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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Empty O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

Mensagem por Resgate Sex Out 30, 2009 7:54 am

Olá leitores! Neste tópico estarei postando as histórias de Terror que pretendo escrever...
Essa idéia começou com uma proposta de se fazer uma semana de terro agora para o halloween, mas por motivos de força maior, estou agora aproveitando esse espaço para incluir essas histórias no Universo Antares, senod apresentadas pela minha versão do Coveiro da Kripta, aquele morto vivo que apresentava histórias de terror num seriado antigo...
Meu apresentador será o Andarilho do Terror
O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. 4057384995_b7731f72d5_o
Ele irá aparecedr e mais histórias do UA, mas nesse tópico serão apresentadas histórias de seu livro das trevas...
Portanto, reunam sua coragem leitores e se preparem para conhecer o... Terror de cada dia.
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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Empty Re: O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

Mensagem por Resgate Sex Out 30, 2009 7:54 am

O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. 4057385035_e72e531bae_o
Por João Norberto da Silva.

“Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são” - Miguel de Cervantes.

Bem vindo leitores, espero que hoje vocês estejam se sentindo mais corajosos, pois o conto que trago até vocês não é para os fracos de coração... Portanto esperarei para que os mais frágeis possam se afastar...

...

Ainda aí? Muito bem... Depois não digam que eu não avisei...

Meus nome é... Bem... Secreto é o que me vem à mente, mesmo porque nenhum humano poderia conhecê-lo sem enlouquecer, portanto podem me chamar simplesmente de... Andarilho do Terror...

O medo muitas vezes pode salvar uma vida, mas em certos casos ele pode destruir outras. Essa é uma lição que um jovem aprendeu da pior maneira.


...

Dia vinte e oito de Outubro de 2009, Quarta-feira. Para muitos apenas mais um dia de trabalho, principalmente na Contactil, uma das milhares de empresas de contabilidade de São Paulo.

Seus empregados passam boa parte do dia com a cabeça enfiada em números, mal tendo tempo para respirar, uma vez que o patrão segue a “Cartilha de Hitler”, como ficou conhecido o bloquinho de anotações de Antônio Rodrigues, ou “Seu Toninho”, como ele era chamado pelos amigos.

Os funcionários o chamavam respeitosamente Senhor Antônio, mas pelas costas ele era apenas “O Carrasco dos Números”, ou CN, como era citado disfarçadamente nas conversas da hora do cafezinho.

Mas justo naquele dia um dos funcionários não entraria em nenhuma rodinha de fofocas, ou mesmo travaria as costumeiras discussões com seu melhor amigo.

Benedito, ou Ditão como era chamado por Pedro, o já citado melhor amigo, tinha quase dois metros de altura, uma musculatura bem desenvolvida, evidenciada pelos ternos pequenos que se acostumou a usar e uma bondade que beirava a inocência infantil.

“Cê tem que parar de ser tão bobão cara...” Era Pedro quem sempre aconselhava seu amigo “O pessoal sempre se aproveita de você e você nem aí, poxa...” diante das palavras do amigo, Ditão apenas retrucava que preferiria acreditar nas pessoas, pelo menos até que elas pisassem na bola, daí ele dizia que seria apenas uma vez e ele nunca mais faria nada por essas pessoas.

O que não se mostrava verdade, uma vez que, mesmo tendo sido passado para trás numa promoção, o pobre Ditão ainda cobriu boa parte do serviço extra que o outro havia recebido.

“Pelo menos, desse jeito, ninguém me acusa de não estar fazendo meu trabalho.”

Nem mesmo esses pensamentos, no entanto, ocupam a mente do pode Ditão naquela quarta-feira.

Não, toda a sua capacidade mental era dirigida para o desafio que ele teria de enfrentar às dezesseis horas daquela quarta-feira.

Afinal, era dia do Dentista.

Quando criança Ditão sofreu um trauma quando teve de arrancar um dente que estava extremamente cariado, em parte por sua culpa em parte pela mãe relapsa que nunca se preocupou em cobrar mais emprenho da limpeza dos dentes de seu filho.

Ditão nunca conhecera o pai, sendo criado apenas por dona Jurema que mantinha dois empregos para sustentar o filho, que ela tinha certeza de que possuía algum tipo de retardo mental, não conseguindo assim estar sempre presente.

O garoto sentara na cadeira do dentista e este, que não tinha um diploma verdadeiro, mas que fora o único que Dona Jurema havia podido pagar, foi pegando logo o seu instrumento preferido, que Ditão nem lembrava do nome, mas cujo som ele nunca esqueceria.

VVVVVVVVVVVVVVVVRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!

O som da broca destruindo seu dente o faria ter pesadelos pelos anos seguintes já que o incompetente dentista, que estava bêbado, acabou por atravessar o dente errado, acertando a raiz do mesmo e quase quebrando o maxilar do garoto, ao se apoiar nele para não cair no chão. A mãe de Benedito estava na sala de espera do “consultório”, que na verdade não passava de um apartamento pequeno, alugado na região da Vinte e cinco de Março, se ergueu e socorreu seu filho, enquanto o “dentista” jazia caído no chão, totalmente alcoolizado.

A polícia foi acionada, o falso dentista preso e o jovem Ditão recebeu tratamento adequado bancado pelo governo, mas o estrago já estava feito.

Ele teve de ser sedado enquanto o dentista de verdade arrumava o estrago que havia sido feito na boca do garoto.

Nos anos seguintes Ditão se tornou um especialista no cuidado com os dentes, mantendo os mesmos limpos de modo quase obsessivo o que, ele acreditava, o manteria sempre distante dos amaldiçoados dentistas.

As dores e o medo ainda assaltavam Ditão em seus pesadelos, anos depois e enquanto ele tentava se acalmar, olhava contínua e nervosamente para o relógio, que ainda marcava as quatorze horas.

O toque de seu celular fez com que Ditão se sobressaltasse, pegando rapidamente o aparelho no bolso de sua calça, mal prestando atenção no número de colegas de trabalho que parecia aumentar mais e mais, todos procurando estar perto dele naquele momento.

Alguém estava tentando enviar um arquivo por Bluetooth, algo que quase nunca acontecia, o que fez Ditão aceitar sem pensar duas vezes.

Era um áudio nomeado como “Voz de Anjo.mp3” e ele apertou a tecla específica para abri-lo.

Algo de que ele se arrependeu quase que imediatamente.

VVVVVVVVVVVVVVVVRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!

O típico som da broca de dentista soou pelo escritório, fazendo com que Ditão congelasse de medo e, poucos instantes depois, a risada dos colegas ecoava, todos aproveitando que o CN havia saído por alguns instantes, o que era extremamente raro.

Um silêncio foi caindo entre os presentes, enquanto viam Ditão ficando cada vez mais branco, com os olhos arregalados e a mão começando a tremer.

Sem aviso o enorme homem se ergueu e, ignorando as pessoas a seu redor, jogou o celular encima de sua mesa e saiu correndo, parando apenas no banheiro, onde começou a lavar seu rosto de modo desesperado.

- Sacanagem heim? - Ditão ergueu violentamente seu corpo, que estava encurvado na direção da torneira, empurrando contra a porta de um dos sanitários quem acabara de colocar a mão em seu ombro. - Opa! Calma aí rapaz!

- Arf... Pedro?

- Putz... Cê tá um caco heim, cara? Calma que foi só uma brincadeira do pessoal...

- Brincadeira... Arf... - Ainda tentando recuperar o fôlego, Ditão começa a se acalmar... - Brincadeira... Sei...

- Deixa isso prá lá cara... Vem... Vamos aproveitar que o velho CN saiu e tomar um cafezinho mais longo...

- Não... Café amarela os dentes... E-eu preciso escovar logo depois e...

- Tá, tá... Eu tomo café e você um belo copo de água tá bom?

Estava, mas os dois mal conseguiram parar por cinco minutos, pois logo começaram a escutar o senhor Antônio que voltara de seu compromisso e já se punha a vociferar ordens aos seus empregados.

O resto do dia se arrastou num tipo de tortura psicológica, onde Ditão dividia seu tempo entre algumas firmas para lançar, olhares desesperados para o relógio que, a despeito de suas súplicas mentais, continuava a avançar as horas e a dor insistente do dente que ele precisaria extrair.

O maldito dente do siso.

Mesmo com sua compulsão pelos dentes perfeitos, Ditão estava à mercê desses malditos que tentavam encontrar espaço em sua arcada dentária onde simplesmente não havia, dentes esses que ele acreditava ter escapado, uma vez que já tinha vinte e três anos e nunca havia tido um sinal sequer de que eles iriam aparecer.

Tudo mudou a algumas semanas atrás quando, ao tentar comer um pão no café da manhã, ele sentiu uma dor lancinante vindo de sua boca. Uma rápida consulta ao Google e ele viu que um de seus maiores temores deveria estar acontecendo. Indiferente à escovação perfeita ou ao uso de todo tipo de produto para manter os dentes saudáveis, os sisos geralmente precisam ser extraídos, o que só poderia ser feito no último lugar do mundo em que ele queria entrar.

O consultório de um dentista.

Ele acertara tudo por telefone, pois sabia que se entrasse num consultório não iria conseguir voltar, mas ainda assim sua ansiedade só fazia aumentar, conforme o dia da consulta se aproximava.

As brincadeiras e zombarias dos colegas de serviço só faziam tudo ficar pior. Parecia que a cada dia alguém inventava algo para humilhar Ditão, todos achando que estavam apenas se divertindo, o que quase nunca conseguiam graças ao chefe.

A brincadeira do celular apenas colocou a última pá de terra sobre o caixão que parecia se fechar ao redor do rapaz, conforme a hora marcada se aproximava.

Ditão parecia ainda mais irritadiço e assustado do que nunca, ele havia marcado a consulta para as dezesseis horas, o mais tarde que podia, a pedido do senhor Antônio, que já lamentava o fato do funcionário provavelmente ganhar um dia para ficar em casa, se recuperando. Mas Ditão nem se lembrava da injustiça cometida pelo chefe.

Ele tinha outras preocupações em sua mente.

Exatamente às quinze e vinte e sete, Ditão se levantou rapidamente e foi ao banheiro quase correndo. Pedro se levantou também, indo atrás dele de forma mais discreta, para que o chefe percebesse, é claro.

- Que que foi cara? - Pedro não precisava procurar o amigo, já ouvindo os sons do mesmo terminando de vomitar num dos sanitários.

- Não tô me sentindo bem... - Ditão seguia na direção da pia, onde começou a lavar o rosto com doses generosas de água e usando a mesma para tentar tirar o gosto ruim da boca. - Acho que vou cancelar a consulta... - Ele levou a mão a uma das bochechas e seu rosto de contorceu de dor. - Ai... Droga...

E cê vai deixar essa dor continuar? Que saco Ditão...

- E... E-eu...

- Sem essa cara... Se você precisar eu vou junto... Acho que posso falar com o CN e...

- Não! - Pedro se sobressaltou com a reação do amigo, percebendo no mesmo uma expressão de quase terror. - Eu vou sozinho! Nunca mais o pessoal vai zoar comigo... Você vai ver... Agora eu vou indo... Tá quase na hora...

Deixando Pedro sozinho no banheiro, Ditão se afastou, passos incertos, até sua mesa, pegou alguns objetos pessoais, deu uma longa olhada ao seu redor, marcando bem os rostos dos colegas que haviam zombado dele e saiu, passando por Pedro sem nem se despedir, deixando o mesmo legitimamente preocupado.

Alguns minutos depois Ditão já se encontrava diante do prédio onde o consultório se encontrava.

Ele permaneceu por um tempo indefinido olhando para as portas duplas de vidro, marcando cada detalhe e sujeira do vidro e antes de dar o primeiro passo observou atentamente o piso, feito de um antigo mármore que um dia deveria ter sido branco. Respirou fundo e entrou no prédio.

O “ping” do elevador se fez ouvir, assim como o número digital brilhava, indicando que ele havia chegado ao seu destino: O quinto andar.

As portas do elevador se abriram e Ditão, sentindo cada perna começar a pesar o dobro, viu antes de tudo a placa do consultório que, diante de seus olhos, se estendia da parede como se fosse um demônio abrindo os braços para anunciar que ele chegara ao inferno.

Esfregando os olhos e reunindo a pouca coragem que lhe restava, Ditão começou a caminhar lentamente, passando as mãos na testa e imaginando se não estaria com febre.

Ele entrou e percebeu outros “condenados” sentados e esperando sua vez para entrar no “abatedouro”, procurou disfarçar o nervosismo e se dirigiu à recepcionista, uma bela loira que aparentava pouco mais de dezoito anos.

- E-eu... So-sou... - “Maldição!! Não fica gaguejando!!” Ditão gritava para si mesmo, mas seu corpo não parecia disposto a obedecê-lo. - Be-Benedito...

- Benedito Correia não é? O paciente das dezesseis horas certo? Chegou na hora certa! O paciente anterior foi mais rápido e estávamos esperando o senhor... Queira me acompanhar, por favor...

Ditão conseguiu se mover quase naturalmente, enquanto a bela garota colocava gentilmente a mão em seu ombro, conduzindo-o até o “abatedouro”, por um momento os olhos do rapaz o enganaram, fazendo-o jurar ter visto os demais pacientes com cabeças bovinas, esperando para serem mortas.

Ele balançou violentamente a cabeça e então todos haviam voltado ao normal, o que o fez sorrir com a peça que sua mente havia lhe pregado.

- Olá... Sou o doutor Sanches... Pode se sentar, por favor?

Hesitação. O dentista havia, por um instante, assumido uma fisionomia demoníaca, o que fez Ditão estacar, mas assim que ele piscou algumas vezes, tudo voltou ao normal.

- Hã... Claro... Claro...

- Medo de dentista não é? - O doutor tentava aliviar a tensão que percebera em seu paciente, enquanto esse se sentava “Senão o trabalho vai ser dobrado”, mal sabia como seus pensamentos estavam sendo proféticos. - Não se preocupe, pois não vai sentir nada... - Ele erguia uma seringa e fazia o típico teste para ter certeza de que a agulha estava desobstruída. - Quero dizer... Só uma picadinha, é claro... Agora, abra a boca sim?

- Aaaahhhhhh...

- Certo, certo... - Logo de cara Ditão ouve tudo o que não queria. – É... Esse vai dar um pouco de trabalho... Mas tudo bem... Agora a picadinha, certo?

Dos olhos do rapaz verteram generosas lágrimas, ao sentir a ponta da agulha injetar o anestésico em sua gengiva, processo que se repetiu além do normal, pois a adrenalina que o coração dele espalhava em seu corpo, combatia a tão desejada anestesia.

- E agora... Está sentindo algo? - Um aceno positivo com a cabeça foi a única resposta que o doutor Sanches recebeu. - Ótimo... Agora vamos lá...

Um instrumento foi colocado na boca do rapaz, impedindo-o de fechar a boca, enquanto o dentista, após colocar o sugador, que começara a fazer seu característico som, começava a desticar a mão sobre a bandeja cirúrgica que ele mantinha ao seu lado, com uma coleção imensa de outros instrumentos, na maioria cortantes.

Ditão não sentia dor, mas as tentativas do dentista de extrair seu dente iam deixando-o cada vez mais assustado, principalmente quando o dentista parecia fazer uma força excessiva e, infelizmente inútil, deixando transparecer algumas gotas de suor em sua testa.

- É... O danadinho está bem preso... Aliás, parabéns pela sua escovação... Não vejo o menos sinal de cáries em lugar nenhum...

Um comentário espirituoso para tentar aliviar a tensão do paciente, que era visível principalmente pelo modo como ele agarrava os braços da cadeira, além de uma eventual tremedeira pelo seu corpo.

Alguns minutos depois o dentista se afastou, passou a manga da camisa sobre os olhos, para limpar o suor e se levantou, indo na direção da porta.

- Ana... - Ditão continuava agarrado à cadeira, tentando imaginar o motivo da recepcionista ser chamada. - Por favor... Peça ao doutor Eduardo para vir aqui, se ele estiver desocupado?

Ao rapaz coube apenas continuar esperando, mas quando o segundo dentista apareceu, o coração de Ditão parecia que ia explodir em seu peito “O-o que está acontecendo?”.

- Não se preocupe... - Como que percebendo a pergunta nos olhos do paciente, o Doutor Sanches se apressou a explicar e apresentar o recém-chegado. - Esse é o Doutor Eduardo e ele vai me ajudar com esse seu dente...

As palavras chegavam distorcidas até os ouvidos do rapaz, ele mal entendia o que os dentistas queriam dizer, ele só rezava para que aquilo acabasse logo, mesmo sem dor nenhuma vindo do dente, ele podia sentir as pontas dos dedos ficarem adormecidas de tanto apertar o braço da cadeira.

Pouco a pouco, sem que ninguém percebesse, o efeito da anestesia passava.

- Tenta por aí... - Os dentistas estavam cada um de um dos lados da cabeça de Ditão e este, em quase desespero, tentava se concentrar na lâmpada que ofuscava seus olhos, quase conseguindo ignorar o fato de sentir a raiz de seu dente se movendo dentro da gengiva, ou mesmo o som de ossos quebrando que começava a preencher o ambiente. - Se não conseguir passa para mim de volta...

Mais alguns minutos de martírio, Ditão já estava quase desmaiando, e então o pobre rapaz ouviu outra frase que ele pagaria para não ouvir:

- Vou tentar com a broca.

O rapaz sentiu seus olhos arregalarem até o máximo que podiam, ele sentia algo que lembrava um calor enorme tomar o interior de seu corpo, sua pele estava tão sensível que até as gotas de suor lhe faziam cócegas. Tudo isso e ele não conseguia fechar a boca.

Ele ainda conseguiu ver quando o doutor Sanches, com a broca em punho, se aproximou.

Foi a última coisa que ele viu e ouviu.

VVVVVVVVVVVVVVVVRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!

Um borrão vermelho pareceu cobrir seus olhos e então tudo ficou escuro.

...

Gritos.

Imagens pipocando na vista dele. Imagens confusas e desconexas.

Mais gritos.

Aos poucos a visão de Ditão foi entrando em foco e ele percebeu, se desesperando, que estava ajoelhado no meio do consultório, com sangue por todo o seu corpo.

Ele se tocou rapidamente percebendo que não estava ferido, o que o deixou ainda mais aterrorizado, uma vez que a grande verdade era que todo aquele sangue não era dele.

Ainda em estado de choque ele voltou seu rosto para a direita e sentiu seu coração quase parando.

Ali perto jazia em uma grande poça de sangue o corpo do doutor Sanches, com a broca enfiada no olho esquerdo e várias marcas de cortes finos pelo peito.

Morto.

Ditão levou as mãos à cabeça e sua mente se inundou com imagens terríveis.

“VVVVVVVVVVVVVVVVRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!

Quando o som da broca atingiu os ouvidos do rapaz foi como se ele, de repente, perdesse o controle do próprio corpo, se tornando apenas um mero expectador do que iria acontecer.

Os dois dentistas procuravam conter o corpo de Ditão, uma vez que o imenso rapaz tentava se levantar à força, em meio ao desespero que sentia ao ouvir aquele som.

Ele esticou uma mão até a bandeja com vários instrumentos e segurou firmemente o que parecia um pequeno anzol, enfiando-o logo em seguida no pescoço do doutor Sanches, que caiu de joelhos, soltando a broca e levando as mãos para o ferimento, tentando conter o sangue que escorria.

Ditão sentiu o corpo sendo solto e, pegando outro instrumento, esse mais cortante, ele se voltou para o outro dentista”


O doutor Eduardo.

Ditão girou a cabeça, permanecendo de joelhos e logo viu que o outro estava também caído em uma grande poça de sangue, este à sua esquerda.

Nova explosão de memória e o rapaz soltou um longo e agonizante grito.

“O doutor Eduardo deu alguns passos para trás, erguendo as mãos diante do corpo, o que não adiantou de nada quando Ditão fez um movimento circular com o instrumento que ele segurava, abrindo cortes profundo nas mãos do dentista, que começava a gritar, mas que foi rapidamente silenciado.

Ele recebera um novo corte, agora na garganta, logo após Ditão ter saltado sobre ele, tampado sua boca com a mão e derrubando-o após uma joelhada no estômago.

Infelizmente o rapaz não foi rápido o bastante.”


Ditão se lembrou do grito feminino estridente e voltou a olhar ao seu redor, sentindo seu mundo afundar outra vez, quando notou um terceiro corpo caído atrás de onde ele estava.

Finalmente os gritos vindos da sala de espera do consultório começavam a chegar aos ouvidos do rapaz, bem como o ainda mais longínquo som de sirenes, mas Ditão ignorou todos ao sentir uma nova explosão de memórias.

“Ana, a recepcionista entrara no consultório e gritou ao ver os dois dentistas caídos em poças de sangue que aumentavam mais e mais, chamando assim a atenção do paciente que havia se tornado um animal, guiado apenas pelo medo que sentia.

Ditão se lançou na direção de onde viera o grito e, aproveitando a diferença de tamanho e força entre eles, agarrou a garota que procurava se defender como podia.

Seus esforços foram em vão e logo Ditão quebrava seu pescoço como se fosse um graveto, deixando-a cair no chão como uma marionete cujas cordas eram cortadas.

Ele olhava ao redor e começava a se acalmar enquanto não percebia mais nenhuma fonte de perigo, mas o pobre doutor Sanches, não tendo morrido ainda, soltara um gemido.

Foi o suficiente para que o enlouquecido rapaz procurasse algo para eliminar de ver o seu “inimigo”, encontrando, por acaso, a broca do dentista, que ainda serpenteava pelo chão, como uma cobra que busca tentar viver após receber um ferimento mortal.

Ele pegou o instrumento e apertou o botão, fazendo o som que vinha da broca aumentar e afastando-o com repugnância, olhou com um brilho maligno para o médico caído que tentava, em vão, pedir por clemência, mas que apenas engasgava com mais sangue.

O rapaz se aproximava, fazendo caretas a cada vez que acionava a broca, se ajoelhou ao lado do corpo do doutor Sanches e, enquanto este arregalava seus olhos, Ditão achou o jeito mais cruel e simples de acabar com o barulho.

Enterrou a broca em um dos olhos do dentista.”


- ÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!!!!!! Com a boca sangrando e pouco anestesiada, Ditão nem conseguia articular as palavras, mas o desespero estava explícito nelas. – O Ê EU ÍZ??!!!!

Mas o fim ainda não tinha chegado. O medo ainda tinha uma lição a ensinar.

O primeiro policial a chegar ao local do massacre foi Rodrigo, um novato, que conseguira chegar antes de seu parceiro, que já não era tão rápido quanto o outro, devido à sua idade e aos, como ele mesmo chamava, “quilinhos a mais”.

- Parado!!! Eu... – Assim que o jovem policial entra no consultório, a cena o atinge com a potência de um murro. – Meu Deus!!

Ditão permanecia ajoelhado entre os cadáveres e, ao notar a chegada do policial, estendeu as mãos, numa súplica por ajuda.

- E AUDE... – O pedido de ajuda, no então chegou ainda mais distorcido aos ouvidos do recém-chegado, que engatilhava a arma, o que fez a adrenalina voltar a jorrar no corpo de Ditão. – AAARRRR....

Vendo que o assassino se levantava, não entendendo nem uma palavra do que ele dizia, e sentindo o medo subir por seu estômago Rodrigo não pensou duas vezes.

Um tiro certeiro, bem entre os olhos, encerrou a vida de Benedito, mais conhecido como Ditão.

Naquela Quarta-Feira lições foram aprendidas e o mestre não foi outro senão...

O Medo.

Fim.
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Mensagem por Vampira Sex Out 30, 2009 9:39 am

Putz! o.o
Vc conseguiu me por medo de ir ao dentista!!! Shocked

Muito bom!!! o.O

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Mensagem por Resgate Sex Out 30, 2009 10:07 am

Vampira escreveu:Putz! o.o
Vc conseguiu me por medo de ir ao dentista!!! Shocked

Muito bom!!! o.O
Hahahah... Valeu Vampira!
Que bom que vc gostou!!
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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Empty Re: O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

Mensagem por Mr. Black Sex Out 30, 2009 5:18 pm

Belo conto de horror, Resgate! Mandou muito bem! Cara, o clima de suspense e terror que conseguiu transmitir até a chegada no consultório do dentista foi genial, fantástico, fiquei realmente empolgado aqui! O conto só não foi 100% porque achei que o final foi um pouco previsível, mas ainda assim esta história é uma bela representante dos contos de horror!

Abração, cara!
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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Empty Re: O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

Mensagem por Aracnos Sex Out 30, 2009 5:30 pm

Grande João!!

Primeiramente venho pedir desculpas por não ter conseguido fazer minha parte no projeto. Simplesmente fugiu da minha mente que o dia das bruxas já estava chegando... fora o fato de que eu não sou lá muito bom com histórias de terror.

A sua história ficou ótima! A forma como foi narrada e como mostrou uma situação cotidiana em algo terrível me lembrou o serio Além da Imaginação.

Muito bom mesmo.

Quero, do fundo do coração, remediar o que eu fiz e poder, de alguma forma, cumprir com a minha palavra. Irei escrever algo sobre a sexta-feira, nem que nem seja aproveitado, mas quero escrever e te mostrar. Se puder, entre no MSN mais tarde.

Abração!
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Mensagem por Resgate Sex Out 30, 2009 9:24 pm

Mr. Black escreveu:Belo conto de horror, Resgate! Mandou muito bem! Cara, o clima de suspense e terror que conseguiu transmitir até a chegada no consultório do dentista foi genial, fantástico, fiquei realmente empolgado aqui! O conto só não foi 100% porque achei que o final foi um pouco previsível, mas ainda assim esta história é uma bela representante dos contos de horror!

Abração, cara!
Grande Black!!! Que bom ter vc por aqui!
Infelizmente eu não consegui pensar em nda mais criativo pro final... Esse texto foi o segundo que eu fiz... O anterior deu vontade em um amigo de rir, pois tava bem Terrir mesmo...
Mas que bom que mesmo assim vc gostou... prometo tentar me redimir nos próximos capítulos Wink
Valeu demais por ter lido e comentado mermão!! Aquele abração de urso e até a próxima!!!


Aliás, vms ter mais contos seus ou não? Tô com saudade!!!
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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Empty Re: O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

Mensagem por Resgate Sex Out 30, 2009 9:24 pm

Aracnos escreveu:Grande João!!

Primeiramente venho pedir desculpas por não ter conseguido fazer minha parte no projeto. Simplesmente fugiu da minha mente que o dia das bruxas já estava chegando... fora o fato de que eu não sou lá muito bom com histórias de terror.
Grande Anderson! Como eu disse pro msn não se preocupe quanto ao projeto... Como em muita coisa na vida temos que tirar o melhor de toda a situação... Se não deu certo, td bem... Farei como propus no começo do tópico, manterei minhas histórias de terror, as que pintarem na minha cabeça aqui... Até o Andarilho eu criei para isso...hehehe
o saldo final foi muito positivo...

Aracnos escreveu:A sua história ficou ótima! A forma como foi narrada e como mostrou uma situação cotidiana em algo terrível me lembrou o serio Além da Imaginação.

Muito bom mesmo.
Valeu! Eu fiquei lembrando mais da série "contos da Kripta" ou a excelente e mais atual Fear Itself...
mas se te lembrou essa outra ótima série fico feliz e agradeço!!!!

Aracnos escreveu:Quero, do fundo do coração, remediar o que eu fiz e poder, de alguma forma, cumprir com a minha palavra. Irei escrever algo sobre a sexta-feira, nem que nem seja aproveitado, mas quero escrever e te mostrar. Se puder, entre no MSN mais tarde.

Abração!
Como eu disse por MSN não esquenta a cabeça ou se force Anderson... se um dia a sua idéia pintar a gente conversa... Como eu disse e repito, o saldo final foi mais positivo que negativo, então relax...
Abração, valeu o comentário e até a próxima!!!
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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Empty Re: O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

Mensagem por Vampira Sáb Out 31, 2009 6:41 am

Vou deixar aki meu comentário sobre isso falando o seguinte:
Eu e o meu marido ontem conversamos sobre nossas impressões sobre o texto. As dele são essas mesmas... e as minhas são bem parecidas com o do Anderson. Me lembrou MUITO Além da Imaginação. E considere isso muito positivo pq eu ADORAVA a série...
é o tipo de historia que se vc sabe aonde ela vai levar ainda assim vc não acredita que levou....
E nesse texto vc trabalhou MUITO bem o lance da psicologia humana...
qualquer pessoa que seja um pouco "psicotica" pode agir assim ou parecido em uma situação da vida...

Continuo dizendo que mandou MUITO bem... e espero ver mais contos assim aqui! Wink

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O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Empty Re: O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista.

Mensagem por Resgate Sáb Out 31, 2009 5:11 pm

Vampira escreveu:Vou deixar aki meu comentário sobre isso falando o seguinte:
Eu e o meu marido ontem conversamos sobre nossas impressões sobre o texto. As dele são essas mesmas... e as minhas são bem parecidas com o do Anderson. Me lembrou MUITO Além da Imaginação. E considere isso muito positivo pq eu ADORAVA a série...
é o tipo de historia que se vc sabe aonde ela vai levar ainda assim vc não acredita que levou....
E nesse texto vc trabalhou MUITO bem o lance da psicologia humana...
qualquer pessoa que seja um pouco "psicotica" pode agir assim ou parecido em uma situação da vida...

Continuo dizendo que mandou MUITO bem... e espero ver mais contos assim aqui! O Terror de cada dia. Quarta-Feira, Dia do Dentista. Icon_wink
Valeu Vampira! Eu sempre acho legal tentart fugir de algumas convenções, mas quando fui fazendo esse texto vi que o primeiro final tinha ficad bem ruim, mas quando fiz o segundo vi que, apesar de meio clichê tinha ficado mehor, por isso optei por ele...
E juro que não pensei em algo mais psicológico... Apenas imaginei meus medos e tentei transformá-los em medo de dentista, imaginando como algumas brincadeiras podem nos deixar incomodados e com o nervosismo à flor da pele...
Mas é sensacional ver que um texto pode suscitar conversas sobre ele! Isso, para meu lado escritor, é muito legal mesmo!
Valeu demais pelos comentários e pela força, prometo que, em breve surgirão outros contos de terror.
Abração e até mais!
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Mensagem por Ocelot Seg Nov 02, 2009 7:39 pm

E ai João...

Resolvi ler...

Você tem q ver O Dentista... procura pelo filme em algum lugar...

no mais, gostei muito deste conto. Pensei que o Ditão seria a vítima. Fui surpreendido. Gostei do final. Bem bolado. Parabéns camarada!
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Mensagem por Resgate Seg Nov 02, 2009 8:39 pm

Ocelot escreveu:E ai João...

Resolvi ler...

Você tem q ver O Dentista... procura pelo filme em algum lugar...

no mais, gostei muito deste conto. Pensei que o Ditão seria a vítima. Fui surpreendido. Gostei do final. Bem bolado. Parabéns camarada!
Grande Ocelot!
Que bom que vc gostou camaradinha!
Realmente essa fi deu um trabalhão prá ficar "passável", ainda mais por não tse tratar de algo que eu domine, pois é preciso cuidado pro Terror não virar um Terrir...
Espero que eu consiga isso nos próximos que virão...
Valeu o comentário amigão! Um abraço e até mais!
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Mensagem por Ocelot Sáb Nov 21, 2009 2:10 pm

terão outros dias ?
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Mensagem por Resgate Sáb Nov 21, 2009 3:53 pm

Teriam... esse era um projeto que foracpensado para ser feito com outros escritores, cada um escrevendo um dia... mas acabou não dando certo... Mas eu ainda vou fazer outros dias...
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