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Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!!

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Mensagem por Resgate Seg Fev 15, 2010 11:12 am

Olá leitores ávidos por novidades aqui do CP!!
Estou criando de surpresa esse tópico onde concentrarei as histórias de personagens que fazem parte do Universo Antares.
Assim não atolo a pasta com vários tópicos e facilito a leitura.
O primeiro personagem que terá suas histórias lançadas será o Teatral
Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! 3998698121_fd8dec33ec_o
Esse personagem surgu em umas crises de depressão que tive e coloquei prá fora minhas tristezas e encucações.
Aproveitei e reuni títulos de peças nacionais para os títulos de cada história.
Ainda bem só fiquei prá baixo o suficiente duas vezes para escrevê-lo e exatamente essas duas histórias serão postadas em seguida.
Portanto, sem mais delongas, boa leitura e se preparem, pois esse universo está em franca expansão!


Última edição por Resgate em Sex maio 14, 2010 3:14 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Resgate Seg Fev 15, 2010 11:19 am

Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! 3926101517_cf7d77e79e_o
Apenas uma noite.[1]
Por João Norberto da Silva.

Sobem as cortinas

O cenário:

Um quarto escuro, onde a luz da rua entra apenas por uma pequena fresta da janela fechada. Uma cama simples, um criado mudo onde jaz um abajur, desses comuns em lojas de R$1,99 ao lado de um livro de Machado de Assis, cujas páginas gastas estão abertas de forma despudorada, deixando ao léu as palavras do escritor, um guarda-roupa permanece com uma das portas quebradas, que pende insistentemente. Esses são os únicos móveis ali.

Nas paredes vários cartazes de peças teatrais que estiveram em cartaz há anos atrás, dividem espaço com as novidades da semana, criando um ar caótico no quarto, deixando claro que, quem quer que more ali, não está no juízo perfeito de suas faculdades mentais.

Existem apenas duas portas. A que leva para fora do quarto e a do banheiro, o único outro cômodo, que finalmente se abre, dando passagem ao personagem principal.

Este entra no quarto arrastando os pés, corpo todo arqueado como um velho, mas sendo possível perceber se tratar de alguém bem jovem, por volta dos vinte e um anos. Vai até o criado mudo, abre uma gaveta e dela tira um CD-Player, coloca um CD do cantor Oswaldo Montenegro, põe os fones de ouvido e senta na cama ao mesmo tempo em que a música “A Lista” começa a tocar.

Ele cerra os olhos, voltando o rosto para o teto, curtindo a música. Lágrimas começam a descer lentamente por sua face e ele volta o corpo para frente, como se fosse vomitar. Depois de um acesso violento de tosse, ele leva a mão até o criado mudo outra vez e, ainda com alguns espasmos da tosse, de lá retira um revólver calibre 38. Ele abre o tambor e nota que existe apenas uma bala, recoloca o tambor no local, dá um giro no mesmo e leva a arma à têmpora direita. Enquanto ouve a música “Chão de Giz”, com as mãos firmes, sem sinais de tremedeira, aperta do gatilho.

Nada.

Ele volta a abrir os olhos e percebe que a bala estava pronta para ser disparada, caso ele tentasse outra vez. Decide devolver a arma para o criado mudo e se ergue, ainda ouvindo o CD-Player, indo na direção do banheiro. Uma vez lá dentro ele lava o rosto, e se olha no espelho.

Personagem principal: - Afinal... Quem é você?

Ele volta para o quarto e vai até o guarda-roupa, de lá retira o que parece ser uma malha de ginástica na cor verde, botas e luvas pretas. Veste-se lentamente, como se fosse um ritual de renascimento, e vai novamente até o banheiro, levando nas mãos a típica máscara, símbolo do Teatro, com metade do rosto feliz e metade triste.

Personagem principal: – Será Sérgio? (Ele coloca a máscara. Uma pausa dramática) – Ou será o Teatral? (ele ergue o corpo arqueado, agora aparentando um vigor inesperado e discursa como se houvesse um grande público a ouvi-lo) – A vida me escolheu hoje! Portanto devo retribuir levando a arte para os palcos que ela me proporciona! Que as luzes da Ribalta se acendam! (Dito isso ele vai até a janela do banheiro e ganha a noite)

Descem as cortinas

***

Sobem as cortinas

O cenário:

Um típico beco da cidade, as paredes de ambos os lados se encontram tomadas de pixações, algumas com desenhos, mas a maioria com frases que vão desde as simplesmente mal-educadas, às cheias de preconceito e ódio.

Mal se dá para ver o chão, tamanha é a quantidade de lixo espalhado. Latas de cerveja e refrigerante, camisinhas usadas, caixas de papelão, sacos pretos, abertos pelos cachorros e moradores de rua, excrementos completam a degradante visão do beco, mostrando como os seres humanos podem ser porcos. Porcos e covardes como é visto em seguida.

Um grupo de jovens, todos trajados com as típicas roupas do movimento punk entram em cena, arrastando uma garota para o beco. Ela tenta se soltar, mas o número e força deles é superior à dela e, entre lágrimas ela grita. Mesmo com o sangue que escorre de sua boca, resultado de um soco que a mesma levou, seus gritos por socorro chegam às janelas que dão para o beco. Nos apartamentos acima, entretanto, as pessoas evitam a todo custo se envolver.

Punk # 1:- É isso aí!!! Vamos barbarizá a vaca e depois detoná ela!!

Punk # 2:- Podicrê!!! É o bichooooo!!!

O terceiro punk apenas continua a arrastar a garota com violência, ele puxa o braço dela e a lança sobre os sacos de lixo, espalhando a imundice e fazendo com que a garota tenha espasmos de tosse e ânsia de vômito, mas antes de concretizar o que ela queria, um dos atacantes a tira dali.

Punk # 2:- Porra cara... Quer fazer a festinha no meio do lixo? Tu é nojento... Hehehehe...(Ele começa a soltar seu cinto e abrir sua braguilha) – Se prepara prá ser feliz, piranha...

Garota:- Por favor...(Ela respira profundamente fazendo o típico barulho de um nariz cheio de coriza) – Não façam isso... (Se encolhe, tentando proteger suas partes íntimas, mas é inútil e um dos punks arranca sua blusa com violência, deixando seus seios à mostra)- NÃÃÃÃÃOOOO!!!

Punk # 3:- Olha como berra a cadela... (Ele também começa a abrir as calças) – Vou colocar uma coisa na boca dela prá parar essa gritaria...

Os três se abaixam e jogam longe a saia da garota, após acertarem mais golpes nela e deixá-la quase sem sentidos. Em seguida começam a fazer um tipo de sorteio para decidirem quem a estuprará primeiro. Nesse momento uma voz é ouvida sem que se veja outra pessoa em cena

Teatral:- Soltem a mulher rufiões!!! Ou enfrentem a minha ira!

O herói pousa pouco atrás dos punks, estes se mostram confusos com a chegada de uma figura tão espalhafatosa, fazendo várias poses e se preparando para lutar, ficando parado de uma forma que fez os criminosos rirem alto.

Punk # 2:- Cacete! Quem é esse boiola?

Punk # 1:- Sei lá cara... O que importa é que ele vai morrê!

Os três começam a avançar, enquanto Teatral não faz nada. Equanto a vítima recolhe suas roupas e olha para aquele que tenta salvá-la, se surpreende com o que acontece a seguir.

O Teatral salta contra os três atacantes derrubando-os quando, usando suas costas, os atinge em cheio nas cabeças para, em seguida, cair de pé e continuar a atacar, dessa vez usando os pés numa seqüência de chutes que acabam por derrubar de vez um dos inimigos e ferir seriamente outro.

Teatral:- Última chance... Rendam-se e eu os poupo de mais dor e agonia... - (Ele dá um pulo para trás, se preparando outra vez, pois os inimigos restantes correm em sua direção, urrando de ódio) – O funeral é de vocês!

O primeiro punk a alcançar o herói cai pesadamente no chão, com dificuldade de respirar, depois de um golpe rápido contra seu pescoço. O último inimigo que se mantém em pé, com dificuldade, se detém ao ver o colega caído e tenta fugir, mas é impedido quando Teatral salta e o atinge com um chute na nuca que, por pouco, não quebrou seu pescoço.

O herói se aproximou da garota, esta agora conseguia se colocar de pé, sendo amparada por ele. Os dois ficam frente a frente, olhos nos olhos, algo que parecia com um clima romântico começara a surgir, mas logo o herói a afastou delicadamente.

Garota:- Muito obrigada... ObrigadaObrigadaObrigadaObrigada... O que mais eu posso fazer prá agradecer?

Teatral:- Apenas evite problemas... Eu já tenho muito com o que me preocupar... E posso não estar por perto numa outra vez. (o som de sirenes começa a ser ouvido) – Pelo visto ainda existem bons samaritanos por essas bandas... Ligaram para a polícia... Eles podem cuidar de você agora... Adeus!

Dito isso ele se lança para o alto, se escorando nas paredes dos becos e logo some do campo de visão dela e da platéia, deixando a garota sozinha com seus agressores, até que alguns policiais se aproximam para ajudá-la.

Descem as cortinas

***

Sobem as cortinas

O cenário:

Numa rua mal iluminada outra garota, esta aparentando ser menor de idade, se apóia num poste. Ela usa roupas curtas e provocantes, se exibindo para quem passa, deixando claro suas intenções.

Logo um carro de marca importada surge e, aos poucos, se aproxima da garota. O motorista e ela travam diálogo impossível de ser ouvido e, quando ambos parecem chegar a um acordo e ela leva a mão para abrir a porta do passageiro, acaba se afastando, como se visse algo assustador do outro lado da rua e, quando o motorista se volta, ele só tem tempo de ver um pé se aproximando de seu rosto.

Após chutar o motorista, Teatral o arrasta para fora do carro e o joga com o rosto na direção do asfalto da rua. Achando que o outro desmaiou, o herói se dirige para a garota, a fim de lhe falar e acaba não percebendo que o outro puxou uma arma.

O som do tiro ecoa na noite e o herói leva a mão até o abdômen, percebendo que uma mancha vermelha começa a se formar, além de ver que o tiro o trespassara e a bala se alojou na porta do carro.

O herói percebeu o olhar de medo da garota.

Antes que qualquer um dos presentes consiga sequer pensar, Teatral desfere um potente chute no rosto do homem que lhe feriu, deixando este realmente desacordado dessa vez. Em seguida ele salta e fica agachado no teto do carro, o rosto bem próximo da garota e fala entre gemidos de dor.

Teatral:- Siga essa rua até um sobrado... Número 72... Quando uma mulher atender... Diga que foi o Teatral quem te mandou prá lá... Aaahhhh... Ela vai te ajudar a sair dessa vida... Do contrário...

A garota não espera o final da frase e sai correndo para fora da cena. O herói coloca a mão sobre seu ferimento, olha mais uma vez para o homem caído, dá um ultimo chute na virilha deste e então também saí de cena, com o corpo encurvado pela dor.

Descem as cortinas

***

Sobem as cortinas

O cenário volta a ser o do quarto do herói.

Um som é ouvido do banheiro e logo Teatral reaparece em cena, aparentemente sentindo muita dor. Ele tira a máscara e a joga sobre a cama para, logo em seguida, após um longo suspiro, retirar o resto do uniforme. Agora ele se ergue, como se nada tivesse acontecido, o local onde antes estava cheio de sangue devido ao ferimento, agora está limpo e não há o menor sinal de que uma bala tenha passado por ali.

O jovem joga o uniforme dentro do guarda-roupa, vai até a cama e senta-se, pegando em seguida o que parece ser um retrato.

O rapaz:- Mais uma noite, meu amor... Outra vez, quando me desfaço do personagem nada mais resta, nem ferimentos ou mesmo as memórias completas do que ele fez... Amanhã terei que recorrer aos jornais de novo... (ele pega a arma outra vez, confere a única bala e recoloca na gaveta.) – mais uma noite em que eu não pude me unir a você... Mas amanhã é outro dia... Pois hoje, outra vez, foi apenas uma noite para o... Teatral. (Ele se deita e puxa um lençol sobre si)

As luzes se apagam aos poucos e a cortina se fecha pela última vez.


FIM


[1] Essa é uma peça do autor Pedro Neschling. A cada número do Teatral eu colocarei o nome de uma peça brasileira que, espero eu, tenha algo a ver com a minha história, mesmo que seja apenas por causa do nome.
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Mensagem por Resgate Seg Fev 15, 2010 11:22 am

Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! 4036964997_1cbf7ee48b_o
Black-Out.[1]
Por João Norberto da Silva.

Sobem as cortinas


O cenário:

O já conhecido quarto do protagonista, com novos cartazes que mostram as mais atuais peças no circuito nacional.

Nada acontece por um bom tempo e só depois de mais alguns minutos de silêncio no local, a porta do quarto é aberta com violência, mostrando o protagonista, que agora sabemos se chamar Sérgio, entrar afobado e com uma expressão de felicidade que causa estranheza.

Sem deixar de rir seu riso louco ele dança por todo o quarto e, em meio a piruetas, ele põe uma das mãos nos bolso e, com um sorriso ainda maior, retira de lá uma pequena caixa, a abraça e dança mais desvairadamente com a caixa colada em seu peito, com as duas mãos a protegê-la.

Sérgio senta na beira de sua cama, visivelmente se fôlego por conta de sua dança e, de uma gaveta também conhecida, ele retira sua arma e começa a admirá-la como se fosse a primeira vez que a vê.

Ele a acaricia, puxa outra caixa, esta maior que a primeira e retira vários materiais de limpeza, desmonta a arma, a limpa até a mesma brilhar como se fosse nova para, então, ele a remontar e a deixar na cama ao seu lado, pegando novamente a primeira caixa e olhando-a fixamente.

Aos poucos ele abre a caixa e então finalmente revela o que existe em seu interior: Uma bala!

Com as mãos tremendo, Sérgio abre o cão da arma e coloca a segunda bala, deixando dois espaços vazios entre esta e a que já estava lá para, em seguida, engatilhar a arma.

Sem deixar seu sorriso sumir, ele coloca o cano da pistola na têmpora direita, fecha os olhos num semblante sonhador e aperta o gatinho.

Nada. Ele viveria mais um dia.

Claramente decepcionado Sérgio guarda a arma, se levanta e vai até o banheiro fechando a porta atrás de si, o que permite apenas o som da água de uma torneira ser ouvido, até que o silêncio impere outra vez por alguns instantes.

Com o rosto extremamente abatido, contrastando violentamente com a alegria de outrora, Sérgio se dirige para o guarda roupa e de lá retira sua vestimenta de Teatral, ele a olha de vários ângulos, percebendo que a marca do tiro, que ele tomara há um tempo que não podia precisar, já havia sumido, algo ele mesmo não estranha mais, o que deixa claro quando dá de ombros antes de começar lentamente a se vestir.

Quando finalmente coloca a máscara, ergue o corpo e sua voz soa vibrante e cheia de energia:

Teatral: – As luzes da Ribalta mais uma vez brilham sobre meu corpo e é chegada a hora de representar meu papel nesse imenso teatro que é a vida!!!

Teatral se lança com um vigor ainda maior através da janela do banheiro, indo em direção ao desconhecido.

Descem as cortinas

***

Sobem as cortinas


O cenário:

Uma rua próxima a um grande terreno baldio, dois carros param um de frente para o outro, um dos carros é um Siena Blaze prata, o outro carro é uma viatura da polícia. Do Siena descem dois homens e da viatura um policial. Um dos homens se adianta, deixando claro ser o chefe do outro, que permanece logo atrás e extremamente calado, nem parecendo que estava ali.

Homem 1: – Então estamos acertados Juarez?

Juarez, o policial: – Claro Seu Anderson... Pela grana que você tá me pagando eu entregava até o Papa... Mas quem é esse aí? Acho que num conheço...

Anderson: – O nome dele é Santos... Já está comigo há algumas semanas e resolvi trazê-lo para mostrar como a banda toca... Então se está tudo perfeito, me dá aqui a rota do carro que transporta as drogas apreendidas... Eu sei que é hoje e, sendo assim, tenho que passar isso para meus rapazes o quanto antes e...

“Parem malfeitores!!!” Apenas a conhecida voz do Teatral ecoa pela cena, fazendo os três homens sacarem suas armas e procurarem ao redor quem os estava ameaçando, mas mesmo assim eles se surpreenderam quando o herói pousou sobre o teto do Siena e deu um chute certeiro no homem que havia ficado em silêncio até então.

Teatral: – Toda vez que seu veneno se espalha, crianças morrem ou perdem alguém querido!!! (Ele dá um chute desarmando os demais criminosos enquanto não pára de falar.) – Não posso permitir isso!

Ele gira o corpo acertando com força o rosto do policial, fazendo com que este seja lançado contra o capô da viatura para, logo depois, escorregar até cair pesadamente no chão.

Teatral ainda consegue escapar dos poucos tiros que os demais criminosos, depois de recuperarem suas armas, conseguem disparar, desarmando-os novamente e encaixando um chute no estômago de um e socando o queixo do homem que fora chamado de Anderson, deixando-os ajoelhados no chão. O homem silencioso tem uma pontaria terrível, nem conseguindo mirar direito no ágil oponente.

O Teatral realiza uma série de piruetas e logo fica de pé, com os punhos fechados colocados ao lado de sua cintura, numa pose clássica e digna dos grandes heróis do passado.

Teatral: – Que essa lição seja aprendida por todos vocês criaturas abjetas!!! Quando Teatral está no palco da vida, o mal não tem chances e... AAARRRGGGHHHH!!!!

O herói fica com o ombro direito vermelho e cai no chão tentando tocar o ferimento com sua mão esquerda, quando um homem surge em cena, tento estado obviamente escondido por todo esse tempo.

Anderson: – Droga Betão... Não podia ter sido mais rápido? O desgraçado me acertou uma boa porrada...

Betão: Mal aí chefia... Fiquei na moita prá tentar descobrir aquele outro lance...

O homem silencioso se ergueu finalmente, ainda com uma das mãos sobre a barriga, parecia estar sentindo muita dor devido ao golpe que levara, mas ao se aproximar de Anderson o recém chegado puxa sua arma e acerta três tiros certeiros no homem, um da cabeça e dois no peito.

Betão: – O tal de Santos tava mesmo infiltrado chefe! (Ele recoloca a arma na parte de trás de sua calça, se estava quente ele não se importou) Como foi que o senhor desconfiô?

Anderson: – Não se chega na minha posição sem saber de um ou outro truque, que não se deve contar para ninguém... Agora vamos acabar nosso negócio.

Betão: – E essa bicha mascarada?

Anderson: – Já cuidamos dele. (Ele então se aproxima do policial caído e estende uma de suas mãos na direção dele) – Onde está a rota Juarez? (O outro, apesar da dificuldade, enfia a mão num dos bolsos da calça e entrega um papel para o criminoso) – Ah! Perfeito... Betão?

O outro bandido se aproxima de Juarez e, apesar desse estender a mão esperando uma ajuda para se levantar, retira novamente sua arma da parte de trás da calça e dá cinco tiros no policial corrupto.

Betão: – Feito chefe... E agora?

Anderson – Você deixou o Ômega aqui perto? Perfeito... Coloque o mascarado no porta-malas do Siena, apague as suas digitais da arma e deixe-a caída ao lado do corpo do Juarez... Vou fazer uma pequena ligação.

Enquanto Betão faz o que seu chefe pediu, Anderson se afasta, retira seu celular do bolso, fala num tom inaudível e logo depois se volta para seu capanga.

Betão: – Num vai querer ver a cara dele?

Anderson: – E prá que que eu vou querer ver a cara dessa bicha de colante? A polícia logo estará aqui... Quando encontrarem o mascarado no porta-malas, levará muito tempo até ele se explicar... Tempo suficiente para realizarmos nosso outro plano sossegado...
Assim que Betão fecha o porta-malas todas as luzes se apagam.

Descem as cortinas

***

Sobem as cortinas


O cenário:

Numa rua da cidade vários homens estão conversando amenidades, até que um Ômega preto se aproxima, parando a poucos metros de onde o grupo está reunido. Da porta de trás do passageiro surge Anderson, ele caminha com um sorriso no rosto antevendo a possibilidade de grana fácil que se avizinha.

Anderson: – Boa noite cambada... (Todos os presentes tentam ser simpáticos com o chefão, nunca se sabe quando o próprio pode ser uma chance de crescer na organização.) - Certo... Consegui a rota do transporte das drogas. Até onde eu sei a proteção não é exagerada para não chamar muito a atenção de bandidos... Hehehehehe... (Todos riem como se uma das melhores piadas do mundo tivesse sido contada.) - Chega de rir bando de puxa-sacos... Vamos indo... No caminho e passo as informações do que cada um tem de fazer e...

Betão está apoiado na porta aberta do lado do motorista, vendo como seu chefe comanda aquela escória, ele sabe que a maioria dos presentes vai acabar com a grana que ganharem em drogas, prostitutas e outras inutilidades, mas Betão tem outros planos. Planos maiores que incluem o fim de Anderson em breve, para que outro chefão, ele próprio, claro, possa assumir.

Os planos do criminoso, no entanto serão adiados por um tempo indefinido.

Teatral: – Que o terror encha seus corações malfeitores!!!! (Dizendo isso, o herói salta detrás do Ômega, acerta um soco na nuca do Betão e, depois desse cair dentro do carro, ele fecha a porta do veículo com um potente chute, permitindo que o eco de ossos quebrando seja ouvido ao longe) – Teatral está aqui para colocar um ponto final em seus ardilosos planos!!!!

Todos ficam paralisados por causa da bizarra situação, se perguntando o que fazer, uma vez que o cérebro não era o principal ingrediente nos homens que contratava, Anderson tenta tomar o controle da situação.

Anderson: – O que tão esperando bando de retardados? Quem pegar ele e me trouxer aquela máscara ridícula ganha uma grana extra!!!

Era o que faltava de incentivo para que todos os bandidos engatilhassem suas armas, outros puxassem canivetes e os que estavam desarmados preparavam os punhos. Nos dias de hoje uma promessa de dinheiro fácil é mais do que suficiente para transformar homens em nada mais que animais e assim todos se lançaram ao ataque.

Se fosse possível ver o rosto do Teatral, com certeza no sorriso que ele esboçou seria percebido um laivo de felicidade louca por estar diante de uma situação tão mortal.

Quando o primeiro bandido se aproximou, tentando acertar uma facada no herói, este girou o corpo e, segurando o braço de seu oponente, o virou até que se ouviu novamente o som de ossos quebrando. Os bandidos que traziam armas de fogo ficaram para trás, esperando uma brecha para atirarem ou, pelo menos, que os doidos que tentavam um combate corpo a corpo, amaciassem o inimigo o suficiente para que eles ficassem com o serviço fácil.

Claro que, quanto mais “colegas” fossem derrubados, maiores eram as chances de um deles ganhar o dinheiro prometido pelo chefão.

Outro bandido, este com um soco inglês, recebeu um potente golpe no rosto, caindo já sem sentidos e com grande parte de seus dentes dianteiros quebrados, além do sangue que vertia de sua boca. Um destino parecido tiveram ainda mais três outros, até que um deles conseguisse enfiar um canivete no flanco direito do herói, ficando com a esperança de encerrar a luta, mas o que aconteceu o surpreendeu.

Teatral: – Acha que tal ferimento pode deter um herói do meu calibre? (Ele então tira o canivete e, mesmo com o sangue que escorre do machucado, ele joga a arma no chão e fita os demais inimigos) – É o melhor que podem fazer? Pois que seu chefe se acautele e tema, pois essa noite teu mal não afligirá nenhum inocente!!!

Os bandidos armados hesitam, apesar das notícias dos jornais e da televisão sobre super seres que estão se espalhando pelo mundo, nenhum deles havia encontrado um antes e não sabem o que fazer exatamente, mostrando mais uma vez sua deficiência no quesito inteligência.

Anderson: – Tão esperando o que seus idiotas?!!! Matem ele!!!!

Mais uma vez uma ordem era o que os criminosos precisavam para abrir fogo contra o Teatral, mas este demonstra uma agilidade e velocidade fora do comum, enquanto desvia das balas fazendo movimentos que mais lembram um balé, mas assim que ele se aproxima dos inimigos, começa a distribuir golpes tão truculentos quanto os de um lutador de vale tudo.

Em poucos minutos um ferido Teatral está de pé em meio aos inimigos caídos. Ele fita o outro homem que permanece em pé, Anderson e, depois de respirar profundamente fala com uma voz de trovão que ressoa na noite:

Teatral: – Vê como é inútil tentar deter minha justa causa? (Ele salta sobre o chefão, este ainda tenta puxar uma arma, mas é desarmado rapidamente, sendo derrubado em seguida, o herói começa a desferir vários socos no rosto do criminoso) – Como prometi, hoje eu encerro sua carreira de perfídias, cruel vilão! Hoje você receberá a justiça do Teatral!!!!

Mais golpes são desferidos, até que filetes de sangue são lançados pelo ar da noite. A fúria do herói só é interrompida quando o som de sirenes começava a ficar mais e mais alto, indicando que é hora de sair de cena, mas antes ele termina de golpear o chefão com um certeiro chute no queixo deste, largando-o caído.

Descem as cortinas

***

Sobem as cortinas


O cenário:

O quarto do protagonista fica em silêncio por alguns minutos até que o herói entra em cena, saindo do banheiro e trombando com vários móveis derrubando-os barulhentamente pelo chão.

Ele retira seu uniforme em desespero, como se sua vida dependesse disso e logo que todas as peças são retiradas e imediatamente jogadas dentro do guarda roupa, Sérgio solta um urro de dor, mesmo sem ter um ferimento à mostra em seu corpo e ele mal consegue chegar à cama onde já cai desfalecido.

As luzes se apagam e logo depois se acendem, mostrando que já é o dia seguinte, com o protagonista lendo o jornal, querendo saber o que seu alter-ego fez na noite passada. Ele se pega lendo em voz alta, e cheia de raiva, a manchete do dia:

Sérgio: - “As Autoridades estão em um verdadeiro Blecaute sobre a morte de dois policiais na noite passada, mais detalhes na página A-8. (ele começa então a ler a notícia) - O chefão criminoso, Anderson Rodrigues, preso na noite passada com vários outros bandidos, todos com fichas extensas, acusa um “herói”, como ele frisou bem, de envolvê-lo em ações criminosas bem como ser o verdadeiro responsável pela morte dos dois policiais encontrados perto de um terreno baldio. As autoridades ainda não se manifestaram, mas fontes dentro do departamento de polícia garantiram que o Teatral, como o vigilante foi identificado por Anderson, será caçado como um assassino, seja ele inocente ou não”.

Ele anda de um lado para o outro do quarto, extremamente inquieto, levando as mãos à cabeça e só pára por alguns minutos enquanto fita a gaveta onde está sua arma, agora com duas balas, mas logo pega uma blusa numa cadeira e sai batendo a porta e reclamando em alto e bom som.

Sérgio: – O que eu fiz prá merecer isso?!!

As luzes se apagam aos poucos e a cortina se fecha pela última vez.


FIM

[1] Essa é uma adaptação de uma peça americana que aqui no Brasil foi dirigida por Antunes Filho.
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Mensagem por Vampira Seg Fev 15, 2010 1:49 pm

Li a primeira parte e posso dizer que ADOREI. Mostra o quanto vc é versátil ao escrever suas historias!
Parabéns!
Vou tentar me organizar aki para logo ler o outro!

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Mensagem por Resgate Seg Fev 15, 2010 5:40 pm

Vampira escreveu:Li a primeira parte e posso dizer que ADOREI. Mostra o quanto vc é versátil ao escrever suas historias!
Parabéns!
Vou tentar me organizar aki para logo ler o outro!
Olá madame-dona-Vampira!
que legal ver você já visitando esse novo tópico!
E o Teatral realmente é um tipo de história que visito só às vezes, tanto que não consegui bolar uma terceira história, mas pretendo fazer algum dia...
E agurde pois em breve muitas outras histórias aparecerão por aqui... Tenho tido muuuuitas idéias ultimamente...
Aguarde e confie
Um abração e valeu pelo comentário!
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Mensagem por Vampira Seg Fev 15, 2010 5:47 pm

Pois é, e já li o segundo...
cara... vc devia estar mesmo deprimido né?
Muitas perguntas vendo essa segunda historia(nao fiz antes pq pensei que seriam respondidas)
Como ele foi ficar assim... como ele sofre essas "curas" e enfim...
To pasma...
muito bom!

Espero ver novas historias logo mesmo... (e nao precisa ser dele especifico Razz nao te quero deprimido)

Abração!

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Mensagem por Resgate Seg Fev 15, 2010 9:24 pm

Vampira escreveu:Pois é, e já li o segundo...
cara... vc devia estar mesmo deprimido né?
Muitas perguntas vendo essa segunda historia(nao fiz antes pq pensei que seriam respondidas)
Como ele foi ficar assim... como ele sofre essas "curas" e enfim...
To pasma...
muito bom!

Espero ver novas historias logo mesmo... (e nao precisa ser dele especifico Razz nao te quero deprimido)

Abração!
Opa! valeu Vampira!
Eu tava malzão mesmo... Espero nunca mais votlar a ficar daquele jeito e ae o desafio será fazer uma terceira história... hehehe
Pelo menos para dar algumas respostas né?
E aguarde pois logo aparecerão muitas outras Ones por aqui Wink
Abração, valeu mesmo os comentários e até mais!
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Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! Empty Re: Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!!

Mensagem por Mr. Black Ter Fev 16, 2010 4:37 pm

Interessante a série, primeiro pela forma diferente de narrativa com esta estrutura semelhante ao roteiro de uma peça de teatro ou filme e, em segundo lugar, pelo tipo de herói triste e deprimido que aparente vai a luta muito mais pelo desejo de morrer do que realmente ser um herói. Acho que tem coisas estranhas a serem contadas dele, primeiro é que aparentemente ele brinca de roleta russa a bastante tempo e não morre, e segundo foi o lance do ferimento que cicatrizou como por encanto. Sorte? Duvido muito. No segundo texto que envolve policiais corruptos e chefões do crime, teatral continua tendo “sorte”, apesar de seu desespero no final onde passa a ser alvo também da polícia dá a entender que as cortinas ainda se abrirão outras vezes. Maluco o personagem, Resgate. Um tipo bem atípico de herói, você se cada vez consegue se superar.



Abração.
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Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! Empty Re: Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!!

Mensagem por Resgate Qua Fev 17, 2010 8:08 am

Mr. Black escreveu:Interessante a série, primeiro pela forma diferente de narrativa com esta estrutura semelhante ao roteiro de uma peça de teatro ou filme e, em segundo lugar, pelo tipo de herói triste e deprimido que aparente vai a luta muito mais pelo desejo de morrer do que realmente ser um herói. Acho que tem coisas estranhas a serem contadas dele, primeiro é que aparentemente ele brinca de roleta russa a bastante tempo e não morre, e segundo foi o lance do ferimento que cicatrizou como por encanto. Sorte? Duvido muito. No segundo texto que envolve policiais corruptos e chefões do crime, teatral continua tendo “sorte”, apesar de seu desespero no final onde passa a ser alvo também da polícia dá a entender que as cortinas ainda se abrirão outras vezes. Maluco o personagem, Resgate. Um tipo bem atípico de herói, você se cada vez consegue se superar.



Abração.

E ae Black, meu irmão!
Que bom que você gostou do Teatral.
Essa estrutura foi uma quase crítica ao pessoal que costuma escrever histórias semrpe colocando o nome do personagem antes da fala... nunca me acostumei com isso...hehehehe Acho quenum roteiro ou numa peça teria mais sentido e resolvi experimentar...heheh
Quanto aos mistérios eu realmente pretendo voltar a esse personagem para responder essas questões, nem que seja num capítulo final para amarrar todas as pontas soltas e, quem sabe, dar u mdesfecho a essa "brincadeira" de roleta russa... Wink
Valeu mesmo o cometário amigão!!!
Um abraço e até mais!
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Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! Empty Re: Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!!

Mensagem por Resgate Sex Mar 19, 2010 9:47 am

Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! 4440137169_540496ed2c_o
Por João Norberto da Silva.

Dia 25 de Janeiro de 2010. São Paulo, fim de tarde.

- Lábaro 2, na escuta? Lábaro 2? Cadê você Jão?

- Cacete Rodrigo... Tô muito ocupado aqui! Dá prá não me chamar desse jeito e parar com essa babaquice de filme americano?

- Qual é cara... Você esquece que eu sou o herói mais experiente aqui... Tenho...

- “Mais de vinte anos de estrada cósmica”... Você só sabe falar isso... Dá um tempo e escaneia a área prá achar mais alguém que esteja precisando de ajuda... Tô quase terminando aqui...

- Certo... A algumas quadras à sua direita tem um carro que está começando a ser levado pela enxurrada... Mãe e filha estão em perigo.

- Certo estou indo para lá!

- OK Lábaro 2, câmbio!

- Ah, vai à merda!!

Alheios à discussão via ondas de rádio, dois amigos erguiam as mãos em agradecimento ao homem que acabara de salvá-los.

Eles haviam ficado ilhados minutos depois do começo da chuva, mesmo com aquela cena se repetindo dia a pós dia, Lucas e Sérgio acreditavam que iam conseguir chegar em casa secos, como havia acontecido a alguns dias atrás.

Isso acabou deixando-os descuidados com a hora e quando as águas começaram a bater em suas cinturas, ele tiveram que se virar como puderam, se agarrando a um poste para não serem levados.

Quando o cansaço parecia prestes a vencê-los, uma figura humana, trajando o que parecia ser um uniforme com as cores da bandeira brasileira, se aproximou voando e com muito cuidado retirou os dois do meio das águas e então, após levar uma das mãos ao ouvido esquerdo, se afastou, indo ajudar em outros lugares.

Jussara mantinha a pequena Camilla em seus braços, rezando a Deus por um milagre, após cometer a insensatez de tentar atravessar um trecho de rua alagado e acabando por ficar presa, entregue à vontade da correnteza.

Pouco a pouco o carro era arrastado para um ponto onde ele seria, com certeza, totalmente encoberto.

Quando as águas imundas começaram a escorrer para dentro do veículo, através das janelas laterais, Jussara fechou os olhos, pedindo perdão para sua filha por causa de sua estupidez.

Após um pequeno tranco ela sentiu o carro parar, fazendo com que erguesse seus olhos à procura do motivo da parada brusca.

Nada prepararia Jussara para o que ela viu.

Um homem vestido num uniforme colorido estava parado diante do carro, com o peito apoiado do capô e os braços aparentemente segurando o pára-choque.

A surpresa daquela situação aumentou ainda mais quando o homem começou a empurrar o veículo contra a correnteza, levando mãe e filha para um lugar seguro.

Antes de Jussara sair do carro, pretendendo agradecer ao seu salvador do jeito que ele quisesse, deixando bem claro que ele sim seria um bom pai para sua filha, seu salvador já se afastava, indo na direção de outro dos vários pontos de alagamento da cidade.

- Pelo jeito a tarde a noite vão ser longas Rodrigo...

A resposta do outro pelo rádio dizia para que João não usasse os nomes reais deles e acabou recebendo apenas um resmungo como resposta.

- Para se ser chato... Já falei que não quero saber dessas frescuradas de “câmbio” ou “Lábaro 2” e o cacete a quatro......

Enquanto a discussão prosseguia, prosseguia também o trabalho do herói conhecido como Lábaro.

Em outro lugar, bem longe dali, um grupo de homens acompanhava o que acontecia em São Paulo.

- Então é ele?

- Sim... É esse mesmo o desgraçado que destruiu meu castelo e...

- Cala boca Edmar... Temos coisas muito mais importantes para discutir doque o destino daquela merda que você fez...

- Mas eu...

- Calado.



- Ótimo... Acho que todos concordamos que é arriscado ter um “herói” como esse, livre pelo Brasil e nos enfrentando a todo momento... Alguém tem uma ideia?

- Que tal um suborno?

- Ou então uma difamação... Quem sabe os meninos do CQ...

- Esqueçam isso! - O homem revirava os olhos, ao perceber que seus colegas não haviam percebido que se tratava de uma pergunta retórica. Ele teve de se conter, tamanho era o ódio pelos demais homens à mesa. - Eu tenho a solução mais definitiva... Preciso apenas da aprovação de todos vocês...

Fotos são espalhadas pela mesa de reuniões e todos os presentes arregalam os olhos.

- Mas isso...

- É... Hum... Pouco demais não é?

- Exato... Tem certeza de que não podemos ser ligados a isso?

- Meus caros, se estou oferecendo uma solução, claro que é a melhor de todas... Garantido. - Silêncio. - E então... Quem é a favor?

Pouco a pouco todos os presentes ergueram as mãos, o autor da ideia sorriu, levando um celular ao ouvido e então, assim que a ligação foi completada ele simplesmente falou:

- Libertem a Felicidade...

XXX

O passado.

Enquanto Antares lutava contra o Comandante Tayagon no planeta Svitar, na Terra a mãe do rapaz se trancara no quarto, aguardando novidades sobre a situação do filho.

Já Rodrigo, pai de Jonathan, tinha outros planos.

Ele saiu do quarto de hóspedes e, após tomar café e ter a certeza de que Luíza realmente não sairia, ele voltou para o quarto, abrindo uma caixa que ele mantinha escondida embaixo da cama.

Ele tirou lá de dentro duas manoplas de metal, com as cores da bandeira brasileira e ficou longos minutos admirando-as.

“Valeu papai...” Ele foi colocando aos poucos as manoplas, lembrando das noites passadas na companhia da imagem holográfica de seu pai, enquanto Luíza e Jonathan dormiam. “Sem você eu não teria conseguido”.

Após a transmissão dos americanos, falando sobre a existência de um superser, o tal Potentman, uma ideia tinha se fixado na cabeça de Rodrigo, afinal, ele tinha sido por toda sua vida um herói e por que não ser novamente?

Assim ele aproveitou os momentos que tinha a sós com seu pai e juntos criaram algo que possibilitaria a Rodrigo realizar seus desejos.

Com um pouco de hesitação, Rodrigo terminou de colocar as manoplas e após respirar profundamente apertou um botão na da direita que imediatamente começou a zunir para, em seguida, criar uma onda de energia que cobriu todo o corpo dele, mas que sumiu em poucos segundos.

Rodrigo então olhou no espelho do guarda roupas e um sorriso surgiu em seu rosto. Ele então foi até a janela do apartamento, aguçou os ouvidos para ter certeza de que Luíza não saíra mesmo de seu quarto e só então se jogou.

A rua ia chegando cada vez mais perto, Rodrigo tentava se concentrar ao máximo para fazer sua roupa funcionar e quando faltavam poucos metros para sua primeira tentativa virar a última, ele conseguiu fazer uma curva e se lançar aos céus de São Paulo.

- É ISSSOOOO AAAAÍÍÍÍÍÍÍ!!!!!!!!

Alguns moradores da cidade viram o estranho acontecimento enquanto iam para o trabalho, vários motoristas se acidentaram e quase todas as emissoras de televisão receberam telefonemas de pessoas que garantiam ter imagens de celular do que afirmavam ser um legítimo super-herói brasileiro.

Alheio a tudo isso Rodrigo consultou o computador pessoal da roupa, que teve seus circuitos de memória baseados nos de seu pai, para conferir as coordenadas de seu objetivo.

[Travando localização do alvo em São João do Nepomuceno.]

- Então vamos lá!

Desde que voltara para a Terra Rodrigo se colocou a ler todo tipo de revista que caísse em suas mãos e a assistir todos os noticiários, tentando entender como o mundo mudara tanto no período em que ele estava fora.

Algo ele percebeu que não mudara, pelo contrário, havia ficado ainda mais forte e descarado.

A ambição dos políticos.

Quando jovem ele mesmo tivera vontade de entrar para a política, mas logo percebeu como era um mundo sujo e no qual não deixariam que ele fizesse uma real diferença, o que lhe deixara frustrado na época, pois ele sabia que seu pais poderia ser um dos maiores do mundo, se seus dirigentes se preocupassem menos com dinheiro.

Rodrigo decidiu então que faria diferença para o Brasil, se não fosse como político, seria agindo como ele fez por todos esses anos no espaço.

Seria como um herói.

E sua primeira missão já estava decidida.

Ele lera a respeito de um absurdo feito por um político, uma afronta ao povo brasileiro e, depois que a mídia se cansou, não foi falado mais nada a respeito, mas ele não deixaria isso barato e serviria como um primeiro aviso.

Ele iria destruir certo castelo que um político construíra usando obviamente dinheiro público.

O voo até Minas transcorreu sem nenhum problema e Rodrigo acabou se lembrando de seu tempo como Antares, mesmo que os céus da Terra não pudessem ser comparados com a imensidão do espaço, ele realmente se sentia em casa.

- Isso é sensacional... Se você pudesse estar aqui comigo pai...

[Alvo se aproximando.]

A voz mecanizada encheu ainda mais de tristeza o coração de Rodrigo, fazendo-o lembrar do modo como seu pai o ajudava no espaço. Mesmo não tendo conhecido Antônio antes de se tornar Antares, ter seu espírito habitando a armadura e podendo vê-lo sob a forma de holograma acabou forjando um elo entre eles.

Elo esse que causou muita dor a Rodrigo quando foi quebrado, no momento em que Jonathan se tornara um novo Antares.

A voz do computador pessoal não chegaria nem perto da presença de seu pai, mas era o que ele tinha e uma das lições aprendidas no espaço era se virar com o que está à mão.

- Muito bem... Comece a travar no alvo e prepare os auto-falantes...

Minutos depois ele se encontrava sobrevoando o castelo e decidindo como seria a melhor maneira de agir, mas no fim escolheu o jeito mais direto, lembrando novamente com carinho o fato de que seu pai sempre o advertira quanto a esse modo impulsivo de agir.

- ATENÇÃO A TODOS AQUELES QUE SE ENCONTRAM DENTRO DESSE CASTELO... VOCÊS TEM APENAS DEZ MINUTOS PARA SAIR. DEPOIS DESSE PRAZO EU IREI DESTRUIR TUDO.

Um caseiro saiu até a frente do castelo, amaldiçoando quem quer que estivesse fazendo aquele tipo de piada, mas logo sua raiva foi substituída por surpresa, ao ver que não havia ninguém na rua.

A surpresa deu lugar ao assombro quando ele ergueu a cabeça e viu o que parecia ser um homem, flutuando no ar.

- SÓ VOU AVISAR MAIS UMA VEZ... - Os auto-falantes voltavam a ressoar, chamando a atenção dos demais empregados. - DEZ MINUTOS E O CASTELO VAI SER DESTRUÍDO.

- Vai à merda seu babaca!! - Finalmente vencendo o medo, o caseiro resolveu assumir o controle da situação, afinal seu chefe iria arrancar seu fígado se ele permitisse que algum arranhão fosse feito numa das paredes do castelo. - Some daqui diacho!

“Pelo visto...” Ao mesmo tempo em que pensava sobre o homem que não acreditava em suas palavras, Rodrigo escaneava todo o castelo à procura de uma área totalmente vazia “... Uma demonstração vai ser necessária...”.

[Estacionamento.]

- Perfeito... - Rodrigo então estendeu seu braço direito e uma rajada de energia foi disparada contra o lugar onde alguns carros se encontravam, mas onde não havia nenhum ser vivo presente.

A explosão resultante, junto com a dos veículos, fez todo o restante do castelo estremecer, o que convenceu os demais empregados a correrem para o lado de fora.

- PERFEITO! A DESTRUIÇÃO DO CASTELO COMEÇARÁ EM UM MINUTO.

Todos os presentes aproveitaram esse tempo para correr na direção dos portões de saída, deixando o local finalmente vazio, segundo os sensores do traje e então Rodrigo deixou de planar e voou na direção do castelo, ignorando as paredes do mesmo e sumindo lá dentro.

Alguns empregados ainda pararam de fugir para acompanhar e gravar com seus celulares o que ia acontecer.

Um leve tremor de terra, seguido por uma imensa quantidade de rajadas de energia, como a que tinha estruído o estacionamento, vindas de dentro do castelo, fizeram com que o teto começasse a ceder.

Poucos segundos foram necessários até que o castelo todo viesse abaixo, causando uma imensa nuvem de poeira, dentro da qual algo parecido com um míssil saiu a toda velocidade, ganhando os céus e indo na direção da cidade de São Paulo.

Perto dali um caminhão, que estivera estacionado boa parte da noite anterior e da manhã daquele dia, teve sua porta aberta, deixando sair um motorista que trazia claramente no rosto toda sua frustração.

- Merda... - Ele fixou o olhar no projétil, que ainda se destacava no céu azul, para sorrir em seguida. - Te peguei.

Logo depois disso o motorista desmaiou.

No ar, Rodrigo começava a voar de maneira estranha, já não conseguia manter uma linha reta, mesmo com o traje no automático. O motivo é que muitas fezes ele acabava por contorcer seu corpo por causa da dor que ele estava sentindo.

“Merda... Que hora para uma crise... Quase acabo soterrado...”

Ele mal conseguia manter a consciência, a visão ficava turva e ele teve certeza de ter desmaiado algumas vezes, sempre sendo trazido de volta pelo traje, para poder ajeitar o corpo, facilitando assim a volta para casa.

Alguns minutos depois ele avistou, com alívio crescente o prédio onde Luíza morava e sabendo que não poderia de jeito nenhum entrar pela janela do quarto de hóspedes, ele se dirigiu para o topo do prédio.

O pouso foi acidentado e piorou ainda mais os ferimentos e a dor que, naquele momento, parecia cortar a barriga dele com uma faca quente, mas não o impediu de ir até um local, onde ele se parabenizava por ter deixado roupas comuns escondidas, para o caso exatamente de ter que descer ali.

Em poucos minutos ele estava diante da porta do apartamento de Luíza, mal se aguentando em pé e tendo de usar todas as suas forças para girar a chave e entrar, torcendo para conseguir chegar ao seu quanto sem ser percebido.

- Quem é? – Ele ouvira o som da televisão sendo desligada, mas não conseguiu encontrar voz para responder, apenas tentou novamente ir até o quarto sem ser visto.

Claro que falhou.

- Rodrigo?! O que aconteceu? E como você saiu daqui se eu nem ouvi a porta?

- E-eu... - Agora ele curvava o corpo, quase vomitando o que não tinha no estômago. - Arrgghh...

- Meu Deus! Você está machucado? O que aconteceu afinal?

Mas Rodrigo não pôde responder, uma vez que ele acabou desmaiando e caindo de cara no chão.

Apressadamente Luiza saiu do torpor em que se encontrava, pediu ajuda do porteiro do prédio e em poucos minutos se dirigia ao hospital mais próximo. No banco de trás Rodrigo ia ainda sem sentidos.

Ela nem percebeu o caminhão que, lentamente, começou a seguir seu carro.

Muitas horas depois, Rodrigo finalmente recebeu alta no hospital, seus ferimentos haviam melhorado consideravelmente, não sendo necessário que ele ficasse mais tempo por lá. O que ninguém sabia, é claro, era o fato de as manoplas terem sido projetadas para recuperar o corpo do usuário, podendo ser disfarçadas como um relógio comum . Essa era outra ideia da qual ele se orgulhava.

Chegando ao apartamento, Rodrigo e Luíza foram surpreendidos pelo holograma de Antônio, que trazia péssimas notícias sobre Jonathan.

- Como assim ele está para entrar em outra batalha?

Enquanto Rodrigo permanecia calado, Luíza tentava retirar de Antônio todas as informações sobre o filho deles até que o holograma resolveu dar por encerrada aquela conferência do pior jeito possível.

- Rodrigo, por favor, conte para Luiza sobre o Hrúcarë... Adeus a todos...

Rodrigo tentou sair de fininho, mas em sua atual condição ele não conseguiu dar um passo sem que Luíza desse um grito para que ele se sentasse e explicasse tudo sobre o monstro que Jonathan iria enfrentar e sobre tudo o que ele fez para se machucar daquele jeito.

- Bem...

Horas depois, alegando estar sem fôlego e com muito sono devido aos remédios, Rodrigo tentou ir na direção do seu quarto, porém Luíza foi implacável e mais rápida:

- Não vai pensando que escapou fácil assim meu caro... Agora você vai me explicar direitinho onde se machucou assim.

- Glup...

- E então?

- Luíza... Por favor... – Ele tentava caprichar nas caretas de dor, não precisando se esforçar muito, uma vez que realmente estava sofrendo. - Podemos deixar isso para amanhã?

- Humpf... Certo... Dorme direito então e descansa, porque amanhã vamos voltar a essa conversa.

Quando conseguiu trancar a porta, Rodrigo apoiou suas costas na mesma e respirou fundo, querendo apenas sua cama, mas antes foi até a janela dar uma olhada no céu noturno, um costume que ele adquirida desde que deixara de ser o Antares.

Naquela noite em especial ele se arrependeu profundamente de ter feito aquilo.

Rodrigo, antes de fechar a janela, acabou olhando para a rua logo abaixo e reparou num jovem que parecia estar olhando diretamente para ele.

Antes de Rodrigo poder desconsiderar aquela sensação estranha, o rapaz lá embaixo ergueu um cartaz onde estavam pintados os seguintes dizeres:

“Cabooom. Sei o que você fez no castelo.”

Após esconder o cartaz ele fez um sinal de que era para Rodrigo descer até a rua e assim, sem outra escolha, fazendo um esforço tremendo e conseguindo sair do apartamento sem que Luíza percebesse, logo os dois estavam um diante do outro.

- Bem... O que você quer? Vai falando logo.

- O que eu quero? Usar sua roupa e me tornar um herói, é claro.

Continua.
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Mensagem por Vampira Sex Mar 19, 2010 1:41 pm

Nossa! To pasma! Finalmente estamos sabendo o que Rodrigo andou aprontando kkkk

Eu juro q não lembro de tal castelo... vou procurar depois!

Agora... então como o guri conseguiu ver o "Labaro?" E descobrir tudo? Vc vai explicar né? Very Happy

Mais uma historia excelente!
Parabéns!

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Mensagem por Resgate Sex Mar 19, 2010 2:25 pm

Vampira escreveu:Nossa! To pasma! Finalmente estamos sabendo o que Rodrigo andou aprontando kkkk

Eu juro q não lembro de tal castelo... vou procurar depois!

Agora... então como o guri conseguiu ver o "Labaro?" E descobrir tudo? Vc vai explicar né? Very Happy

Mais uma historia excelente!
Parabéns!
É isso aí! Por causa disso não lancei ainda o novo capítulo do Antares... precisava fechar essa lacuna da mini de origem...
O castelo citado foi do caso do Edmar Moreira, que eu não quis deixar muuuito explícito...hehehe Quero evitar processos...
No segundo e último capítulo será revelado todo o lance do "guri"... Novamente usarei a frase da qual você tem medo... Aguarde e confie.
Brigadão demais pelo comentário Vampira!
Um abração e até mais!
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Mensagem por Resgate Sex maio 14, 2010 3:13 pm

Universo Antares em expansão. Lábaro #2. Conclusão da origem!! 4606520697_c1d003b918_o
Lábaro que ostentas estrelado. Conclusão.
Por João Norberto da Silva.

Dia 25 de Janeiro de 2010. São Paulo, pouco tempo após o Sol se por.

- Por que está nessa área João? Meus instrumentos não acusam nenhum civil nessa área...

- Melhor recalibrar essa merda... Tem um cara bem abaixo da minha posição... Vou ajudar e depois te chamo... Encontra mais gente que precise de ajuda... Desligando.

- Espera! Eu captei algo estranho e... - Mas o comunicador já havia sido desligado, o que fez Rodrigo jogar o mesmo longe. - Saco! Ele nunca me escuta.

Ele vestiu uma capa de chuva, aproveitando o fato de Luíza não ter chegado, provavelmente presa por causa da chuva, e em pouco minutos já estava nas ruas, rumando na direção indicada por um aparelho em seu pulso.

- Idiota... Preciso chegar logo lá...

Enquanto isso Lábaro acabava de colocar mais uma pessoa em um local seguro.

- O senhor... Hã... Está bem?

Diante do herói estava um homem baixinho e gordo, estranhamente vestido de palhaço, que arqueava o corpo, como se estivesse com dificuldades para respirar, o que fez o Lábaro se aproximar.

- Quer que eu o leve a um hospital? OOOAAAAAA!!!!

Assim que ouviu a palavra hospital, o palhaço se virou bruscamente, acertando o peito de seu salvador com algo cortante, fazendo o mesmo se afastar, segurando o ferimento aberto e tentando identificar a arma do outro.

Mas o palhaço não tinha nada nas mãos, mantendo os dois braços caídos ao lado do corpo, bem como a cabeça baixa, com lágrimas caindo fartas de seus olhos.

- Eu... Eu não queria... - Com passos hesitantes ele começava a se aproximar do Lábaro. - Foi ele...

- Calma aí cara... Não sei o que está acontecendo, mas você não vai me acertar mais não... - Enquanto o herói falava, o uniforme restaurava o estrago e começava a curar o ferimento. - Por isso fica longe e...

A frase foi interrompida quando o que parecia ser uma lâmina negra partiu na direção do rosto do Lábaro, obrigando-o a se desviar, assumindo uma posição defensiva e olhando fixamente para o palhaço, tentando identificar que arma ele estaria usando.

Para surpresa do herói, o homem à sua frente continuava com o corpo arqueado, parecendo ter severas dificuldades em respirar.

- Aarrrffff... Arrrfffffff... Na-não... Não que-quero isso... Tristeza... Não...

“Ótimo...” Lábaro pensava na ação que deveria tomar, ainda sem saber como atacar o palhaço, uma vez que não tinha visto de onde havia partido o ataque “Será que tem alguém com ele?”.

A resposta foi inesperada e perturbadora.

O palhaço caiu de joelhos no chão e logo atrás dele o ar pareceu sofrer uma alteração, era como se ele estivesse sendo distorcido, assumindo uma forma semelhante à humana, mas ao mesmo tempo totalmente diferente.

Pouco a pouco o que poderia ser descrito como uma criatura feita de sombra sorriu com uma boca inumana na direção do Lábaro e em seguida falou com uma voz rouca, que transparecia todo o prazer que aquilo sentia:

- Então... Você é nosso alvo... Quanta alegria não é... Felicidade?

- I-isso dói tanto... Tri... Tristeza... - O palhaço agora deitava de lado no chão molhado, ignorando a chuva que ainda caída, o rosto tomado por uma máscara de dor. - Vamos... Acabar logo com isso... Por... Fa-favor...

- Calaboca palhaço... Hehehehehe... Adoro te chamar de palhaço... - Após escarnecer do outro, a criatura se voltou para seu alvo. - Vamos logo ao que interessa? Que tal você... MMMOOORRREEERRRRR!!!!!!!!!!!

Num movimento absurdamente rápido a criatura pareceu saltar de dentro do Palhaço, estendendo seus braços em forma de lâmina na direção da cabeça do Lábaro.

- Merda... - O herói usou suas energias para se defender do ataque e se erguer alguns metros de distância do inimigo e do chão. - Pelo visto eu vou me arrepender mais uma vez dessa decisão estúpida...

Enquanto ele se lançava contra o inimigo, as lembranças voltaram à sua mente.

Algo que sempre acontecia quando ele parava para pensar nas suas últimas péssimas decisões.

XXX

O passado.

- Mas o senhor me garante que eles vão ficar bem?

- Claro seu Jorge... E não se preocupe... Tudo vai dar certo... Agora relaxe e deixe os sedativos agirem... Quando você acordar será um homem rico e poderoso.

O mesmo político que teria de explicar com que dinheiro havia construído um castelo, tentava acalmar a mais recente “cobaia” de um projeto extremamente secreto do governo brasileiro.

Um projeto que visava a criação de super seres, seguindo uma tendência mundial, uma nova guerra fria onde ganharia quem apresentasse o agente mais poderoso.

A maioria esmagadora dos projetos, infelizmente, teve resultados catastróficos, como o de um homem que desenvolveu dupla personalidade, sendo que uma delas de materializava como um monstro feito de sombras.

A ideia original era que os operativos pudessem ser mandados para suas respectivas missões e, ao final delas, seriam recuperados por meio de teleporte.

Após ver um agente voltar de uma missão, com uma aura vermelha ao redor dele, Jorge foi levado para a sala onde sua operação iria acontecer.

Cerca de duas horas depois, os cientistas responsáveis pelo “projeto mental” esperavam que seus procedimentos fizessem efeito na cobaia, quando o pior apareceu.

O corpo de Jorge se ergueu da maca de forma violenta e seu grito ecoou pelo laboratório, fazendo toda a equipe agir imediatamente.

- Parada cardíaca!!! Desfibriladores! Rápido!!

Vozes gritavam “adrenalina”, “Se afastem”, “Mais uma vez”, mas todos os sons chegavam abafados para Jorge e mesmo os choques e a dor que ele sentia em intervalos mal eram registrados pelo seu cérebro.

Pouco a pouco, no entanto, sua consciência foi voltando.

Em segundos ele entendia o que estava acontecendo e desejou que tivesse morrido.

Jorge estava olhando para baixo, vendo tudo o que os cientistas faziam com seu corpo, na esperança de reanimá-lo e foi nesse momento que o entendimento o atingiu com a intensidade de um murro.

De algum modo ele havia morrido e, seguindo tantas histórias que ele conhecia, sua alma saíra do corpo e em breve uma imensa luz surgiria por cima de sua cabeça, levando-o para seu destino final.

Tendo essa consciência, ele simplesmente fechou seus olhos e aguardou.

Os segundos passaram e se tornaram minutos, meia hora e finalmente, uma hora depois ele abriu os olhos e se viu na mesma situação, com a diferença de que agora o local estava vazio, exceto pelo corpo que permanecia na maca, agora totalmente coberto por um plástico preto.

- Mas que merda é essa? - Mesmo não tendo sido o mais cristão dos homens Jorge se espantava pelo fato de não ter sido enviado para algum lugar, céu, inferno, purgatório, ou mesmo que tudo não tivesse simplesmente ficado escuro. - O que de errado? Cadê todo mundo?

Ele permaneceu daquele modo por horas, até que um grupo de “faxineiros” entrou no local, fazendo de tudo para esconder toda e qualquer evidência das experiências que estavam ocorrendo ali.

Quando se recuperou o suficiente do choque ele tentou descobrir para onde haviam levado seu corpo e ficou arrasado quando viu que a área de cremação já havia dado conta dos seus últimos vestígios.

Sem outra opção e já acreditando que ele havia se tornado uma alma penada, provavelmente como punição pela sua ganância ao aceitar participar daquele projeto apenas por dinheiro, Jorge saiu do laboratório e começou a vagar pelos arredores.

Não demorou muito para que ele percebesse se tratar de um dos piores bairros de São Paulo, principalmente pela quantidade excessiva de moradores de rua por ali.

No meio de um beco especialmente lotado de mendigos que tentava se manter aquecidos, ele sentiu como se algo o puxasse para a direita e, sem poder resistir, ele seguiu o fluxo que começou a arrastá-lo.

Quando recobrou o controle, ele se viu diante de um homem, que parecia estar tendo uma convulsão, mas que logo ficou parado, os olhos vidrados na direção de Jorge.

Um brilho surgiu diante do corpo e algo que lembrava uma fumaça em forma humana se desprendeu do corpo do mendigo, mas antes do expectador se dar conta do que acontecia, sentiu que algo o arrastava na direção do corpo estendido à sua frente.

Tudo ficou escuro e quando Jorge recobrou os sentidos, um cheiro medonho o fez vomitar e ele começou a cambalear pelo beco, como se não reconhecesse o próprio corpo.

E de fato não reconheceria, pois logo ele viu sua imagem refletida numa vitrine, percebendo que o reflexo mostrava o mendigo que ele vira morrer a pouco.

O terror foi tanto que ele se afastou de costas, parando no meio de uma rua, sendo atropelado em seguida por um jovem, que aproveitava o horário sem trânsito para correr livremente com seu carro.

Pela segunda vez naquele dia ele sentiu sua alma ser arrancada do corpo, mas ao contrário do que acontecera com a do mendigo, ele novamente estava flutuando ao sabor dos ventos noturnos da cidade.

Aquela experiência se repetiu outras vezes até que ele finalmente percebera o que as experiências haviam realmente feito.

Ele se tornara um “fantasma” capaz de tomar os corpos recém-mortos até que esses morressem uma segunda vez, ou até que ele decidisse abandoná-los. Com o passar dos tempos ele aprendeu que podia “possuir” os vivos por tempos limitados que, após muito treino, chegou ao máximo de cinco horas.

Após isso e tendo a certeza de que jamais poderia voltar para casa, ele tentara uma vez e sua mulher quase morreu com o choque de ver um total estranho conhecer detalhes íntimos dos dois, Jorge começou a planejar uma vingança contra o político que arruinara sua vida.

Possuindo um grande número de pessoas, de bandidos a profissionais de respeito, ele conseguiu um caminhão cheio de explosivos e dirigiu o mesmo até São João do Nepomuceno, decidido a explodir o castelo do responsável por sua desgraça.

Ao chegar até o seu objetivo, no entanto, ele assistiu impotente a outra pessoa roubar sua vingança.

Foi assim que ele conheceu Rodrigo.

Abandonando o corpo do caminhoneiro que o trouxera até ali, Jorge alcançou Rodrigo ainda vestido de Lábaro, o acompanhou até São Paulo, descobrindo onde este morava e foi junto até o hospital onde Luíza levara o pai de seu filho.

Uma vez no hospital Jorge buscou um novo corpo na área do necrotério e acabou por descobrir um jovem negro que morrera na noite anterior, vítima de bandidos de uma das favelas da cidade.

Jorge respirou fundo, um ato reflexo uma vez que na forma espiritual ele não precisava de ar, se preparando para o que sempre acontecia nesse momento e finalmente entrou no corpo.

A mente de Jorge foi inundada pelos últimos acontecimentos do corpo, esse no caso fora a um baile funk, tentou conseguir mais tempo para pagar um traficante e acabou sendo morto por um dos capangas.

O mais estranho foi a última visão do rapaz: uma mulher pálida, de longos cabelos negros e uma expressão triste no rosto.

- Aaaaarrrfffff!!!! – O corpo se ergueu da maca, jogando o plástico que o recobria longe, voltando a respirar com dificuldade, enquanto Jorge o reanimava. – João... Meu nome é João...

Desse modo ele roubou algumas roupas, fez um cartaz e se dirigiu para a frente do prédio onde Rodrigo morava. Ao ver que este aparecia na janela, deu um jeito de chamar a atenção dele.

- Bem... O que você quer? – Assim que chegou diante de Jorge, que agora começava a chamar a si mesmo de João, Rodrigo foi direto. - Vai falando logo.

- O que eu quero? Usar sua roupa e me tornar um herói, é claro.

Assim começava uma estranha aliança, entre um antigo herói que procurava seu lugar no mundo e um espírito vingativo que buscava um motivo para viver.

XXX

- Desgraçado! - Lábaro desviava de outro ataque, mas não conseguiu evitar um novo corte na coxa. - Toma isso!

Um raio foi disparado contra a criatura, mas essa abriu um buraco no próprio peito, fazendo com que o ataque acabasse acertando uma árvore próxima, derrubando um galho sobre o palhaço, que continuava a se contorcer.

- Hahahahahahahaha!!! Ótima pontaria!!! Imagina se fosse uma pessoa, ou então um dos prédios daqui?

- Merda... - O herói cerrou os punhos e concentrou sua energia ao redor deles, se não poderia disparar, ao menos aumentaria os danos caso conseguisse acertar seu oponente.

O que era praticamente impossível.

A cada soco que o Lábaro tentava, a criatura se desviava facilmente, rindo cada vez mais alto e zombando de seu desajeitado oponente.

- Pelo visto é a primeira vez que você luta contra alguém como eu!!! Hahahahahahahaha!!! Só assim mesmo para você ter sobrevivido até hoje!!! hahahahahahahahahahahahahahaha!

- Cala boca seu desgraçado! Deixa eu te acertar e você vai ver quem vai rir por último!

- Uau!! Você escolhe suas frases de filmes antigos? Opa! Quase heim? Se tivéssemos o ano todo, eu acho que você poderia me acertar uma vez... pelo menos uma vez... Hahahahahaha!!

Tentando não cair na provocação do inimigo, o Lábaro continuava a concentrar energia nos punhos, tentando ampliar a área ao redor deles para ficar mais fácil de atingir seu inimigo e de repente o computador pessoal soou um alarme.

[massa crítica. Liberar energia seguramente]

Em seguida as duas mãos do Lábaro pareceram explodir em duas estrelas que iluminaram quase que o bairro inteiro, mas foi apenas um show de luzes, não causando danos a quase nenhuma estrutura ou pessoa.

Quase.

O palhaço continuava caído, não havia nem sinal da criatura, e desse modo ele começou a se erguer pouco a pouco, recuperando o controle dos tremores em seu corpo.

- E-ele... Tristeza... Se foi?

- Acho que sim amigo... - O Lábaro se aproximou do outro, ajudando-o a se levantar. - Pelo visto a luz foi forte demais para ele... Agora somos só nós... Me conta como é que... AAAAARRRGGGHHHH!!!!

O herói caiu de joelhos, levando as mãos à cabeça, sentindo a mesa doer como se alguém estivesse acertando-a com um porrete.

- Então... - O palhaço se erguia, agora parecia totalmente recuperado e não havia qualquer traço de gagueira em sua voz. - É hora da Felicidade acontecer... A cabeça tá dodói?

A única resposta foi um gemido, enquanto o Lábaro, a exemplo de como seu inimigo estava até agora, caiu no chão se contorcendo de dor.

- É meu poder... Eu faço a cabeça das pessoas doer... Até elas explodirem... Parece até as festinhas que eu animava antes de... Antes de...

O palhaço hesitou, como se ele estivesse fazendo muito esforço para se lembrar de algo, o que possibilitou ao Lábaro tentar um ataque movido pelo desespero, tentando acertar seu inimigo com uma rajada de energia.

Infelizmente a armadura estava com a energia baixa, por conta da liberação que fez à pouco, e o raio mal chegou ao corpo do palhaço, que pareceu despertar de seu torpor, deixando o rosto mais sério ainda e aumentando a pressão na cabeça de seu oponente, que voltou a gritar.

- Agora a sua cabeça vai explodir seu bobão... Uuurrgghhh....

O Lábaro sentiu a dor diminuir gradativamente e quando ela estava mais suportável, ele ergueu o olhar na direção do inimigo e viu o mesmo caído e sem sentidos.

Atrás dele estava Rodrigo, largando um pedaço de madeira para o lado e indo na direção de seu colega, ajudando-o em seguida a se colocar de pé.

- Quando eu falar algo, vê se presta atenção, jão...

- Já falei prá não me chamar assim...

- Tá, tá... Agora me conta como esse cara tava te massacrando? Afinal, é só um palhaço...

- Vai te catar...

Em pouco minutos João contou sobre o breve combate contra a estranha dupla, mas logo o som de sirenes, a polícia fora alertada por moradores da região após a explosão de luz, fez os dois amigos começarem a sair de lá.

- Mas e ele?

- Não sei... Eu...

Como se em resposta às dúvidas da dupla, um brilho avermelhado surgiu ao redor do palhaço e em seguida ele sumiu.

- Cacete! O que foi isso?

- Droga...

- Que que foi?

- Eu sei exatamente o que é isso.

Fim

Epílogo

Palácio da Alvorada, três horas da madrugada, uma semana após o confronto entre o Lábaro e a dupla Felicidade e Tristeza.

O presidente ressoava alto, aproveitando um momento em que sua esposa estava numa viagem, quando despertou, após sentir algo ser jogado sobre sua barriga.

Ele abriu os olhos e notou uma lata de cerveja geladinha, molhando seus lençóis e tratou rapidamente de segurá-la.

- Isso é para começarmos bem nosso “relacionamento”... - Uma voz veio das sombras e com certa dificuldade o presidente conseguiu discernir alguém que trajava uma roupa com as cores da bandeira nacional. - Um relacionamento que, eu espero, seja longo e próspero para nós dois.

- Quem é você?

- Pode me chamar de Lábaro... Você sabe o que é isso não é? - Diante do silêncio do outro, o herói continuou. - A uma semana eu enfrentei um... Na falta de termo melhor usarei “agente”... Eu tenho certeza de que ele pertence a um projeto “secreto”, financiado pelo nosso governo...

- Isso é absurdo... Eu...

- Não se faça de ignorante, por favor... Sei que é a imagem que você prefere passar para tentar posar de “vítima” quando os escândalos aparecem, mas não dá uma de idiota comigo.

Um silêncio pesado caiu nos aposentos e então o Lábaro se aproximou do presidente, que instintivamente se encolheu.

- Não tenho motivos para ameaçar a sua integridade física, pelo menos não no momento... - Ele deixou a ameaça em sua frase no ar por alguns instantes antes de continuar. - Portanto não se meta no meu caminho, tente segurar os cachorros desses projetos longe de mim, pois meu principal objetivo é ajudar o povo, mas não deixarei de levar justa retribuição a toda a sua escória, esse pessoal que acha que pode fazer qualquer coisa sem ser responsabilizado pelos seus atos... - Ele se aproximou do ouvido esquerdo do presidente e terminou de falar. - Eu estou de olho e tão fácil quanto eu entrei aqui hoje, posso retornar...

Dito isso ele fez uma pequena descarga de energia percorrer o corpo do presidente, fazendo-o desmaiar.

No dia seguinte a segurança do palácio foi triplicada.

E o Lábaro havia dado seu recado.

Fim.
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Mensagem por Vampira Qua maio 26, 2010 1:58 pm

Desculpe não ter lido antes...


só posso dizer: UAU!

Adorei a historia do João. Se bem que ainda acho que tem "mais" na jogada né?

A forma como tá desenhando essas origens está cada dia melhor!

Se bem q eu queria era ver o Rodrigo atuam de verdade, isso nao vai ter nao né? Very Happy *pidona*

Arrasou, o destaque ficou para a origem do heroi... vc contou de forma sensacional!

Parabéns!

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Mensagem por Resgate Qua maio 26, 2010 2:49 pm

Opa! Valeu Vampira!
Que bom que você gostou!
Quanto ao João eu o criei de última hora, quando lembrei que tinha desenhando o Lábaro como um afrodescendente, antes de decidir que o pai do Jonathan seria o Lábaro, dae fiz essa origem mesclando as duas idéias...
Quanto ao Roidrigo ele terá muita importância no futuro... Aí você já sabe né?
Aguarde e confie!
Tinha ficado preocupado em ter deixado a origem do personagem muito confusa, eu mesmo me perdi algumas vezes, mas pelo jeito eu devo ter acertado...
Valeu mesmo o comentário!
Um abração e até mais!!!
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