80 Anos de Clint Eastwood
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23022010
80 Anos de Clint Eastwood
80 Anos de Clint Eastwood
Por Renan Duarte
O bom e velho Clint completa no dia 31 de março 80 anos. E apesar da idade, permanece com a produção ativa, batendo a meta de quase um filme por ano.
Clint Eastwood é muito mais do que um simples nome ou um ícone disperso na galeria de astros de Hollywood. Considerado
um dos maiores ícones do cinema norteamericano, consagrou-se no Western através da “Trilogia dos Dólares” e praticamente estabeleceu a figura do detetive durão na pele do personagem Dirty Harry.
Como diretor demonstrou um trabalho excepcional realizando verdadeiras obras de arte. Seus filmes cobrem sempre um roteiro bem ajustado, sem trivialidades, envoltos de uma atmosfera certa de sensibilidade, seca, na medida. Personagens profundos e tramas envolventes também compõem o seu acervo. Seus filmes lhe renderam quatro merecidos Oscars, o que é relativamente pouco para a magnitude de sua obra. Ele é muito mais do que tendem a reconhecê-lo.
Além de um ator ímpar e um diretor extremamente diferenciado, Clint já foi prefeito, é produtor, músico e escritor. Apesar do pouco reconhecimento pelas academias, ele é, sem dúvida alguma, um marco na história do cinema. Realizando filmes de grande sucesso a mais de cinco décadas, Clint é bom em tudo que faz.
Antes da Fama
Clinton Eastwood Jr. nasceu na cidade de São Francisco, Califórnia, em uma família de classe média. Sua infância foi bastante movimentada, nunca se estabelecendo num único local. De imaginação fértil, demonstrava ser uma criança com muitos sonhos e talentos.
Quando jovem trabalhou em diversos empregos e até mesmo como bombeiro. Na década de 50 foi convocado pelo exército para lutar na Coréia, mas devido a um acidente no avião em que estava a bordo, não chegou a sair do país. Seu avião caiu no Oceano Pacífico e Clint se viu obrigado a nadar três milhas até a costa, fato que lhe proporcionou a função de instrutor de natação do exército.
Após completar o serviço, se mudou para Los Angeles onde trabalhou com escavação de piscinas. Encorajado por alguns amigos, arriscou algumas pontas em filmes B, foi o início de uma longa jornada de sucesso.
Western
O início da carreira de Clint foi conturbado. Porém a pinta de herói, os olhos marcantes e o talento nato não o deixaram no anonimato por muito tempo. Em um evento de sorte, um executivo o observou caminhando nos corredores da CBS e o chamou para uma entrevista. Clint estava ali para visitar um amigo e pouco esperava da proposta repentina. Entretanto, ele era o herói que o papel precisava e fechou um contrato para estrear uma série que lhe abriu as portas para o estrelato: o Rawhide, uma série de faroeste que durou quase sete anos.
Devido à notoriedade que este trabalho proporcionou, Clint foi convidado, nos anos 60, por Sergio Leone para realizar a famosa trilogia dos dólares: “Por Um Punhado de Dólares” (1964), “Por uns Dólares a Mais” (1965) e “Três Homens em Conflito” (1966).
Vestido com um poncho mexicano, chapéu e um charuto na boca, Clint interpretou o pistoleiro sem nome. Um contraste dos heróis típicos do velho oeste, que não era bonzinho, e satisfazia apenas seus próprios interesses, quebrando velhos paradigmas do cinema Western.
Estes três filmes foram fundamentais para a afirmação de Clint como ator. De postura forte, demonstrando domínio em cada gesto, esbanjando capacidade tanto na forma de falar como de agir, sedimentou o seu talento no papel do pistoleiro.
A proposta do personagem ainda rendeu outros dois filmes “O Estranho que nós Amamos” (1971) de Don Siegel e “O
Estranho sem Nome” (1973) dirigido pelo próprio Clint.
O Western acompanhou toda a sua jornada no cinema, sendo juntamente com o jazz, a sua arte tradicionalmente americana preferida. Outros filmes vieram depois, alguns como ator e também diretor, como “Os Abutres Tem Fome” (1969), “Joe Kidd” (1972), “Josey Wales: O Fora da Lei” (1976), dentre outros.
O último filme de faroeste de Clint “Os Imperdoáveis” (1992) foi um grande sucesso de bilheteria. Dirigido por ele mesmo, conta com um elenco de alto nível como Morgan Freeman, Richard Harris e Gene Hackman. O filme é como uma experiência de despedida do gênero, recheado de um clima saudosista, e se tornou uma obra prima do Western.
“Go ahead, make my day.”
Nos anos 70, outro grande sucesso preencheu a carreira de Clint: o início da série de filmes protagonizados pelo detetive
durão Dirty Harry, criado pelo diretor Don Siegel. Anti herói, machão, usando de métodos nada convencionais, Dirty Harry conquistou o público fazendo dos cinco filmes da série um grande sucesso.
Consagrou a famosa frase “Go ahead, make my Day.” Algo como “Vá em frente, faça meu dia!” Frase que o detetive dizia
quando estava prestes a atirar em um bandido, esperando um motivo para isso.
O arquétipo de detetive forte, sem medo, surgiu com Dirty Harry. Clint conseguiu criar um novo paradigma de personagem que influenciou toda uma geração seguinte de filmes policiais. Mais uma vez, assim como havia feito no Western, deixou sua marca inconfundível no cinema.
Legado
Nos últimos anos, Clint tem surpreendido a cada filme. Desde “Bird” enveredou em um caminho como diretor mais a sua maneira, deixando definitivamente a sua escola no cinema. Conduzindo a câmera de forma simples, porém muito particular, a direção de Clint se torna um espetáculo a cada cena.
Dentre as suas grandes obras como diretor estão “Gran Torino”, o projeto duplo “Cartas de Iwo Jima” e “A Conquista da Honra”, “A Troca”, “Menina de Ouro”, “Sobre Meninos e Lobos”, “As Pontes de Madison”, “O Destemido Senhor da Guerra”, dentre vários outros excelentes filmes.
Sua última obra foi o “Invictus”, que conta a história de como a África do Sul venceu a copa do mundo de Rugby com os esforços de Nelson Mandela.
Clint Eastwood se tornou um mestre do cinema, e esperamos que ele permaneça na ativa com o vigor de sempre, nos trazendo sempre uma boa experiência com seus belos filmes.
Por Renan Duarte
Clint Eastwood é muito mais do que um simples nome ou um ícone disperso na galeria de astros de Hollywood. Considerado
um dos maiores ícones do cinema norteamericano, consagrou-se no Western através da “Trilogia dos Dólares” e praticamente estabeleceu a figura do detetive durão na pele do personagem Dirty Harry.
Como diretor demonstrou um trabalho excepcional realizando verdadeiras obras de arte. Seus filmes cobrem sempre um roteiro bem ajustado, sem trivialidades, envoltos de uma atmosfera certa de sensibilidade, seca, na medida. Personagens profundos e tramas envolventes também compõem o seu acervo. Seus filmes lhe renderam quatro merecidos Oscars, o que é relativamente pouco para a magnitude de sua obra. Ele é muito mais do que tendem a reconhecê-lo.
Além de um ator ímpar e um diretor extremamente diferenciado, Clint já foi prefeito, é produtor, músico e escritor. Apesar do pouco reconhecimento pelas academias, ele é, sem dúvida alguma, um marco na história do cinema. Realizando filmes de grande sucesso a mais de cinco décadas, Clint é bom em tudo que faz.
Antes da Fama
Clinton Eastwood Jr. nasceu na cidade de São Francisco, Califórnia, em uma família de classe média. Sua infância foi bastante movimentada, nunca se estabelecendo num único local. De imaginação fértil, demonstrava ser uma criança com muitos sonhos e talentos.
Quando jovem trabalhou em diversos empregos e até mesmo como bombeiro. Na década de 50 foi convocado pelo exército para lutar na Coréia, mas devido a um acidente no avião em que estava a bordo, não chegou a sair do país. Seu avião caiu no Oceano Pacífico e Clint se viu obrigado a nadar três milhas até a costa, fato que lhe proporcionou a função de instrutor de natação do exército.
Após completar o serviço, se mudou para Los Angeles onde trabalhou com escavação de piscinas. Encorajado por alguns amigos, arriscou algumas pontas em filmes B, foi o início de uma longa jornada de sucesso.
Western
O início da carreira de Clint foi conturbado. Porém a pinta de herói, os olhos marcantes e o talento nato não o deixaram no anonimato por muito tempo. Em um evento de sorte, um executivo o observou caminhando nos corredores da CBS e o chamou para uma entrevista. Clint estava ali para visitar um amigo e pouco esperava da proposta repentina. Entretanto, ele era o herói que o papel precisava e fechou um contrato para estrear uma série que lhe abriu as portas para o estrelato: o Rawhide, uma série de faroeste que durou quase sete anos.
Devido à notoriedade que este trabalho proporcionou, Clint foi convidado, nos anos 60, por Sergio Leone para realizar a famosa trilogia dos dólares: “Por Um Punhado de Dólares” (1964), “Por uns Dólares a Mais” (1965) e “Três Homens em Conflito” (1966).
Vestido com um poncho mexicano, chapéu e um charuto na boca, Clint interpretou o pistoleiro sem nome. Um contraste dos heróis típicos do velho oeste, que não era bonzinho, e satisfazia apenas seus próprios interesses, quebrando velhos paradigmas do cinema Western.
Estes três filmes foram fundamentais para a afirmação de Clint como ator. De postura forte, demonstrando domínio em cada gesto, esbanjando capacidade tanto na forma de falar como de agir, sedimentou o seu talento no papel do pistoleiro.
A proposta do personagem ainda rendeu outros dois filmes “O Estranho que nós Amamos” (1971) de Don Siegel e “O
Estranho sem Nome” (1973) dirigido pelo próprio Clint.
O Western acompanhou toda a sua jornada no cinema, sendo juntamente com o jazz, a sua arte tradicionalmente americana preferida. Outros filmes vieram depois, alguns como ator e também diretor, como “Os Abutres Tem Fome” (1969), “Joe Kidd” (1972), “Josey Wales: O Fora da Lei” (1976), dentre outros.
O último filme de faroeste de Clint “Os Imperdoáveis” (1992) foi um grande sucesso de bilheteria. Dirigido por ele mesmo, conta com um elenco de alto nível como Morgan Freeman, Richard Harris e Gene Hackman. O filme é como uma experiência de despedida do gênero, recheado de um clima saudosista, e se tornou uma obra prima do Western.
“Go ahead, make my day.”
Nos anos 70, outro grande sucesso preencheu a carreira de Clint: o início da série de filmes protagonizados pelo detetive
durão Dirty Harry, criado pelo diretor Don Siegel. Anti herói, machão, usando de métodos nada convencionais, Dirty Harry conquistou o público fazendo dos cinco filmes da série um grande sucesso.
Consagrou a famosa frase “Go ahead, make my Day.” Algo como “Vá em frente, faça meu dia!” Frase que o detetive dizia
quando estava prestes a atirar em um bandido, esperando um motivo para isso.
O arquétipo de detetive forte, sem medo, surgiu com Dirty Harry. Clint conseguiu criar um novo paradigma de personagem que influenciou toda uma geração seguinte de filmes policiais. Mais uma vez, assim como havia feito no Western, deixou sua marca inconfundível no cinema.
Legado
Nos últimos anos, Clint tem surpreendido a cada filme. Desde “Bird” enveredou em um caminho como diretor mais a sua maneira, deixando definitivamente a sua escola no cinema. Conduzindo a câmera de forma simples, porém muito particular, a direção de Clint se torna um espetáculo a cada cena.
Dentre as suas grandes obras como diretor estão “Gran Torino”, o projeto duplo “Cartas de Iwo Jima” e “A Conquista da Honra”, “A Troca”, “Menina de Ouro”, “Sobre Meninos e Lobos”, “As Pontes de Madison”, “O Destemido Senhor da Guerra”, dentre vários outros excelentes filmes.
Sua última obra foi o “Invictus”, que conta a história de como a África do Sul venceu a copa do mundo de Rugby com os esforços de Nelson Mandela.
Clint Eastwood se tornou um mestre do cinema, e esperamos que ele permaneça na ativa com o vigor de sempre, nos trazendo sempre uma boa experiência com seus belos filmes.
Ocelot-
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80 Anos de Clint Eastwood :: Comentários
Re: 80 Anos de Clint Eastwood
Vou ser sincera: Quando recebi esse artigo me impressionei.
1ª não sabia metade sobre o ator/diretor que é muito phoda!
2ª pensei que você ia escrever sobre um filme e não sobre cinema
3ª eu não sabia que ia ficar tão BOM! Brincadeira.
Mas realmente essa é uma matéria de se tirar o chapéu. Não só por quem é mas é uma real biografia ^^ Parabéns!
1ª não sabia metade sobre o ator/diretor que é muito phoda!
2ª pensei que você ia escrever sobre um filme e não sobre cinema
3ª eu não sabia que ia ficar tão BOM! Brincadeira.
Mas realmente essa é uma matéria de se tirar o chapéu. Não só por quem é mas é uma real biografia ^^ Parabéns!
Clint é o cara!!
Ótima matéria, Ocelot!!
Irei acompanhar vocês religiosamente!!
Ótima matéria, Ocelot!!
Irei acompanhar vocês religiosamente!!
Uhuuuuu temos um leitor *-*
Vai assinar a news?
Sério, Achei essa matéria o máximo. Bem profiça da parte do Renan!
Vai assinar a news?
Sério, Achei essa matéria o máximo. Bem profiça da parte do Renan!
dando um copiar/colar:
Bem legal a matéria do Clint, deu até vontade de ir atrás de alguns dos filmes citados...
Bem legal a matéria do Clint, deu até vontade de ir atrás de alguns dos filmes citados...
Poxa, valeu galera!
Agora temos um assinante do zine... Por enquanto será de graça viu Black Raven...
E Vamp... Eu ia escrever sobre um filme... Aí comecei a ver alguns filmes do Clint e fiquei inspirado. =]
Resgate... Ele tem filmes muito bons...
Que eu mais gosto são: Sobre Meninos e Lobos, Os Imperdoáveis, Gran Torino... (aah , tem um monte)
Agora temos um assinante do zine... Por enquanto será de graça viu Black Raven...
E Vamp... Eu ia escrever sobre um filme... Aí comecei a ver alguns filmes do Clint e fiquei inspirado. =]
Resgate... Ele tem filmes muito bons...
Que eu mais gosto são: Sobre Meninos e Lobos, Os Imperdoáveis, Gran Torino... (aah , tem um monte)
Entao vai preparando kkkkkpq quero mais!
Sobre meninos e Lobos é um que sepre quis ver >.<
Os imperdoaveis é CLASSICO *_*
Sobre meninos e Lobos é um que sepre quis ver >.<
Os imperdoaveis é CLASSICO *_*
Eu gosto daquela cena do CLint com a arma apontada pro Gene Hackman ... e ele diz.. "Eu sou (nome). Que mata mulheres e crianças." E o xerife borra todo. x.x
Vi sobre Meninos e Lobos, gostei e tô com vontade de ver o Gran Torino...
Pow, Gran Torino o Clint arrebenta na atuação....
acho q tu vai gostar.
acho q tu vai gostar.
Ótima matéria Renan!
Não me lembro de ter visto muitos filmes do Clint... só de um, onde ele era um policial veterano e tinha o Charlie Shen como novo parceiro... Tinha a Sonia Braga no filme também... sabe qual é o nome?
Não me lembro de ter visto muitos filmes do Clint... só de um, onde ele era um policial veterano e tinha o Charlie Shen como novo parceiro... Tinha a Sonia Braga no filme também... sabe qual é o nome?
Bela matéria, Renan! Cara, sempre gostei do Clint. Não é a toa que até em de Volta para o Futuro eles fizeram uma homenagem a ele no 3o. filme: "Ravina Eastwood" . Vi todos os filmes dele como Dirty Harry era uma das séries que mais assistia junto com meu pai. Legal saber como ele começou a carreira e os seus prêmios. Outra vez, só posso dar os parabéns!
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