Omegan. — Diz Markhano, ainda com seu sorriso, acomodando-se em seu trono.
— Saudações, Markhano. — Omegan curva-se em gesto de reverência. — Em que posso lhe ser útil?
— Tenho um inimigo... que resolveu ficar fora do meu caminho, segundo meu informante... Mas creio que esse meu inimigo tenha mentido para enganar esse informante. Gostaria de saber, Omegan, quanto você está disposto a cobrar para tirar esse meu inimigo do meu caminho.
— Ora, Markhano... Se me der um oponente à minha altura, não cobrarei nada.
— E se eu disser que esse meu inimigo é o último sobrevivente do Esquadrão Cosmo?
— Hm... Digamos que isso se aplica á condição.
— Ótimo... Se o derrotar, aceitarei você ao meu lado quando Mornic for minha!


Surioh, sistema Mornic III, galáxia Mornic.

Rodrigo está no bar de Hanoia, com os braços cruzados sobre o balcão, quando Hanoia lhe serve um copo com uma bebida rosada.
— Valeu. — Diz ele. Hanoia nada diz, apenas fica parada de braços cruzados, e “em pé” de frente para o terráqueo, olhando-o severamente. Quanto a Rodrigo, finge não perceber o olhar de Hanoia e dá um gole de sua bebida, fazendo careta assim que sente o gosto ruim. — Isso aqui é suco de gasnotra* mesmo?
— Sim, é suco de gasnotra. — Responde Hanoia, indiferente.
— Bem, parece que faltou açúcar, ou coisa assim.
— Rodrigo, pare com isso! — Ela descruza os braços, cerrando os punhos com raiva. — Você devia ter me contado a verdade! Precisava mentir?!
— Eu sei, Hanoia, me desculpe... Mas eu tinha a suspeita de ter um informante de Markhano por perto!
— Ah, claro, e você achou que era eu, não é?
— Era uma possibilidade, mas não, eu não achei que seria você! Poderia ser alguém escondido, algum micróbio, ou algo do tipo!
— Hnf... Espero que o sumiço de Boh não tenha nada a ver com isso.
— Como é?
— Faz dois dias que Boh não vem pro bar. — Hanoia tenta se acalmar, chegando perto de Rodrigo para terem uma conversa mais particular. — O rosado jogando bilhar ali, que é vizinho dele, disse que nunca mais o viu. Não vê as luzes da casa dele se acenderem e não ouve nada de lá.
— Putz... Sinto cheiro de encrenca...
— Como? — Hanoia apura o nariz, tentando encontrar o cheiro que Rodrigo sente.
— Não, não é isso... É um modo de falar... — Rodrigo dá outro gole de seu suco, esquecendo que está horrível e fazendo outra careta em seguida.
— Hã... Desculpe, deixe que eu faço outro.
— Não, deixa pra lá... Olha... Pra onde eu vou a partir de agora é pra um combate que já sobrevivi antes, e não sei se sobreviverei de novo. E... Hã... Tsc.
— Quer me dizer algo, Rodrigo?
— Sim, quero... Bem... Acho melhor mostrar ao invés de dizer.
— O que--? — Não há tempo de Hanoia falar e Rodrigo a segura pela nuca com a mão direita e lhe beija nos lábios. Já Hanoia, parece levar um tempo até entender o que está acontecendo, e quando dá por si, está contribuindo com o beijo.
— Hanoia... — Rodrigo se solta dos lábios da serpentina. — Quando tudo isso acabar, SE acabar, e eu sobreviver... Bem... Cê já sabe.
— Bom... Sinto que... O suco realmente estava horrível...
— Heh... Mas o que--? — A pulseira de Rodrigo, ou melhor, de Cosmo III, se acende de repente, deixando seu usuário confuso.
— Que foi, Rodrigo?
— Não sei... — Antes de mais nada, o tempo para Rodrigo parece desacelerar totalmente e ele vê a armadura de Cosmo III cobrir seu corpo, a começar com o líquido negro que sai da pulseira, cobrindo todo seu corpo até se tornar um colante, com várias linhas verdes fluorescentes no mesmo, e em seguida surgem brilhos brancos em vários pontos de seu corpo, que vêem a se tornar seus braceletes, botas, colete e seu capacete, com um visor verde, assim como o “III” no seu peito. — Que diacho...? — Cosmo III se vê em pé, com a armadura que de repente surgiu e com todos os presentes olhando para ele. — Opa... Essa não-- TODO MUNDO PRO CHÃO!!! PRO CHÃO, AGORA!!!
O que acontece a seguir nenhum dos presentes poderá descrever, mas Cosmo III sim, que, graças à armadura, pode mover-se em velocidade supersônica e tudo à sua volta movimenta-se em câmera-lenta.
Alguma gigantesca rajada de energia roxa atinge o bar, de cima, e Cosmo III estende os punhos, criando um escudo verde que protege todo o bar, exceto o teto, que é devastado.
— O que está acontecendo? — Hanoia levanta-se de trás do balcão.
— Ah, mas que saco... — Cosmo III desativa o escudo assim que a energia roxa cessa, e olha para o céu e vê o atacante. Um careca vestido de roxo e com uma estranha energia roxa nos punhos. Nunca o viu antes e jura pra si que será a ultima vez que o verá.


Continua...

*Gasnotra: Sim, essa mesma. Smile

Alguns micros pra galera:
Janira, com uniforme de Cabo (não muito diferente do que era como Soldado); General Traneder; Sargento Gallassen, e Omegan:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-CaboJanira Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-GeneralTraneder Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CEU-SargentoGallassen Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Omegan
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:03 pm

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Capítulo II
O Esquadrão Cosmo



Anteriormente...
Uma reunião na Base Anelar C.E.U. é efetuada para planejar um ataque contra Markhano. Tudo parece ser fácil até que Cosmo III revela algo que faz todos estremecer: Markhano, ao matar os GingaRyuu, pôde ter drenado seus poderes, e apenas com os poderes de Jinsei ele poderia ressuscitar seu exército. Mas o que Cosmo III não sabe é que Markhano apenas tem os poderes de três dos GingaRyuu’s, e que esses três ainda podem estar vivos.
Enquanto isso, Markhano contrata um estranho chamado Omegan para que destrua Cosmo III. Logo Rodrigo está no bar de Hanoia, descobrindo que Boh sumiu e se declara para Hanoia, achando que não poderá sobreviver na luta contra Markhano. Em seguida Omegan ataca Cosmo III ali mesmo, quase destruindo o bar.


Surioh, sistema Mornic III, galáxia Mornic.

Cosmo III encara Omegan do chão e diz para Hanoia, que está atrás do balcão, às costas do herói:
— Tá legal?
— S-sim. — Responde ela. Em seguida Cosmo III vê à volta: nenhum dos presentes se feriu, mas o bar não tem teto algum.
— Maldito! — Cosmo III levanta vôo em alta velocidade, sem precisar de impulso, e pára diante do seu inimigo. — Parabéns. Acaba de inventar um bar conversível!
— Um o que--? — Omegan não entende o que o terráqueo diz e leva um murro no queixo. Em seguida Cosmo III lança-lhe uma rajada dos punhos em direção diagonal, jogando Omegan para o alto, quase o fazendo sumir de vista. Em menos de um segundo o vilão retorna, em total velocidade, com os punhos cobertos pela sua energia roxa, prontos para desferir um golpe fatal no peito de Cosmo III, mas este pensa ainda mais rapidamente, criando um escudo esférico esverdeado em volta de seu corpo, que eletrifica Omegan quando o mesmo o toca.
Enquanto seu oponente está atordoado, Cosmo III aproveita para investir mais ataques, energizando os punhos e lançando pequenas esferas verdes, como se estivesse jogando beisebol. A cada impacto no peito de Omegan faz o mesmo se afastar ainda mais de Cosmo III, e também o eletrifica cada vez mais.
Sem deixar tempo para o inimigo respirar, Cosmo III lhe desfere um golpe com os dois punhos na cabeça, jogando Omegan ao chão. Ele cai no meio da rua, criando uma pequena cratera na mesma. É nesse momento que Cosmo III percebe que a luta não se afastou muito do bar de Hanoia, mas logo se obriga a ignorar o fato devido à rajada roxa lançada por Omegan.
Cosmo III cria novamente o seu escudo esférico, protegendo-o totalmente do insistente ataque, que logo é aumentado a potência a cada segundo, fazendo o escudo se dissipar e Cosmo III é atingido por quase todo o corpo e é lançado para o alto. Ainda atordoado, Cosmo III vê Omegan bem na sua frente e leva um murro no rosto, forte o suficiente para que seja lançado ao chão, criando outra pequena cratera na rua.
— Cara... — A armadura de Cosmo III permanece totalmente intacta, mas isso não impede Rodrigo de sentir dor. — Ainda bem que tô de armadura... — Nisso Omegan vem ao chão, e fica em pé diante de Cosmo III, que ainda está caído.
— Hah! Só isso?! — Zomba Omegan. — Parece que vou ter que cobrar de Markhano mesmo!
Cosmo III não se surpreende com as palavras de Omegan e lhe aponta o indicador direito para o seu oponente, fazendo o bracelete brilhar. O vilão fica preparado para o ataque quando simplesmente o bracelete de Cosmo III parece perder a potência, desaparecendo o brilho.
— Hahahahahaha! Já está sem forças, Cosmo III?! — Omegan não sabe exatamente o que aconteceu a seguir. Apenas sabe que houve uma explosão verde diante de seu peito, pra onde Cosmo III lhe apontava o indicador, fazendo-o ser lançado a uns trezentos metros para trás, caindo no meio da rua.
— Heh... — Cosmo III se levanta. — Até hoje me orgulho de ter inventado essa. — De repente, Omegan se levanta, furioso, energizando os punhos, gritando:
— VOCÊ NÃO PODE ME DERROTAR, COSMO III! NUNCA CONSEGUIRÁ!
— Prove então, espertinho! — Retruca o herói, mesmo achando que pode ser verdade, e tentando usar o sistema da armadura para descobrir a raça do vilão pela sétima vez. — Mas que diacho! De onde veio esse animal?! — Nisso Omegan avança ainda mais rápido com um vôo direcionado para Cosmo III, com os punhos sobrecarregados de energia roxa.
Assim que Omegan está a dez centímetros do herói, este move-se em velocidade supersônica, ficando acima do oponente com um pulo e lhe acerta uma cotovelada na nuca. Omegan cai ao chão, em um forte impacto capaz de quebrar todos os ossos de uma pessoa normal — o que, com certeza, não se aplica a Omegan —, e graças à velocidade com a qual estava, ele rola trinta metros pela rua.
— Adoro dar cotovelada na nuca! — Cosmo III diz pra si, ficando em pé, pronto pra mais um ataque. — Mas por que diacho o sistema dessa armadura ainda não reconheceu a raça desse infeliz?! — Omegan levanta-se novamente, ainda mais furioso, com seus punhos ainda mais energizados. — O cara não tem armadura nenhuma e tá inteirão. Com os golpes que acertei deu pra ver que ele não tem exatamente uma pele invulnerável. Ele diz que não tem como eu derrotá-lo, o que parece que é verdade, já que a cada vez que apanha, ao invés de perder as forças, ele fica ainda mais bravo.
Omegan avança novamente, dessa vez correndo, em alta velocidade, rosnando de raiva. Assim que chega perto de Cosmo III este lhe investe com uma rajada dos punhos, em direção diagonal, jogando Omegan para o alto, a quinhentos metros do chão. O vilão fica atordoado por alguns segundos, e quando vê que Cosmo III permanece no chão ele grita:
— EU SOU UM TITÃ, COSMO III! UM TITÃ! VOCÊ NÃO PODE ME DERROTAR!!!
— Ah... Um titã... — Cosmo III arma seus planos.
— SÓ POSSO SER DERROTADO POR MIM MESMO!!! — Omegan energiza os punhos uma vez mais, com ainda mais potência, e dos mesmos ele lança uma grande esfera roxa, de meio metro de raio. Ela voa como um cometa em velocidade supersônica na direção de Cosmo III, e este, que também tem a capacidade de atingir tal velocidade, agarra aquela esfera com as mãos energizadas, gira-a em volta do próprio corpo, descarregando sua energia nela. Quando o giro chega aos trezentos e sessenta graus, ele larga esfera de Omegan, fazendo-a voltar na direção do próprio dono, mas desta vez a energia de Cosmo III está tomando conta dela, como se a estivesse eletrificando; além disso, a velocidade da esfera dobrou.
Mal dá tempo para Omegan pensar e ele é atingido em cheio, sem chance de escapar: a energia de Cosmo III o eletrifica sem parar, atordoando-o e permitindo o seu próprio ataque de feri-lo totalmente: a esfera roxa explode no impacto e libera um gás roxo que acaba sendo inalado pelo vilão.
Omegan cai, sem força alguma, e quase sem vida. Ele cai de costas no meio da rua, e os olhos do vilão se apagam, tornando-se negros.
— Tá, e o que eu faço com esse corpo agora? — Diz Cosmo III ao ficar em pé diante do corpo de Omegan. Nisso o corpo começa a se desintegrar, até virar pó roxo. — Beleza, agora o serviço é dos garis.
— Saudações, Cosmo III! — É um amigo de Cosmo III, de estatura alta e pele verde, sem roupa alguma, já que não precisa vestir-se por não tem órgãos sexuais.
— Opa! Como foi a viagem, Esmeraldo? — Responde Cosmo III, assim que Esmeraldo pousa diante dele.
— Você deve ter visto que já recrutei o Cosmo XXXV, não?
— Bom... A informação veio, mas nem percebi... Tava lutando contra um titã.
— Um titã? Como assim?
— Ah, mais um lacaio do Markhano. Mas sem problema, agora ele é problema dos garis. Bom, agora vamos pra Cosmorian, pra falar com o Esquadrão Cosmo, mas antes preciso falar com a Hanoia. Calmaí.
Cosmo III caminha até o bar de Hanoia, que está logo adiante, ignorando todos os curiosos do local, alguns assustados, outros comemorando.
— Cê vai ficar legal? — Pergunta o herói assim que chega de encontro à Hanoia, em frente ao bar.
— Sou eu que devo fazer essa pergunta, Rodrigo...
— Bom... Aí eu não sei. Tudo é relativo... — Com um comando mental de Rodrigo uma “porta” em seu capacete se abre horizontalmente na região onde fica sua boca. Então ele abraça a serpentina e a beija. — Se cuida.
Seu capacete completa-se novamente e ele alça vôo em direção ao céu, com Esmeraldo em seu encalço. Hanoia nada diz, apenas olha para o seu amado, sem saber se vai voltar, e uma lágrima percorre por seu rosto.
— Cosmo III para todas as unidades. Encontrem-me em Cosmorian, em Mornic VII.


Em algum lugar no Universo Negativo...

Um inseto humanóide de pele marrom, seis olhos vermelhos, mandíbula exposta e grotesca, de quatro braços e duas pernas, está sentado em um grande trono formado por crânios de seres de alguma raça que provavelmente seja residente do Universo Negativo: apenas uma órbita, duas narinas minúsculas e mandíbula grande e monstruosa.
O recinto é clareado por várias esferas vermelhas fluorescentes flutuando próximas ao teto, que não é muito alto. O lugar é amplo e as paredes são compostas de pedras negras. À frente do inseto, do outro lado do lugar, desce uma escadaria de em média cinqüenta degraus, que lhe dá acesso à saída; à direita dele há uma janela quadrada, mostrando um terreno gramado — onde a grama é prateada — com algum exército de seres marchando pelo mesmo, tão longe que se parecem com formigas; e à esquerda do inseto há uma parede com um grande espelho, que ao invés de mostrar o reflexo da criatura mostra Markhano, sentado no seu trono em seu aposento.
— --O exército está quase concluso, Markhano. — Diz o inseto. — Estou usando os insetos de Sectória, esse planeta onde sou o Imperador, que têm grande agilidade e resistência, e para dar-lhes mais inteligência no combate, estou modificando-os geneticamente, substituindo suas cabeças por cópias perfeitas do maior gênio de Trâmescia, um planeta do Universo Negativo onde possui a maior inteligência dessa galáxia. — A voz do inseto é arrastada e totalmente inumana.
— Mas diga-me, General Crossonus, esses soldados, tendo a mente de outro ser, vão continuar a lhe obedecer? — Responde o imperador de Trevisia, com a voz um tanto abafada por estar “atrás” do espelho.
— Não se preocupe, Markhano, uma lavagem cerebral já foi feita. Os insetos mal perceberão que suas cabeças foram trocadas.
— E quanto ao armamento?
— Serão espadas forjadas nos meus vulcões. Totalmente resistentes e com as lâminas mais fatais que alguém poderia conhecer.
— Quer dizer que seus soldados usarão armas brancas? General Crossonus, nosso inimigo ataca com rajadas, ou seja, eles podem atacar seus soldados a quilômetros de distância, enquanto seus insetos apenas poderão lutar de perto.
— Ora Markhano, você não conhece minhas espadas. Aguarde o momento e verá como se engana.
— Muito bem, General Crossonus. Espero que esteja consciente de que eu não tolero erros.
— Estou consciente disso, Markhano. Agora com licença, preciso vistoriar meus soldados.
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:04 pm

— Ainda desconfio desse inseto... — Diz Markhano, acomodando-se em seu trono assim que o rosto do General Crossonus desaparece das chamas diante do mesmo. — Tem certeza de que ele será útil? — Às costas de Markhano está Zantrasta, em pé, mas não é com ela que o imperador conversa, e sim com aquele que está do outro lado do fogo, vestindo um colante preto e uma armadura dourada.
— Confie em mim, Markhano. Crossonus é a criatura mais vil do Universo Negativo, além de ter o exército mais imbatível de todos. — Responde o Cavaleiro Negativo.
— E diga-me, Cavaleiro Negativo... Pretende mesmo lutar com o Cavaleiro Universal aqui no Universo novamente? Tem certeza de que não será derrotado novamente?
— O Cavaleiro Universal não me derrotou, Markhano, apenas havia me transportado para o Universo Negativo, onde recuperei totalmente minhas forças em um milésimo de segundo. E provavelmente ele fará isso novamente no nosso próximo combate e estarei preparado: assim que ele me transportar pra lá eu o levarei junto, e então o destruirei de uma vez por todas!
— Ótimo... Embora talvez isso não seja preciso. Ele apenas poderá lutar se você lutar. Até lá eu já terei usado os poderes que drenei dos GingaRyuu e terei dominado Mornic!


Cosmorian, sistema Mornic VII, galáxia Mornic.

É noite no pequeno planeta verde onde apenas se vê edifícios destruídos, com a ajuda de Juna, o satélite de Cosmorian, que brilha não tanto quanto um sol, mas o suficiente.
Em um terreno vasto de chão rochoso, cercado por escombros e uma destruída torre de energia, há trinta e quatro pessoas. Provavelmente todos alienígenas por terem variadas formas: gigantes, anões, quatro braços, duas cabeças, asas, cauda, e entre outras diferenças. Mas dentre todos tem algo em comum: eles usam uma armadura quase idêntica à de Cosmo III, cada um com um número diferente no peito, que identifica cada Cosmo.
Todos conversam entre si, ansiosos para receber Cosmo III, que não demora a chegar, junto com Esmeraldo.
— Saudações, novos Cosmos! — Diz Cosmo III, assim que pousa diante de todo o Esquadrão, chamando a atenção de todos. — Antes de tudo, quero que saibam que será uma honra lutar ao lado de cada um de vocês, independente da raça de cada um, isso não importa. O que importa é que em cada um de vocês há o espírito Cosmo. Mas... Esperaí... Só estou vendo trinta e três Cosmos... Onde está o Cosmo XV?
— Muito engraçado. — Diz o Cosmo XV, o Cosmo que está mais à frente de todos, de corpo humanóide e tem um pouco menos de um metro de altura, e pelo visor, pode-se dizer que tem três olhos.
— Opa! Temos um pequenino aqui! — Diz Cosmo III, com sarcasmo, fazendo alguns dos Cosmos rir. — Prazer em vê-lo, Cosmo XV!
— Ha. Ha.
— Bom, falando sério: tamanho, no Esquadrão Cosmo, não importa. A velocidade e o poder de energia são totalmente iguais entre cada usuário, independente de sua raça e de sua força. E claro, a armadura dá a você mais força, aí sim o tamanho pode fazer diferença. E você, Cosmo XXII!
— Sim! — Responde a Cosmo XXII, uma mulher, pelo que se julga ao ver o formato do corpo, humanóide, com um grande par de asas e uma longa cauda, ambos revestidos pela armadura: a cauda com o colante preto e as asas com armadura prateada. Além de ela ter apenas um olho.
— Esqueça-se das asas quando estiver usando sua armadura, assim você chega mais rapidamente ao destino.
— Certo...
— Usou elas para vir até aqui, não?
— Bem... Sim.
— Normal. Quando peguei essa armadura eu nem sabia da visão de raio-x.
— Tem visão de raio-x??? — Espanta-se o Cosmo VII, que tem três metros de altura e corpo humanóide. Logo alguns Cosmos ficam animados com a notícia, outros, que provavelmente vêm de algum planeta mais evoluído, não acha tão interessante.
— E você, Cosmo XIII! — Chama Cosmo III.
— Sim! — Responde a Cosmo XIII, uma mulher que tem um par de chifres e uma longa cauda.
— Desejo-lhe uma boa sorte!
— Hã... Obrigada! — Responde a mulher confusa, assim como todo o resto do Esquadrão, já que Cosmo III apenas desejara “boa sorte” para ela. E após terminar o silencioso riso por dentro do capacete, Cosmo III continua:
— E onde está o, Cosmo XXIV?
— Estou aqui! — Cosmo XXIV tem quase dois metros de altura, também é humanóide e repleto de músculos, além de ter apenas um olhos.
— Hehe! Você é o Cosmo-- Haha! Cosmo XXIV?
— Sim, sou eu mesmo...
— Hahahaha... HAHAHAHAHAHAHA!!! — Cosmo III não resiste á própria piada e cai na gargalhada, forçando os braços contra o próprio estômago. — Peraí! HAHAHAHAHAHA!!! Putz... Cara... Hehehe... HAHAHAHAHAHAHA!!!
— Tranguerian era um ótimo Diretor... — Murmura Esmeraldo.
— Logo Cosmo III consegue parar de rir e volta-se para o Esquadrão Cosmo. — Muito bem pessoal, agora vamos ao que realmente interessa: vocês agora são super-heróis, prontos para combater qualquer ameaça que apareça em Mornic. E tenho uma boa notícia: há uma ótima ameaça para testar vocês, que se chama Markhano! — Alguns ficam surpresos, outros, mais informados, já esperavam pela “novidade”. — Vai haver uma guerra. Uma guerra muito feia. Vocês devem saber que Markhano, com o seu exército, destruiu o Esquadrão Cosmo anterior. Agora nós temos alguns aliados, como o que sobrou do C.E.U. Não tenho muita esperança de que conseguiremos vencer, mas não estou disposto a cruzar os braços e deixar Mornic à própria sorte. Então contarei com cada um de vocês quando eu os convocar para essa guerra. Usem toda sua força, toda vontade, coragem, seu espírito de combate... Porque agora o bicho vai pegar!
— Yeaaah!!! — Todos gritam, concordando com cada palavra de Cosmo III. Quando tudo se silencia, Cosmo III diz:
— Cosmo XXX, pare de tentar usar a visão de raio-x nas mulheres: nossas armaduras têm proteção contra raio-x.

Continua...


General Crossonus: Esse insetóide do Universo Negativo, como devem ter notado, foi inspirado no Aniquilador, da Marvel. E aí vai o seu micro:
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] GeneralCrossonus

E é com orgulho, senhoras e senhores, que lhes apresento o... Esquadrão Cosmo!
Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoI Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoIII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoIV Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoV Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoVI Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoVII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoVIII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoIX Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoX Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXI Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXIII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXIV Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXV Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXVI Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXVII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXVIII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXIX Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXX Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXI Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXIII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXIV Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXV Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXVI Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXVII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXVIII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXIX Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXX Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXXI Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXXII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXXIII Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXXIV Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] CosmoXXXV

Agora quero que me digam:
1) Qual é o Cosmo mais legal?
2) Qual é o Cosmo mais feio?
3) Qual é o Cosmo mais tosco?
4) Qual é o Cosmo mais cômico?
5) Qual é o Cosmo que deve ter me dado mais trabalho?

A M Comics agradece a atenção de todos. Laughing
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:05 pm

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Capítulo III
A Investida contra Markhano



Anteriormente...
Tudo está pronto para efetuar a investida contra Markhano agora que o Esquadrão Cosmo está completo. Porém, o que os nossos heróis ainda não sabem, é que o Cavaleiro Negativo, contraparte do Cavaleiro Universal, está em Trevisia, unindo forças com Markhano. E como se isso não fosse o bastante, Markhano tem uma aliança com o General Crossonus, um insetóide imperador de um planeta situado no Universo Negativo, que criou um exército para combater ao lado do imperador trevisiano.


Ax, sistema Mornic V, galáxia Mornic.

Rodrigo, Esmeraldo, Tiro, Moe, Max, Janira e Sargento Gallassen estão reunidos e uma pequena sala de reunião provisória no interior do Castelo Imperial Axano, enquanto os Soldados C.E.U. estão em repouso no dormitório que fica logo no piso inferior. Eles estão sentados em volta de uma mesa, conversando sobre o combate que está por vir.
— Bom... Não há muito que dizer... — Diz Rodrigo, tentando dialogar. — Estou muito grato por vocês estarem comigo nessa, afinal, não sabemos se sairemos vitoriosos ou até mesmo se sairemos vivos.
— Relaxa, Cara... — Diz Tiro. — Não sabe a honra que é lutar ao seu lado, para livrar Mornic dessa desgraça. Só por isso, se eu morrer, morrerei com orgulho. Não há uma forma de morrer melhor que essa.
— Concordo com o que Tiro diz. — Diz Janira. — Tudo bem que entrei nessa por vingança, mas... Lutar junto com o Esquadrão Cosmo é um sonho pra mim! Se bem que... na verdade... Meu sonho, desde criança, era me tornar uma Cosmo.
— Acho que se aplica a praticamente todos os Soldados C.E.U. — Diz o Sargento Gallassen, sorrindo. — Eu mesmo havia sido chamado, inclusive, mas como eu já fazia parte do C.E.U., não pude aceitar.
— Valeu mesmo, galera... — Responde Rodrigo, tímido. E assim, um silêncio se prossegue, até ser quebrado por Max:
— Sabe... Se eu sobreviver... Quero voltar pra casa... Sei lá, não tenho mais vontade de ser guarda daquele depósito depois do que passei com vocês. Quero é voltar pra casa, ficar com a minha mãe, que com certeza estará orgulhosa de mim. E... sei lá, vou fazer algo pra minha cidade, fazer alguma diferença lá.
— Sei como é. — Diz Tiro. — Quando tudo acabar, quero deixar de ser mercenário. Quem sabe eu encontre um trabalho de verdade, construa uma família... Algo do tipo.
— Construir uma família... Isso é legal, sabe. — Diz Moe. — Em Mander, essa é, tipo, a maior razão de todos existirem. Lá nós sempre procuramos por alguma pessoa com quem viver pelo resto da vida, acima de tudo. E acho que vou fazer isso e largar o depósito, como o Max.
— E você, Rodrigo? — Diz Tiro. — Tem alguém te esperando em Surioh, não é?
— É... hehe... Eu vou mesmo me casar... — A frase anima a todos na mesa, que riem e festejam. Mas Janira logo lembra-se dos últimos acontecimentos dramáticos pelos quais passou, e seu sorriso some por completo do rosto. Percebendo isso, Gallassen põe a mão em seu ombro e diz:
— Sei como se sente, Cabo... Não que eu tenha passado exatamente pelo o que você passou, mas... Eu era casado quando me tornei um Soldado C.E.U. e apenas falava com a minha esposa uma vez por ano. E tudo piorou quando me tornei Sargento, o que me levou ao divórcio. O que você deve fazer é... seguir com sua vida adiante, esquecer o passado. Você faz parte do C.E.U., essas coisas acontecem, não há como evitar.
Janira não responde, apenas sorri agradecida para Gallassen, e os dois votam sua atenção para o resto da mesa.

Na manhã seguinte...

Os heróis que se encontravam no interior do Castelo Imperial Axano agora estão sobrevoando o céu, em direção ao Planeta Trevisia. Quase todos voam, exceto Tiro, Moe e Max, que usam suas espaçonaves. Cosmo III vai à frente, com Janira e Sargento Gallassen ao seu lado.
— E o Esquadrão Cosmo? Não vai convocá-los? — Pergunta Janira.
— Não se preocupe, estão a caminho e prontos para aparecerem na hora certa. — Responde Cosmo III.

Logo todos chegam em Trevisia, nos arredores do castelo de Markhano, onde o mesmo encontra-se diante dos portões, já esperando pelos visitantes. E estes param no ar, acima das montanhas que tem em volta do terreno do castelo, mas Tiro, Moe e Max, que usam espaçonaves, pousam com as mesmas nas montanhas e desembarcam.
— SEJAM BEM VINDOS! — Grita Markhano, com um sorriso vitorioso. — NÃO VIA A HORA DE VER VOCÊS! PRINCIPALMENTE VOCÊ, COSMO III!
— F###-SE VOCÊ E SEU FALATÓRIO CHATO, MARKHANO! — Diz Cosmo III, sem paciência para tolerar o oponente. — ESSE SERÁ O NOSSO ÚLTIMO ENCONTRO! E NÃO VENHA DIZER QUE É MEU PAI! — Tanto Markhano quanto os companheiros de Cosmo III não entendem o que ele quis dizer, e assim o vilão continua:
— NÃO TENTE ME FERIR COM SUAS FRASES SEM SENTIDO, COSMO III! E JÁ QUE VOCÊ QUER IR DIRETO AO PONTO... CONHEÇA O MEU MAIS NOVO EXÉRCITO... O EXÉRCITO NEGATIVO!!!
Com essas palavras, várias criaturas, todas idênticas, surgem dos portões do castelo, correndo com duas espadas em mãos. São monstros humanóides de corpo de inseto, pele laranja e com uma cabeça que não parece ter nascido nesse mesmo corpo, sendo mais aparente à de um humano do que de um inseto. E no fio de suas espadas há uma luz esverdeada.
Após todo o Exército Negativo sair do castelo aparece o General Crossonus, segurando uma espada em cada mão — ou seja, quatro espadas —, mas estas, ao invés de terem uma luz verde no fio, têm uma luz vermelha.
— São muitos... — Diz Sargento Gallassen.
— São quase cem Soldados C.E.U., mais trinta e cinco Cosmo... E eles são... Um exército! — Diz Janira. — Deve ter mil ali! Cosmo III--
— Está tudo bem. — Diz Cosmo III. — Eles têm armas brancas, só atacam de perto, e nós podemos atacar à distância.
— Mas tem algo diferente naquelas espadas. — Janira volta a dizer. — Consegue identificar?
— Peraí. — Cosmo III analisa as espadas com o sistema de sua armadura e então diz: — Xiiii... Laser cósmico de anti-matéria... Eles podem atacar de longe. Saco.
— O que eles estão falando? — Pergunta Tiro, que está sobre uma montanha abaixo de Cosmo III e dos Soldados C.E.U., junto com Max e Moe.
— Eles dizem que os insetos são piores do que parecem. — Diz Max. — E que estamos ferrados.
— Seja lá o que for... Não vão me ferir! — Diz Moe.
— E ENTÃO, COMSO III? PRONTO PARA DESISTIR? — Grita Markhano, cansado de esperar.
— DESCULPE A DEMORA, MARKHANO! — Responde Cosmo III. — SÓ ESTAVA AQUECENDO O FRANGO! — Então Cosmo III usa o comunicador de sua armadura. — Cosmo III para todas as unidades. É agora que o bicho pega!
Respondendo ao comando de Cosmo III surge do céu, em uma velocidade supersônica, trinta e quatro Cosmos, investindo ataques com poderosas rajadas de energia verde que acaba por destruir, no máximo, oitenta criaturas do Exército Negativo, que foram pegas de surpresa. E assim o combate se inicia.
— Moe! Max! Pequem o marrom de quatro braços! — Diz Cosmo III. — Mas tomem cuidado!
— Pode deixar! — Diz Moe.
— É isso aí, Noah! O chefão é pra nós!
— É Moe!
Os Soldados C.E.U. atacam usando a mesma estratégia do Esquadrão Cosmo: rajadas cósmicas, capazes de destruir dois ou três soldados negativos de uma vez. E estes não deixam de investir seus ataques: eles cortam o ar com suas espadas, fazendo a luz no fio da mesma emitir uma energia em forma de lâmina que voa velozmente, cortando qualquer coisa que vê pela frente. O ataque tem poder força suficiente para trincar a armadura dos Soldados C.E.U., mas contra a armadura que protege o Esquadrão Cosmo não funciona perfeitamente: apenas acaba por atordoar as suas vítimas, o que deixa Markhano furioso:
— Eu falei a você, General Crossonus! Seus soldados não estão ajudando em nada!
— Não fui informado dessas armaduras! Mas ao menos os azuis não têm armaduras muito resistentes! — Diz o General Crossonus, logo atrás de Markhano, cheio de preocupação. Nisso, algo atinge o líder insetóide pela sua esquerda em cheio, pegando-o de surpresa e jogando-o para longe de Markhano. Este olha de sobressalto para o General Crossonus e vê que fora atacado por dois seres de raças diferentes, e diz:
— Tsc! Ele que morra!

— Seus brutamontes escrotos! — General Crossonus xinga Max e Moe, que estão parados em sua frente. Ele põe-se em posição de ataque, com as suas quatro espadas.
Max avança correndo, rosnando e olhando furiosamente nos olhos de seu oponente. Este, assim que Max chega perto, desfere um golpe com as espadas nas mãos direitas, mas acaba por errar: Max rola pelo chão, passando por entre as pernas do monstro. General Crossonus vira-se, pronto para desferir um golpe mortal que dará um fim na luta, porém, ele se esquecera de Moe, que lhe acerta uma imensa pancada na cabeça com seu punho direito, com toda a força, e o General Crossonus fica totalmente atordoado, mas não o suficiente para errar o seguinte golpe: ele vira-se habilmente e acerta com uma das espadas no peito de Moe.
— Hah!!! Te peguei, brutamontes desprezível!
— Você... — Moe olha para o peito, pasmo. — Rasgou a minha camisa!
— O que--? — General Crossonus então nota que a única coisa que fizera foi ter cortado a camisa de Moe, sem causar nenhum ferimento. — Mas que-- — Desprevenido, Max salta e acerta um soco na cabeça do insetóide. Este vira-se, furioso e leva um golpe igual, mas pelo Moe, o que deixa Crossonus ainda mais atordoado.

No alto, Cosmo III está parado e assistindo a guerra se expandir. Aos poucos, Soldados C.E.U. precisam parar para descansar e cuidar dos ferimentos, mas o Esquadrão Cosmo está todo em pé, esquivando-se da maioria dos golpes do inimigo, e acertando grande parte de suas investidas.
O inimigo ainda está em maior número, a mesa está prestes a ser virada perfeitamente e em pouco tempo, fato que era inacreditável antes da batalha começar.
A cada minuto o chão ganha sangue azul e corpos de insetos. Às vezes um Soldado C.E.U. ou um Cosmo cai, mas se levanta em seguida e parte para atacar novamente, e dos Soldados Negativos, os que caem, são pra morrer, pois não usam armadura alma, e suas carapaças não são fortes os suficiente, até mesmo para Tiro, que usa suas pistolas. Até que finalmente sobra apenas Markhano e General Crossonus. E por falar no General Crossonus...
— Já chega! — O líder insetóide levanta-se atordoado, sem um dos braços e olhos jorrando sangue azul. — Não saio mais do Universo Negativo! — E assim, um estranho vórtice azulado surge em volta dele, sugando-o para dentro, até fazê-lo desaparecer, e em seguida o vórtice desaparece.
— Maldito seja, General Crossonus! — Esbraveja Markhano. E então ele olha para os seus inimigos espalhados pelo terreno de seu castelo, alguns estão flutuando no ar enquanto outros estão no chão, prontos para atacar ou feridos demais para continuar. — ACHAM QUE ME VENCERAM? VOCÊS AINDA NEM CHEGARAM PERTO D SUA VITÓRIA! POIS EU TENHO UMA SURPRESA PRA VOCÊS!
— Era o que eu temia... — Diz Cosmo III, desanimando-se.
Markhano serra os punhos, fecha os olhos para concentrar toda a sua energia, e eis que uma estranha aura surge em sua volta, com as cores laranja, vermelho e roxo. Em seguida, essa aura junta-se ao corpo de Markhano, transformando-se em uma armadura laranja com detalhes em vermelho e roxo, uma capa roxa, um colante preto, o símbolo em forma de uma cabeça de dragão na testa e no peito um “M” igual ao que o Markhano tem tatuado.*

Continua...

A armadura de Markhano vem com o seu “M” no peito, sem falar na capa, que não há nos outros GingaRyuu: isso seria revelado numa fic onde estaria a origem dos GingaRyuu, mas pra não termos de esperar, vou esclarecer que cada GingaRyuu, na sua primeira transformação, meio que manipula a formação da armadura (senão, obviamente, seriam todos iguais).

E tem dois micros aí. Um soldado negativo e o Markhano com sua armadura de GingaRyuu:
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Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04] Empty Re: Conflito Cósmico - O Último Combate [Cap.04]

Mensagem por Morlun, o Milenar Sex Dez 26, 2008 8:05 pm

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Capítulo IV
O Guerreiro Constelar



Anteriormente...
O Esquadrão Cosmo está completo, nada mais falta para invadir Trevisia e por um fim em Markhano e seus planos malignos. Sendo assim, Cosmo III lidera o ataque que a princípio parecia perdido, devido ao Exército Negativo de Markhano, porém o jogo vira da melhor forma, já que os soldados negativos não estavam preparados para o oponente.
Mas, quando a vitória parecia ganha, Markhano dá sua última cartada: usa os poderes que tomou dos GingaRyuu, o que parece deixá-lo mais poderoso do que nunca.


Os Soldados C.E.U. e o Esquadrão Cosmo investem seus mais poderosos ataques contra Markhano, em vão, já que Markhano está usando o poder de três GingaRyuu de uma só vez, o que o torna praticamente invencível. E os seus ataques podem não causar dano algum nos Cosmos, já que suas armaduras são indestrutíveis, mas consegue feri-los gravemente. E a armadura do C.E.U. não é párea para os ataques do poderoso vilão.
Markhano poderia ter vários poderes, mas ele apenas usa o de Kasai, lançando poderosas bolas de fogo, gargalhando.
Cosmo III surpreende Markhano pelas costas, desferindo-lhe um soco na nuca. O vilão rapidamente se vira, como se não tivesse sentido dor alguma, e diz:
— Aí está você, Cosmo III! — E então ele também desfere um soco, que joga Cosmo III ao pé de uma montanha, um pouco longe da batalha, e então Esmeraldo, com alguns ferimentos pelo corpo, se aproxima dele, dizendo:
— Não temos chance, Cosmo III! Ele tem o poder dos GingaRyuu, e eles eram os seres mais poderosos de Mornic!
— Não sei, Esmeraldo... — Diz Cosmo III. — Ele não está tão poderoso quanto devia.
— Como é?
— O soco que ele me deu... Tem a mesma força que qualquer soco que eu tenha dado, não tem a força de Gun. Mas-- Espere! — Cosmo III analisa a armadura de Markhano. — Laranja, roxo e vermelho...? Laranja, roxo e vermelho?!
— O que foi?
— Ele não tem as cores verde e azul, que seriam de Gun e Sukai!
— É verdade...!
— Será que...? — Cosmo III usa sua visão de raio-x nas montanhas à volta e vê uma espaçonave enterrada do outro lado do campo de batalha. — A espaçonave dos GingaRyuu! E de acordo com os sistemas dela, eles chegaram faz poucos dias!
— Impossível, eles morreram há anos!
— Esmeraldo... Eu e Markhano também “morremos” há anos! Agora... — Cosmo III usa sua visão de raio-x no castelo de Markhano, e no seu interior, a metros abaixo do chão, ele encontra três pessoas em coma no meio das masmorras, onde há vários trevisianos moribundos. E o principal, é que essas pessoas são terráqueas. — --Taqueopariu!
— O que--?
— Esmeraldo, vem comigo! — Cosmo III atravessa o campo de batalha voando com toda a sua velocidade, com Esmerando em seu encalço, até que eles chegam junto de Moe, Max e Tiro. O primeiro está sentado, com suas roupas um pouco rasgadas; Max está do mesmo estado; e Tiro não enfrentara Markhano, já que não tem a mesma força dos outros dois. — Pessoal, é o seguinte! Vocês quatro precisam entrar no castelo e descer até as masmorras! Tem três GingaRyuu lá dentro!
— Como é? — Espanta-se Tiro.
— Não estavam mortos? — Diz Max.
— Não dá pra explicar agora, principalmente porque não sei como isso é possível. — Continua Cosmo III. — Mas vocês precisam entrar lá e tirar eles de lá. Eles devem saber como recuperar os poderes. Agora vão!
E assim, Esmeraldo, Max, Moe e Tiro correm em direção aos portões do castelo de Markhano, e Cosmo III se prepara para ajudar na luta contra o terrível trevisiano, quando Janira cai do seu lado, sem o visor que compõe sua armadura, e com partes da mesma rachadas.
— Janira! Você está bem? — Cosmo III ajuda a parceira a se sentar.
— A-acho que sim. — Diz Janira, com as mãos no peio, onde o dano na armadura parece ser maior. — Não temos chance alguma contra ele... Ele realmente ficou poderoso e indestrutível.
— Não se preocupe... Acho que encontrei a solução para o problema. Só precisamos manter Markhano ocupado. Agora descanse um pouco.

Esmeraldo, Tiro, Moe e Max descem por uma longa escada em espiral no interior do castelo de Markhano, em direção às masmorras. Moe e Max estão logo atrás dos outros dois, e assim que a escadaria termina, dando lugar ao um longo corredor repleto de celas, os passos de Moe fazem o lugar todo tremer.
— Tome cuidado, Noah! Você ainda vai nos matar! — Diz Max.
— Eu já disse: meu nome é MOE!!! — Assim que Moe termina a frase o chão sob seus pés desaba, levando-o a cair no piso inferior, juntamente com Max.
— Seu estúpido! — Max se levanta e se afasta dos escombros.
— Não tenho culpa se você é tão pesado, Max! — Diz Moe, se levantando e tirando a poeira de suas roupas.
— Eu sou pesado?!
— Tudo bem aí em baixo? — Pergunta Tiro, olhando pelo buraco causado por Moe, assim como Esmeraldo.
— Tudo certo! — Diz Max. — Vão seguindo por cima, e eu e o Noah--
— Moe! — Moe interrompe Max, mas este finge não ter ouvido:
— --Eu e o Noah vamos por baixo! Quem chegar primeiro ganha!
— Certo! — Diz Esmeraldo, revirando os olhos. — Boa sorte!
E assim, os quatro seguem a sugestão de Max e continuam avançando. E mais adiante Max pára repentinamente, e Moe, que estava logo atrás dele, acaba por se chocar no companheiro e os dois caem no chão, fazendo tudo tremer ainda mais que os passos do grande manderiano.
— Olha por onde anda, Noah! — Diz Max, enquanto Moe sai de cima dele.
— Ora, Max! Por que parou?!
— Porque sinto o cheiro... deles! — Max se levanta e se põe em posição de ataque.
— Ah, não... De novo?! — Nesse instante, algo invisível atinge no braço de Moe, causando um corte na sua roupa, mas sem causar nenhum arranhão nele. — Pois é, são os zergrinos! — Então Moe, antes que o zergrino que lhe atacara escape, o agarra com o punho direito e o espreme, até fazê-lo ficar visível e ser morto.
— Não estou com paciência pra eles agora! — Diz Max, matando outros zergrinos com murros, fazendo-os ficar visíveis.
— Deixa comigo, Max! — E então, Moe começa a socar o chão com toda a força, causando um grande terremoto que faz o teto desabar, esmagando qualquer zergrino por perto.
— Ai! Minhas costas! — Max sai de baixo dos escombros, com as mãos nas costas. Logo ele curva seu tronco para trás, fazendo seus ossos estalarem e então volta á posição normal e diz: — Ufa! Melhorou!
— E então, o que diz? — Diz Moe, saindo de baixo dos escombros e orgulhoso.
— Que ainda bem que estamos no último piso! Agora vamos!

Esmeraldo e Tiro já estão bem à frente de Moe e Max. Ignoraram o terremoto que houve a pouco, já imaginando a sua causa.
— Isso parece que nunca vai acabar! — Diz Tiro.
— O pior é passar por essas celas e ver esses prisioneiros! — Diz Esmeraldo. — Garanto que eles não cometeram crime algum!
— Sem falar no fedor--! — As palavras de Tiro são interrompidas assim que uma parede invisível bloqueia os dois, levando-os ao chão. Eles se levantam e umas vozes lhe vêm às suas costas:
— Pois você passará a eternidade sentindo o cheiro do seu cadáver! — Assim que os dois se viram se deparam com uma mulher toda enrugada, vestida de vermelho.
— Quem é você? — Indaga Tiro. Nisso, Esmeraldo responde:
— Zantrasta. A “bruxa pessoal” de Markhano.
— Cale-se, seu homúnculo estúpido! — Zantrasta, sorrindo maleficamente, estende a mão em direção ao Esmeraldo, e o corpo do mesmo começa a brilhar, causando-lhe dor.
— AAAAAAAAAAAARRGH! TIRO!!! ME AJUDE--! — Não há tempo de fazer nada: Esmeraldo explode, transformando-se em pó verde, que se espalha por todo o lugar, e Tiro vê aquilo horrorizado.
— E-Esmeraldo... Sua maldita! — Tiro saca suas pistolas e as aponta na direção da bruxa, mas antes de apertar o gatilho elas são petrificadas, perdendo toda a serventia.
— Peguem-no. Façam o que quiser. — Diz Zantrasta, dando as costas para Tiro e retirando-se do local. Então Tiro vê que às suas costas há cinco trevisianos, vestidos com armaduras de ferro e armados com machados.
— Certo... — Tiro larga as pistolas e se põe em posição de ataque assim que os trevisianos o cercam. Em seguida ele é surpreendido por um hábil chute nas costas que o leva ao chão. Ele rapidamente tenta se levantar, mas um outro trevisiano o segura com o pé pelas costas e ergue o machado para dar-lhe um golpe mortal.
A força do oponente é tamanha, não há como se levantar. Tiro vê sua vida toda passar diante de seus olhos. Ele vê todos os amigos que deixara em Qüiran. Ele vê que esse é o fim de sua jornada.
Porém, algo inesperado acontece. Ele sente um calor se espalhar por seu corpo e logo o mesmo emite uma luz branca, que clareia todo o lugar e derruba os trevisianos, que ficam desacordados.
Tiro se levanta e agora está vestindo uma armadura metálica, cuja cor é indescritível, mas tem o brilho das estrelas, e o seu sobretudo torna-se uma capa preta.
— Está na hora de por um fim nisso... Ou não me chamo Guerreiro Constelar!

Continua...


E aí vai o micro do Guerreiro Constelar e uma versão do mesmo que fiz sem a “capa”:
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