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Mensagem por Kid Krypton Dom maio 15, 2011 10:54 am

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Sangue Quente: uma nova visão dos zumbis

R é um zumbi, tentando se adaptar a essa nova vida, ou morte, ele não sabe muito bem como são as regras. R não sabe quem foi e como chegou até aqui, mas gostaria de pelo menos lembrar o seu nome. Durante uma caçada pelas ruínas de uma cidade qualquer, R começa a ter flashes das lembranças de um dos “pratos” de seu banquete, e encontra Julie, uma garota que ele sabe que precisa proteger, mas por quê? Quem é essa garota? Por que ela é diferente das outras presas?

Em Sangue Quente, Isaac Marion apresenta um mundo pós-apocalíptico, em que homens e zumbis precisam sobreviver, cada um a sua maneira. O que aconteceu com as pessoas? Vírus? Maldição? Em meio a essa atmosfera de mistério, destruição e carnificina, nasce um estranho sentimento, e não se trata de fome. Será que pode existir atração entre um zumbi e uma humana?

Sangue Quente chega às livrarias de 11 países simultaneamente, no Brasil sendo publicado pela editora LeYa. E muito em breve, se o mundo não acabar, o filme baseado nessa obra chegará aos cinemas em 2012, dirigido por Jonathan Levine e produzido pela Summit Entertainment. Entre os atores escalados estão Teresa Palmer como Julie e Nicholas Hoult interpretando R.

O livro tem 256 páginas, no formato 16 x 23 cm, ao preço sugerido de R$ 34,90.

Isaac Marion nasceu noroeste de Washington, em 1981, e morou a vida inteira nos arredores de Seattle, onde trabalhou como instalador de dutos de aquecimento, segurança de estações de energia e em empregos estranhos, como entregador de leitos de morte para pacientes de hospício e supervisor de visitas de pais em orfanatos. Ele não é casado, não tem filhos, não fez faculdade e nem ganhou prêmios. Sangue Quente é seu primeiro romance e foi vendido para diversos países.

A LeYa nasceu em Portugal, em janeiro de 2008, como empresa holding na qual se integram algumas das mais prestigiadas editoras nacionais e duas das mais bem-sucedidas editoras africanas. Compõem a LeYa as seguintes editoras: ASA, Caderno, Caminho, Casa das Letras, Dom Quixote, Estrela Polar, Gailivro, Livros d´Hoje, Lua de Papel, Ndjira (Moçambique), Nova Gaia, Nzila (Angola), Oceanos, Oficina do Livro, Quinta Essência, Sebenta, Teorema e Texto. A força destas marcas e a qualidade do que produzem, aliada aos objetivos ambiciosos e à dinâmica de grupo, fazem da LeYa uma empresa forte e coesa nos seus objetivos gerais e diversa nos seus programas editoriais.

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Mensagem por Kid Krypton Sex Set 09, 2011 3:38 pm

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REVIEW - LIVRO: MORTO ATÉ O ANOITECER

A série True Blood vem fazendo muito sucesso mundialmente, principalmente pela liberdade de temas que apresenta. Afinal, todo mundo sempre desejou ver um mundo onde vampiros possam agir mais de acordo com sua natureza, adorando a ideia de um programa onde tanto o lado violento quanto o lado sexy dessas criaturas da noite são explorados quase sem censura.

O que nem todo mundo sabe é que o seriado é baseado numa série de livros escritos por Charlaine Harris, conhecida como As Crônicas de Sookie Stackhouse, ou Os Mistérios do Vampiro Sulista. Na verdade, a série não tem um nome oficial definitivo, já que cada livro tem um título próprio. O primeiro deles, Morto Até o Anoitecer (Dead Until Dark), foi publicado no Brasil pela Ediouro em 2007, passando quase totalmente despercebido. E não é para menos, já que a editora optou por ignorar pedidos de informações ou exemplares por parte da imprensa.

A trama nos apresenta Sookie Stackhouse, uma garçonete de um bar no Sul dos EUA, na pequena cidade de Bon Temps. A vida de Sookie poderia ser considerada normal, não fossem dois importantes detalhes: ela consegue ler as mentes das pessoas e vive num mundo onde os vampiros vieram a público depois do desenvolvimento de um sangue sintético. Ou seja, embora ainda gostem de atacar os humanos, eles agora podem viver sem depender disso. Vampiros do mundo todo agora interagem com os mortais. Alguns vampiros tentam levar uma vida quase comum, enquanto outros preferem se manter na obscuridade. Os humanos, por sua vez, ainda não aceitam os vampiros muito bem, fundando grupos religiosos contra eles. Ainda assim, há quem goste da companhia dos sugadores de sangue, dando sangue a eles livremente.

Numa noite no bar onde trabalha, Sookie conhece Bill Compton, que nasceu e viveu na cidade mais de um século atrás, antes de ser vampiro. Sedutor, calado e um tanto bruto, Bill encanta Sookie. O caso é que ele é o primeiro vampiro que a moça conhece e ela fica maravilhada ao notar que não consegue ler as mentes de vampiros, pela primeira vez na vida não tendo que se esforçar para abafar sua habilidade natural, podendo, enfim, ficar à vontade.

Num primeiro momento, parece que Harris é apenas mais uma entre as muitas escritoras que exploram o romance através dos vampiros. E, verdade seja dita, o amor entre Sookie e Bill é de fato o fio condutor da trama. Porém, pouco a pouco, conforme seguimos a leitura, notamos que a escritora habilmente desenvolve muitos outros aspectos.

Para começo de conversa, diferente de Crepúsculo e outros livros voltados mais ao público juvenil, as aventuras de Sookie são bem mais sexuais e violentas, mesmo que não tanto quanto no seriado. Além disso, o mundo desenvolvido por Harris logo se revela habitado por outras criaturas sobrenaturais, além de humanos que se mostram tão perigosos quanto monstros antes considerados lendas.

O romance dos protagonistas pouco a pouco vai ficando de lado, enquanto a verdadeira trama começa a ser desenvolvida: mulheres que fizeram sexo com vampiros estão sendo assassinadas pela cidade e arredores. Embora tudo indique que o assassino é humano, o envolvimento das vítimas com vampiros estremece o já delicado equilíbrio entre mortais e imortais. Para piorar, Jason, o conquistador irmão de Sookie, se torna o principal suspeito.

Assim, Sookie decide usar suas habilidades telepáticas para investigar os crimes, afinal, além de ser uma vítima em potencial, precisa livrar seu irmão e ainda vingar a morte de alguém próximo. E, claro, Bill e outros vampiros acabam sendo pegos no fogo cruzado.

A história em si é muito simples, mas não se torna fraca por isso. A força do livro está nas pequenas passagens e nos relacionamentos entre os personagens. Por outro lado, os coadjuvantes, em comparação à série de TV, são pouco desenvolvidos, estando mais para figurantes. As únicas exceções são Sam Merlotte e Eric. Sam é o chefe de Sookie, um transmorfo que adota formas de animais. Já Eric, é um vampiro mais velho e sádico do que Bill, que logo fica interessado em Sookie.

Quem assistiu à série primeiro notará que o enredo foi adaptado de maneira bem fiel às telas, mudando poucas coisas. A diferença fica mesmo nos personagens. Alguns presentes no seriado sequer dão as caras, e outro, bem interessante por sinal, só existe no livro. Como ele é uma versão vampira de uma lenda da cultura pop mundial, é bem provável que tenha ficado de fora de True Blood para evitar algum eventual problema judicial.

A maior diversão de Morto Até o Anoitecer é se embrenhar num mundo onde o vampirismo se torna cada vez mais corriqueiro, não só pelo fato dos vampiros terem se revelado publicamente, mas também pelo modo como Harris mostra a convivência em Bon Temps, gradualmente mais e mais parecida com o dia-a-dia de qualquer cidade pequena, independente das criaturas que lá habitam.

Morto Até o Anoitecer - De Charlaine Harris - Tradução de Chico Lopes - 316 páginas - formato 15,5 x 23 cm - R$ 47,90, sendo possível encontrar por R$ 29,90 - Ediouro.

[Oficial] Livros Mortoateoanoitecer_ediouro_img01BG_25032011


Última edição por Kid Krypton em Sex Set 09, 2011 3:43 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Kid Krypton Sex Set 09, 2011 3:42 pm

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REVIEW - LIVRO: VAMPIROS EM DALLAS

Vampiros em Dallas (Living Dead in Dallas) é o segundo livro da saga que inspirou a série televisiva True Blood. E inspirou é a palavra certa, pois, muito mais do que no primeiro volume, neste vemos como a adaptação para a TV apenas pegou o básico dos livros, mudando as coisas mais e mais a cada temporada.

Nesta nova aventura escrita por Charlaine Harris, criadora dos personagens, a garçonete telepata Sookie Stackhouse adentra ainda mais no mundo dos vampiros graças ao seu namorado chupador de sangue Bill Compton e ao “chefão” da comunidade vampírica local, o viking Eric.

O próprio início desde volume é totalmente diferente do início da segunda temporada da série (vale lembrar: cada temporada é inspirada num livro, embora misture elementos menores de outros volumes), com o assassinato de um personagem de bastante destaque na TV, onde está vivo até hoje. Enquanto tenta desvendar o crime com seus poderes, Sookie acaba sendo enviada a Dallas, onde um importante vampiro desapareceu.

Lá, aliada a Bill e Eric, dá de cara com uma conspiração que envolve uma organização de fanáticos que combatem vampiros, um grupo de mutantes, um vampiro arrependido e um clima de guerra que pode acabar com a já difícil convivência entre mortais e imortais.

Harris desenvolve muito bem o relacionamento de Sookie com Bill e Eric, cheio de tensão (e tesão também, já que desta vez o namoro com Bill está mais avançado e picante) e momentos memoráveis de provocação mútua. Do mesmo modo, a sociedade dos vampiros ganha novos tons, com detalhes sobre sua existência e organização surgindo a todo momento.

Porém, Harris parece não conseguir conduzir a trama em Dallas e o assassinato em Bon Temps de maneira satisfatória. A parte em Dallas ocupa praticamente o livro inteiro, com momentos dramáticos para Sookie e um grande desenvolvimento do trio principal. Já a subtrama em Bon Temps fica totalmente jogada de lado até perto da conclusão, quando acaba sendo solucionada rápida e facilmente demais.

Comparando-se com a versão da TV, a coisa fica ainda pior. Quem assistiu ao seriado lembra-se que o assassinato foi só o início de uma história bem maior envolvendo a mênade (um tipo de diva/seguidora do deus Dionísio) Maryann Forrester. Já no livro, a mênade faz uma participação muito menor e sem sal, tendo até um nome diferente: Callisto.

Outro que foi mais bem utilizado na TV foi Jason, o irmão de Sookie. Neste livro ele já começa a botar a cabeça no lugar, iniciando um relacionamento sério. Já na TV, ele é um dos mais divertidos personagens, mulherengo, impulsivo e burro como uma porta. Na obra original é totalmente subdesenvolvido e sequer se envolve nos eventos em Dallas.

Quem surge neste volume é Tara, velha amiga de Sookie, que na série é presença constante desde o primeiro episódio. Mais uma vez, Harris mostra pouco (e às vezes nenhum) aprofundamento nos coadjuvantes, deixando todo o desenvolvimento para Eric, Bill e Sookie.

Se não tivesse perdido tempo com a trama de Bon Temps, Vampiros em Dallas sem dúvida seria um livro ainda melhor, afinal os acontecimentos de Dallas prendem a atenção, equilibrando muito bem mistério e ação. E, ao final, temos ainda uma grande surpresa que só agora surgiu na TV. Ou seja, mesmo que o seriado desenvolva melhor alguns elementos, sempre é bom acompanhar o material original para comparações, principalmente quando são tão distintos entre si, garantindo um passatempo ainda mais proveitoso, já que pouca coisa parece repetitiva deste modo.

Vampiros em Dallas (2ª edição - 1ª edição em 2009) - De Charlaine Harris - Tradução de Índigo - 256 páginas - formato 14 x 21 cm - R$ 39,90 - Arx/Saraiva.

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Mensagem por Kid Krypton Sex Set 09, 2011 4:08 pm

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REVIEW - LIVRO: CLUBE DOS VAMPIROS

Clube dos Vampiros (Club Dead) é o terceiro livro da saga conhecida como As Crônicas de Sookie Stackhouse, que serviu de inspiração para o seriado da HBO True Blood.

Nesta nova aventura, como sempre escrita pela criadora Charlaine Harris, a garçonete telepata Sookie Stackhouse tem um papel ainda mais ativo, pois precisa desvendar o mistério do desaparecimento de seu namorado, o vampiro Bill Compton. Para isso, ela deve se infiltrar num clube frequentado apenas por criaturas sobrenaturais e seus convidados. Nesta missão ela contará com a ajuda do vampiro Eric (outro pretendente dela), do lobisomem Alcide Herveaux e de Bubba (na verdade Elvis Presley, transformado em vampiro após sua morte, o que resultou numa criatura estranha e não muito esperta).

Como nos livros anteriores, Sookie é a protagonista, “cedendo” algum espaço para seus interesses amorosos Bill e Eric, desta vez acrescidos de Alcide. Embora sempre incomode o fato de praticamente todos os homens da história estarem interessados em Sookie, ao menos Alcide é um pouco inovador, sendo mais bom moço, mesmo que seja um lobisomem. O relacionamento dele com Sookie dá um tom diferente para esse volume, tornando-o mais leve e divertido, afinal, pela primeira vez, Sookie age ao lado de alguém que tem opiniões e preocupações mais próximas das dela.

A trama em si continua simples, mas com um pouco mais de suspense e novos personagens interessantes, como o vampiro Russell Edgington. Contudo, para quem já assistiu a série, há de convir que o vilão foi muito melhor desenvolvido na TV, onde roubou a cena. É o caso também de Tara, amiga de Sookie, que participa mais uma vez, novamente servindo para muito pouco e demonstrando pouca personalidade. O grande pecado dos livros é sempre esse: a falta de aprofundamento nos personagens coadjuvantes que não estão interessados em Sookie.

Mesmo assim, graças à adição de Alcide e a divertida e um tanto desastrosa participação de Bubba, Clube dos Vampiros acaba sendo o melhor livro da saga até aqui. Mas é sempre bom lembrar que o ritmo é totalmente diferente da série, onde a terceira temporada foi um divisor de águas em muitos aspectos, principalmente pelo modo como transformou Edgington numa ameaça muito maior.

Clube dos Vampiros (2ª edição - 1ª edição em 2010) - De Charlaine Harris - Tradução de Índigo - 256 páginas - formato 14 x 21 cm - R$ 39,90 - Benvirá/Saraiva.

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Mensagem por Kid Krypton Sex Set 30, 2011 1:47 pm

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REVIEW - LIVRO: SUPERGODS

Batman, Mulher-Maravilha, o Quarteto Fantástico, Homem de Ferro e os X-Men - esta lista é muito familiar a todos nós. Em menos de um século, eles deixaram de ser anônimos e restritos a um pequeno grupo para estar em todo lugar que vemos: nas telas de cinemas e TV, nos jogos de videogame e em nossos sonhos. Mas o que eles querem nos dizer realmente?

Para Grant Morrison, esses heróis são poderosos arquétipos cujo curso colide com a própria existência humana. Através destes, contamos a estória complicada de nossa vida e nossas aspirações. Em Supergods, o autor traça um histórico destes seres e explica porque são importantes para nós, porque vão estar sempre aqui e o que podem contar sobre a gente.

Grant Morrison realmente é uma figura ímpar no mundo das HQs. Suas atitudes quando aparece em convenções, em entrevistas ou quando é protagonista de documentários, são marcadas pelo status de “semideus” – característica que seus fãs parecem adorar. E quando não se põe a fazer aquilo que com toda a certeza sabe fazer, surge com alguma novidade. Desta vez ele tirou um livro de sua grande cartola mental. Um grande ensaio sobre a história dos super-heróis e o que eles podem dizer sobre nós.

O livro é dividido em quatro partes (Era de Ouro, Era de Prata, Era Sombria e Renascença) que contam, cronologicamente, a origem dos personagens dos quadrinhos norte-americanos. Obviamente, sendo um escritor exclusivo da DC Comics, ele tende a favorecer a editora-mãe de Superman e Batman.

Ele abre a Era de Ouro com um capítulo chamado “The Sun God and The Dark Knight”, (O Deus Sol e o Cavaleiro das Trevas, em tradução livre), que é uma verdadeira ode ao homem de aço, apesar da menção ao Batman no título. Aliás, durante toda a leitura, Morrison deixa clara sua predileção pelo personagem, e mais ainda, dá a entender que gostaria de ter sido o “pai” de Superman - coincidentemente ele é um dos roteiristas mais atuantes no reboot da DC, inclusive escrevendo a icônica Action Comics - dando informações polêmicas e equivocadas sobre as condições em que Jerry Siegel e Joe Shuster criaram o personagem.

As duas primeiras eras são bem sucintas e rápidas de ler, mas isso não significa falta de bom conteúdo. Morrison explica bem a gênese dos personagens, o declínio do Comic Code (o famigerado código de ética norte-americano) e o ressurgimento dos heróis com uma grande ênfase no cósmico. Ele busca respaldo no movimento hippie que, na visão de Morrison, foi uma grande influência da Era de Prata.

Ao mesmo tempo em que o autor conta essas histórias, ele traça um paralelo com sua vida pessoal. A influência que a ameaça nuclear causou em sua família, a primeira vez que leu histórias em quadrinhos e também o divórcio de seus pais.

Passagens interessantes de sua vida pessoal também estão presentes, como, por exemplo, quando ele conta sobre a primeira história do Capitão Marvel - o da Marvel Comics - que leu. A HQ trazia uma mudança profunda no personagem e que ilustra bem o enorme subtítulo do livro: “(...) para um garoto de 14 anos (...) conhecimento era tortura. O que significava que teria que existir uma consciência antes da mudança. Para um adolescente introspectivo, imaginativo e reprimido que rejeitou a Bíblia timidamente, este credo cósmico era bom como qualquer outro.”

Isto é Morrison falando dele próprio, mas fazendo eco à maioria dos adolescentes que começaram a se aprofundar nos quadrinhos. Isso é ele correspondendo à primeira proposta do livro: mostrar o que os quadrinhos podem dizer sobre os próprios leitores.

Na Era Sombria, a qualidade do conteúdo analisado aumenta, pois aqui é o começo oficial de sua carreira nos roteiros. Morrison explica que as histórias fincam o pé no chão, com uma grande influência da linguagem jornalística nas revistas. Os principais assuntos a serem discutidos eram drogas, violência e conflitos sociais. Ele explica bem o rumo desta era com a seguinte citação: “Era uma aventura de super-heróis, ou um iluminado estudante de inglês reclamando sobre a poluição, com exemplos de Walt Whitman funcionando como um contraponto irônico à ação?” Whitman foi um grande poeta norte-americano que tratava de assuntos de cunho social em suas obras e é considerado o primeiro poeta da democracia americana.

Morrison fala de clássicos como Green Lantern/ Green Arrow, de Dennis O´Neil e Neal Adams, até a loucura dos heróis deformados de Marshal Law, passando pela editora inglesa 2000 A.D. O autor também discorre sobre a famosa “invasão britânica” nos quadrinhos americanos. Na visão - exagerada, diga-se de passagem - do autor, esta fase trouxe mais prejuízo do que benefícios à indústria. Seus ataques ao “cinismo” inglês presentes nas histórias também servem como críticas ao trabalho de Alan Moore. São alfinetadas sutis e por vezes engraçadas, entretanto, depois de um tempo, passa uma impressão de birra infantil.

Para Morrison, a era que viu Watchmen e Batman: O Cavaleiro das Trevas “nascer” fez os quadrinhos saírem do gosto popular. O autor pontua que as histórias desta fase tinham como inspiração as artes, e que o pé fincado no realismo foi prejudicial. Em mais um ataque a Moore, conclui que Watchmen não era um marco e sim uma determinada linha de indagação aos super-heróis. Assim, os “heróis realistas” viram seu fim com a chegada da editora que personificou a "geração X" nas HQs: a Image Comics.

Na Renascença, as ideias do autor ficam mais confusas - viagens espirituais, teorias de tempo e espaço, dentre outros credos de Morrison - e apenas parece que os quadrinhos ficam em segundo plano. Segundo Morrison, essa é a era da “reconquista”, ou multimídia, dos superseres. O surgimento de filmes e desenhos, a aceitação do grande público e até o aumento significativo de fanboys nas convenções, são fatores levados em conta.

Esta também é a era dos grandes eventos. Guerra Civil, Crise de Identidade, Crise Final, entre outros, deram o tom aos quadrinhos do século XXI e da invasão da realidade nas HQs, o oposto da Era Sombria. Essa parte do livro termina com uma breve descrição da criação de Grandes Astros: Superman - de autoria do próprio Morrison - deixando no ar que esta seria a obra máxima desta fase dos quadrinhos.

A obra também serve como uma boa fonte para os leigos nas HQs, com detalhes sobre personagens pouco conhecidos e até esquecidos do público brasileiro. Negativamente, em alguns momentos seu texto parece andar em círculos, indo e voltando a assuntos que podem confundir o leitor rapidamente.

O livro, a primeiro momento, pode ser considerado facilmente uma egotrip de Morrison. E, dependendo do capítulo, é realmente do que se trata. Em uma leitura crítica, a impressão que fica é a de que o autor pensou nesta como a última grande obra sobre os quadrinhos antes de sua renovação (pense nisso junto com a eminência do novo Universo DC, que, inclusive, é citada por Morrison na última página do livro). Agora, analisando o lado humano do autor - sim, ele tem um - é um tratado sobre quadrinhos, feito com um ponto de vista às vezes exagerado e deveras emocional.

Supergods está longe se ser uma pedra fundamental no universo dos super-heróis. Porém, quando se trata de Morrison, o melhor que se tem a fazer é lê-lo, mesmo que seja para apontar os erros - e os acertos - deste controverso escritor.

A obra, lançada em julho deste ano nos Estados Unidos, está prevista para chegar por aqui em 2012, pela editora Pensamento/Cultrix.

Supergods: What Masked Vigilantes, Miraculous Mutants, and a Sun God from Smallville Can Teach Us About Being Human (2011, EUA - Inédita no Brasil) - De Grant Morrison - 464 páginas - formato 15,4 x 23,6 cm - US$ 28.00 - Spiegel & Grau.

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Mensagem por Kid Krypton Sex Nov 25, 2011 7:24 am

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Lançada continuação de Eu Sou o Número Quatro

A Intrínseca lançou no Brasil O Poder dos Seis, continuação de Eu Sou o Número Quatro. Na série Os Legados de Lorien, o planeta Lorien foi destruído pelos mogadorianos, e seus habitantes, dizimados. Somente nove crianças e seus guardiões sobreviveram e exilaram-se na Terra. As crianças são a Garde de Lorien: o grupo de lorienos dotados de poderes sobre-humanos, os Legados, e responsável pela proteção de sua raça. Os mogadorianos, porém, seguiram até a Terra para caçá-los, e três já foram encontrados.

Em O Poder dos Seis, o segundo volume da série, John, a Número Seis e Sam continuam em fuga após a grande batalha contra os mogadorianos. Escondida em um convento na Espanha, Marina, a Número Sete, tenta acompanhar as notícias sobre John. Convencida de que ele é o Número Quatro, Marina está ansiosa para descobrir onde estão os outros lorienos, imaginando se um deles é a garota de cabelo preto e olhos cinzentos de seus sonhos, aquela que tem a força necessária para reunir os seis sobreviventes.

Aproveitando a ocasião a editora lançou também uma reedição de Eu Sou o Número Quatro, agora com a capa original. O livro já foi adaptado para os cinemas pela Disney, com direção de D.J. Caruso e produção de Steven Spielberg e Michael Bay.

Eu Sou o Número Quatro tem 352 páginas ao preço sugerido de R$ 39.90. Já O Poder dos Seis tem 320 páginas, custando R$ 29,90. Ambos os livros têm formato 16 x 23 e são escritos por Pittacus Lore, pseudônimo da dupla James Frey e Jobie Hughes.

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