[OFICIAL] Poesias

posta aquela que você me passou.

Bom, tenho duas poesias aqui.
A primêra escrevi enquanto tava de plantão aqui na empresa e a outra é mais recente e escrevi em casa. Basicamente, são coisas que me saem da cabeça quando começo a falar sozinho.
Aí vai:


Palavras de Plantão
Por Danilo Fasolo

Minha calça e meus tênis estão sujos.
Minha camiseta está velha.
Meu crucifixo balança em meu peito.
Meu nariz escorre como uma torneira com defeito.
E eu aqui,
Trancado nesse lugar cavernoso.
Ouvindo música alta,
Fazendo gestos de guitarra
Acompanhando as músicas.
Não sei se saio correndo daqui,
Se sento no chão e tiro um cochilo,
Ou se arranjo uma rolha para pôr no meu nariz.
Mas sei de uma coisa:
É muito sofrimento tudo isso.

No computador toca "Thriller", do Michael Jackson.
O ar condicionado está nos vinte e seis graus Celsius.
Quase ouço o "tic-tac" do meu relógio de pulso
Repousado sobre a mesa.
E a gargalhada do final do "Thriller" caçoa de mim,
Como se eu fosse um otário
Largado nesta sala, como se todos me odiassem.
Mas eu sei que nem todos me odeiam.
Eu sei que tem alguém que me ama.
E quando eu encontrar esse alguém,
Eu juro a mim mesmo,
Pela minha própria vida,
Que será um momento inesquecível.

Eu amo pizza!

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Estou Cansado
Por Danilo Fasolo

Estou cansado para fazer qualquer coisa.
Mas quero que saiba
Que foi bom estar aqui com você
Apesar de tudo,
Apesar de qualquer coisa.

Mesmo que tudo tenha sido simples,
Mesmo que tudo tenha sido em vão,
Mesmo que tudo tenha ficado em preto e branco,
Eu fiquei satisfeito,
Seja lá o que for isso que você concedeu.
Pode ter sido amor,
Pode ter sido prazer,
Pode ter sido qualquer coisa desse gênero,
De qualquer forma, me satisfez,
Me transformou em outra pessoa.

Mas apesar de tudo,
Eu estou cansado.
Já não há mais o que fazer.
Não tenho culpa,
Nunca tive.
Também não é sua culpa,
Nunca foi.
Mas mesmo assim,
De certo modo,
É por sua causa.

É agora que nos despedimos,
Mas posso ficar caso você queira.
Pode haver complicações ao amanhecer, você sabe,
E espero que você tome consciência
De que você será responsável.
Pois nós dois podemos sofrer,
Poderemos ser separados um do outro,
Até sabe Deus quando.
Longe de mim desejar que isso aconteça entre nós.

Eu estou cansado.
Venha de uma vez para os meus braços,
E que amanheça de uma vez
E que aconteça o que tenha que acontecer.

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Eu particularmente achei esse último mais engraçado.

O primêro é tosco. XD Por isso preferi o segundo. XD

Brigado, Tebh! \o/

Interessante o desenrolar das cenas nos dois poemas, gostei, bastante realistas... Parabéns. Como essa é a pasta onde sempre postava, acredito que ficarei por aqui mesmo, então vai:

Caminhos

Percorri essas ruas
Recolhendo nas pedras do chão meus pedaços,
Percorri a desgraça e a dor
Como um fato posterior
Ao de me perder em seus braços.
Explorei esquinas tantas
Onde se escondiam os meus desesperos
Observei a chuva desenhar nas paredes brancas, encharcadas,
Meus pesadelos.
Matei meu eu interior,
Afoguei então meu ego,
E encontrei em um beco sombrio
O silenciar das minhas vontades e o sossego.
Como se não bastasse
Encontrei na ausência de sentidos
Minha luz, meu porto seguro
E descobri que atrás de um muro
Mal importariam essências e felicidades.
Percorri as ruas da cidade
Até perder sentidos e visões,
Percorri milhares de ilusões
Até poder ser certa e estar sozinha.

****************************************************
Alguém para amar.

Busco com uma urgência silenciosa
Alguém que esteja além da minha cama
Além de uma noite apenas.
Aquela cujos olhos virão cheios de emoções
E de segredos mil para contar,
Busco alguém que já não queira ser usada,
Alguém para amar.
Chamo baixinho
Aquela cujas mãos se entrelaçarão nas minhas
Só pedindo amor em troca,
Aquela cujos beijos me farão sentir não estar morta.
Rezo, declamando preces,
Que venha e que prove o quanto me merece.
Busco aquela que me espera,
Em noites frias, tempestuosas
Ou em doces primaveras,
Aquela cuja alma de desejos está repleta,
Aquela que distante me alimenta e me completa.
Busco, pois já não posso estar parada a esperar,
Já não posso confundir o meu olhar
Com os azuis vazios do inverno.
Exploro com o tato cego
As mãos do anjo que me vai roubar o fôlego
A alma sã que me vai tirar do inferno,
Dessas bocas tantas borradas em mim
Desses corpos espalhados em minha cama,
Dessas noites que não quero
Desse nó em minha garganta.

(A Tebh vai entender )


Aliás, vocês estão de parabéns hein!!! Adorei!

Obrigado aos elogios, Aredhel e faye.
A quanto a suas poesias, Aredhel, estão ótimas, principalmente a primeira.

E agora eu devria postar uma outra poesia que escrevi, mas acho que não... Melhor uma otra hora.

Ahh, o que é isso caro Morlun! Poste sim, o máximo que pode acontecer é monopolizarmos o tópico... rsrsrsrsrsrsrs.... mas sério mesmo, em termos de poesias é bom que aprendamos uns com os outros, absorvamos um pouco dos outros estilos, gostei do seu estilo.
E a Faye? Não vai deixar uma aqui para nosso deleite?
Abraço a todos.

Aredhel Oronar escreveu:Ahh, o que é isso caro Morlun! Poste sim, o máximo que pode acontecer é monopolizarmos o tópico... rsrsrsrsrsrsrs.... mas sério mesmo, em termos de poesias é bom que aprendamos uns com os outros, absorvamos um pouco dos outros estilos, gostei do seu estilo.
E a Faye? Não vai deixar uma aqui para nosso deleite?
Abraço a todos.

Você é muito boa nisso mesmo, parabéns!

E de nada gente!
Então, eu tenho algumas poesias guardadas no cd de backup do meu outro HD, vou dar uma olhada e selecionar algumas pra trazer aqui. A única poesia que eu tenho nesse pc novo aqui é uma versão da estória da chapeuzinho vermelho , mas promíscua. Só mostrei pra Vampira, tenho vergonha.

Aredhel e Morlun, mandando bem pra caramba! Parabéns aos dois e parabéns por movimentarem este tópico.
A Faye escreve bem pra caramba, não deveria nunca ter medo de postar o que escreve.
Vou estar aguardando as novidades!

hmm... olha ... legal esse tópico... depois vou postar alguma coisa aqui... mas só valem poesias de autoria própria?

Aredhel Oronar escreveu:Ahh, o que é isso caro Morlun! Poste sim, o máximo que pode acontecer é monopolizarmos o tópico... rsrsrsrsrsrsrs.... mas sério mesmo, em termos de poesias é bom que aprendamos uns com os outros, absorvamos um pouco dos outros estilos, gostei do seu estilo.
E a Faye? Não vai deixar uma aqui para nosso deleite?
Abraço a todos.

Sei não, hein.
Bom, vô postá. E eu é que não quero ouvi reclamação.
É o seguinte: escrevi essa em casa, tarde da noite e tava frio, mas praticamente tudo aí é fictício, ok?

Sem Sono
Por Danilo Fasolo

Eu devia estar dormindo,
Mas estou sem sono.
Eu devia estar escrevendo,
Mas estou sem imaginação.
Eu devia estar amando,
Mas estou sem tesão.
Tudo está esquisito aqui,
Todo está diferente,
Tudo parece estar fora do lugar.
Acho que eu não deveria estar aqui.
Quem sabe eu deveria estar comendo,
Bebendo café batido,
Mas é muito tarde para beber café,
Eu posso ter vários problemas
Se beber café a essa hora.
E amanhã é segunda,
Terei de levantar cedo,
Por tanto eu já deveria estar dormindo,
Mas estou sem sono.
E está frio aqui.
A solução é se enfiar em baixo das cobertas
E se masturbar com a mão esquerda.


Se alguém achou isso muito besterento é porque não conheceu Marasmo.
E em breve posso acabar escrevendo algo mais, depois de voltar da viagem que estou tendo agora.

Ótimo Morlun!!! Principalmente seu desfecho, por ter sido imprevisível talvez. Se fosse te enquadrar em algum período literário descobri que seria no realismo possivelmente. rsrs.

Vampira, Mr. Black e Faye, muito grata aos comentários! Se fizerem isso vou me sentir a vontade e vão enjoar de verem poesias minhas aqui! A propósito, desculpem ter me esquecido de passar no tópico de apresentação, farei isso agora mesmo.

Bem, fiquei curiosa para ver algo da Faye e comprovar a verassidade do comentário do Mr. Black.
E espero que a Vampira nos deixe aqui sua face poetiza também.
Abraço a todos.

rsrs... ah que pena, cortou o meu barato! Hora, não é bom reviver a adolescência de vez em quando? Porque não tenta? Estamos entre amigos hora! rs

Bem, como o Morlun postou outra, não vou me inibir... aí vai:

O que agora faço

Eu me divirto
À custa de alguns sentimentos
E me deleito
À custa de alguns lamentos
Graças à dor é que sempre me alimento
Maldita sou, perdida em meus pensamentos,
De como será, mentir, enganar
Usar as fraquezas,
Me sobressaltar
Quando alguém chora,
Farta observo
Por não ser a única.
Alimento meu ego,
Me perdi em meio a tanto desespero
Mudei o meu rosto, a cor do cabelo,
Já não sou a mesma
Unida por pedaços,
E despedaçar é tudo o que faço.

rsrs, você foi gostar logo da minha fase Schopenhauer e Nietzshe? Maravilha, sinal de que devo continuar assim, pessimista e carrancuda... rsrsrs (brincadeira). Muito obrigada de qualquer forma.
E quem sabe um dia você poste algo aqui, em um momento de embriaguês, onde te surja muita vontade, aí mato a curiosidade.. XD
Abraço.

Obrigado moças! (Tá vendo Tebh? Café batido ajuda! )

E a sua poesia está ótima, Aredhel! Tão bom quanto as duas primeiras!
Você tem um bom talento, hein!

Hora Morlun, muito obrigada!!
E Vaimpira, ou não bebe muito ou é dura na queda, pq em 25 anos manter-se "sóbria"... uau... rsrs
Pelo seu comentário posso concluir que ando então numa fase mais humana, que bom, menos mal. rs

Morlun, me ajude, poste outra para lermos e ajudar a não inibir as demais postagens, dá muita vontade mesmo de postar aqui, mas não quero ser cara de pau agora, prefiro esperar um pouquinho mais.

Abraço a todos!